'Lobos' para a noite das bruxas, por Paula Thomaz

Caveira, gato preto, aranha, bruxas e fantasmas são personagens que não podem faltar em uma noite de Halloween daquelas. Mas que tal se você, amante de enredos de suspense, incrementasse a festa com um novo personagem?

Imagine uma noite de lua cheia, em pleno 1924, durante a Revolta Paulista. A cidade de São Paulo, destruída como num pós-guerra, é o cenário. Um escritor cruza a Brigadeiro Luis Antonio, passa pela praça da Sé e...

"O mais incrível, meu amigo, não foi andar por uma São Paulo devastada feito uma cidade europeia depois da guerra. Foi o que eu vi... O que eu acho que vi.

Acabava de escurecer e a lua cheia surgia no horizonte, por trás das obras da Sé..."


É para você que a FAROL divulga, neste Dia das Bruxas, LOBOS, um conto de causar frio na espinha ambientado no universo do livro SANGUE DE LOBO, de Rosana Rios e Helena Gomes, que teve sua segunda edição lançada em agosto, na Bienal do Livro de São Paulo. Junto com o conto, trazemos uma novidade: o livro vai ganhar o segundo volume no ano que vem!

Entre no clima do Halloween, mergulhe na leitura de LOBOS e aguarde novidades ainda no primeiro semestre de 2015 sobre o segundo livro da parceria entre Rosana Rios e Helena Gomes, OLHOS DE LOBO. Clique na capa para ler.

Mensagem do dia


Mensagem do dia


Leitura da Drica: Recomeço, Cat Patrick - Intrínseca

Título original: Revived

 Autor: Cat Patrick

 Ano: 2014

 Páginas: 304

 Editora Intrínseca

Sinopse:

Tudo começou com um acidente de ônibus. Daisy Appleby era pequena demais para lembrar — tem apenas flashes do acidente que a matou, e de ter sido trazida de volta à vida. A partir daquele momento, ela se tornou uma das catorze crianças que fazem parte de um programa secreto do governo que visa aprovar um novo medicamento: o Recomeço.
Daisy já morreu algumas vezes, e a cada morte ela recebe um novo sobrenome, vai para uma nova cidade e ganha uma nova história. A única constante em sua vida é a própria inconstância. Ao conhecer Matt e Audrey, seus primeiros amigos de verdade, após sua quinta morte, ela tenta criar raízes em mais um lar e começa a descobrir segredos sobre o programa Recomeço. Quanto mais informações vêm à tona, mais Daisy percebe que não passa de um peão em um jogo sinistro, que pode revelar que seu mundo — e tudo no ela que acredita — é uma grande mentira.

Minha vida é uma mentira. Tudo o que me restou foi um nome.

Oi, gente,

Hoje vamos conhecer Daisy, uma adolescente comum, bastante tímida, tem medo de se misturar e não tem muitos amigos. Absolutamente normal, não fosse pelo fato de que ela morreu aos 4 anos de idade e depois disso já morreu mais algumas vezes!!!

Como pode??? Bom, Daisy faz parte de um programa experimental e secreto do governo americano que testa em pessoas jovens que morreram vítimas de acidentes, mas que podem ter a sua saúde restaurada, para testar uma droga capaz ressuscitar pessoas. A sua primeira morte foi em um acidente com um ônibus escolar com outras 20 pessoas, 14 das 21 vítimas hoje são cobaias humanas de um medicamento chamado Recomeço.

Como parte do projeto, Daisy leva uma vida normal, ela estuda em uma escola normal e até tem o que seria uma família normal mas, na verdade, Mason e Cassie não são seus pais biológicos, eles são agentes responsáveis por Daisy e pelo bom andamento do projeto.

A história começa com Daisy mudando-se para Omaha, afinal ela morreu novamente devido a sua alergia, na frente de todos os colegas de escola após ser picada por uma abelha devido a sua alergia. Por causa da vida secreta, Daisy não tem amigos fora do programa, até chegar em Omaha.

Talvez por já ter morrido e revivido várias vezes, a morte não é um temor para Daisy. Mas tudo muda quando ela conhece os irmãos Audrey e Matt. Audrey é sua colega de colégio e uma garota muita especial, a amizade entre as duas acontece naturalmente e a cumplicidade das duas é um dos pontos fortes do livro. Matt... ah, Matt é o irmão lindo de Audrey por quem Daisy se apaixona e com quem viverá seu primeiro amor. Com uma vida assim, toda perfeitinha, quem vai querer morrer mesmo sabendo que viverá novamente?

