Millennium - Os homens que não amavam as mulheres - o filme

 Acredito que eu sou umas das poucas pessoas que ainda não leu a trilogia Millennium,para me retratar diante dessa grave falha resolvi assistir o filme no dia da estréia. Não antes de saber quem era Stieg Larsson.





Graças ao ‘Santo Google’ (Amém!), descobri que “Stieg Larsson nasceu na Suécia, em 1954. Seu avô, Boström Severin,foi o modelo masculino para Stieg, afetando e moldando o seu caráter. Severin era um anti-fascista e Stieg queria protegera igualdade de direitos e luta pela democracia e liberdade de expressão, a fim de evitar que a história, e o que aconteceu com seu avô, se repetisse.

Stieg ganhou uma máquina de escrever no aniversário de 12, e a casa passava as noites em claro devido ao barulho das teclas (todo pai deveria fazer isso...)

 Durante os últimos 15 anos de sua vida, ele e sua companheira Eva Gabrielsson viveram sob a ameaça constante da violência de extrema-direita. Quando um líder sindical foi assassinado em sua casa por neo-nazistas em 1999, a polícia descobriu fotos e informações sobre o casal no apartamento do assassino. Portanto, não foi sem razão que o casal tomou medidasde precaução. Eles nunca foram vistos juntos fora da casa, colocaramespelhos no corredor e sempre mantiveram as persianas baixas. Stieg era um especialista na área, e escreveu um livro de instruções sobre como os jornalistas deveriam responder a ameaçaspara a União de Jornalistas Sueco ("Prazo Överleva", 2000). Apesar disso, Stieg considerava como relaxante escrever romances policiais.Manter o controle de pontas soltas, personagens e conspirações não era um problema, afinal, eraficção e ninguém iria ameaçar ele ou Eva por causa disso. Morreu em novembro de 2004, vítima de um ataque do coração.


Parti então para assistir ao filme com o maridão.


A primeira coisa que me chamou atenção no filme é o início, com uma espécie de clip muito bem elaborado assim como toda a trilha sonora, que passa uma sensação de inquietude, de instabilidade mesmo durante todo o filme, se encaixando perfeitamente com as cenas que também despertam essa sensação no espectador. Responsabilidade de Trent Reznor, do grupo de rock americano Nine Inch Nails, e Atticus Ross, ganhadores do Globo de Ouro e o Oscar pela trilha sonora do filme A Rede Social. A música do início é uma versão de Immigrant Song, do Led Zeppelin, com voz de mulher, para fazer essa ligação com o feminino na abertura do filme e com a personagem Lisbeth Salander.







No início do filme, o jornalista investigativo Mikael Blomkvist (Daniel Craig) é condenado por publicar matérias supostamente caluniosas sobre um poderoso empresário sueco na revista Millennium, que dá nome à trilogia. Em crise, o convite de um industrial aposentado para investigar o desaparecimento da sobrinha se apresenta como uma grande saída.


Para ajudar Blomkvist, Lisbeth entra no jogo. Sinto que ela é o grande trunfo da história. Com passado traumático e visual excêntrico, ela é a anti-heroina nunca criada anteriormente, com seus piercings, coturnos, tatuagens (fantásticas!!!) e sua sexualidade confusa é, ao mesmo tempo, frágil e confiante. Interpretação primorosa que rendeu à atriz uma indicação ao Oscar.

Um filme que pede que você leia as entrelinhas. As paisagens geladas e de floresta transmitem uma atmosfera de tristeza e terror, dando a sensação de que coisas terríveis estão prestes a acontecer, o que rendeu mais uma indicação ao Oscar de Fotografia. O estupro de Lisbeth que a torna m tipo de anjo vingador das mulheres assassinadas. Cenas de luta, sexo, beijo lésbico, estrupo, assassinato, tortura psicológica... Com cerca de 2 horas e meia, Millennium– Os Homens Que Não Amavam as Mulheres não é um filme para um doce fim de tarde, na verdade, senti vontade de sair do cinema em algumas cenas, talvez por não ter lido o livro e não ter me recordado a tempo do que David Fincher é capaz para chocar o espectador. Mas a insistência em permanecer até o fim valeu muitíssimo a pena. E me rendeu uma conta no cartão de crédito para ler o livro...


Indicações ao Oscar

Melhor atriz

Fotografia

Edição
Edição de som

Mixagem de som


http://www.stieglarsson.com/Life-and-work




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