Mas a paz de Daisy se destrói quando ela descobre que alguém a quem ela ama muito está prestes a morrer... e nem mesmo o Recomeço será capaz de salvá-la. A partir daí Daisy passará a questionar o verdadeiro motivo por traz do experimento, até onde ele é um projeto benéfico para a humanidade ou uma forma de obter lucro. Daisy se sentirá pressionada após algumas descobertas intrigantes que mudarão o seu modo de ver o projeto e terá que tomar decisões cruciais para a sua vida e para o projeto.

Recomeço é o segundo livro da autora Cat Patrick, e o melhor. O seu primeiro livro também lançado pela Editora Intrínseca – Deslembrança, já resenhado aqui no blog. Não tem a mesma carga emocional que Recomeço. Cat mora perto de Seattle, nos Estados Unidos, com o marido e as filhas gêmeas.

Uma escrita leve e linear, que não deixará você largar o livro antes do final. Um livro sensível e emocionante, com um enredo inovador que trata de temas delicados de maneira arrebatadora, que fala de amizade, lealdade, respeito e família.  


De leitura leve, o livro te instiga a continuar lendo até às últimas páginas. Se prepare para algumas lágrimas. O final não é dos mais surpreendentes, mas foi o final mais justo para essa bela história de uma jovem que apesar de ser privilegiada, também tem seus problemas. Uma história que, pode-se dizer, te ensina a dar um pouco mais de valor ao que você tem ao seu redor, no seu presente.

À Convite: Neyla Suzart - Sereias - O segredo das águas, Novo Século



Título: Sereias - O segredo das águas

Editora: Novos Talentos da Literatura Brasileira - Novo Século

Autor (a): Mirella Ferraz

Número de páginas: 239 páginas

Sinopse: 

“E então aconteceu... a mágica chegou... e não existiam pernas e pés ali, mas sim um manto de escamas com mil tons de anil, verde e dourado. Uma cauda de peixe... uma cauda de sereia!” Neste romance encantador, urdido a sal e água, é narrada a emocionante história de Coral, uma garota de aparência exótica, que nasceu envolta em mistérios sobrenaturais e com um estranho fascínio pela água. Poderá ela, com a ajuda do apaixonado Marcelo, desvendar todos os enigmas que cercam a sua vida? Conseguirá sua mãe, Marina, afastá-la de um destino que, para ela, parece apavorante, mas que constantemente se revela inexorável? Qual preço você estaria disposto a pagar para ajudar seu grande amor? Com uma narrativa dinâmica e empolgante, o leitor viajará pelo mundo de uma das mais fascinantes figuras lendárias, e presentes, de todos os tempos: a sereia. E verá que, muitas vezes, as lendas são mais reais e estão bem mais próximas de nós do que imaginamos. Venha desvendar o que se esconde nos mares... “Fiquem então em silêncio e apurem seus ouvidos, porque podem ser agraciados com um canto vindo das ondas... por um canto de sereia...”. 


Já tinha um tempinho que eu andava paquerando Sereias - O segredo das águas. O tema sereias sempre me encantou. Quando era criança gostava de brincar fingindo ser uma sereia, com uma cauda brilhante e cabelos bem longos. Com o passar do tempo, fui esquecendo essa brincadeira, mas as histórias sempre me encantaram. Quando soube do trabalho da Mirella Ferraz fiquei apaixonada e logo quis ler o livro. Mas, por uma série de acasos, ia sempre deixando para comprar depois e depois. Até que, finalmente, a oportunidade de tê-lo surgiu e agarrei com unhas e dentes. E vou te contar, não sei como pude demorar tanto para ler!

Em Sereias - O segredo das águas conhecemos a história de Coral, uma bela e exótica garota que encanta a todos com sua beleza. A história de seu nascimento é bem misteriosa. Sua mãe, Marina, não podia ter filhos, mas durante uma viagem para Salvador um acontecimento vem para mudar sua vida. Ao se deparar com uma estátua de sereia na praia de Itapuã, ela é abordada por uma senhora que lhe dá uma rosa e o direito de fazer um pedido. Dias depois Marina consegue engravidar, para sua felicidade e de seu marido também.

Dessa gestação, nasce Coral, uma garota esperta, cheia de vida e de um coração enorme. Desde muito pequena ela já demonstrava uma grande determinação, amor pelos animais e, principalmente, uma forte ligação com a água. 

Para desespero de Marina, essa ligação com a água só faz aumentar, o que a obriga a tomar cada dia mais atitudes extremas, deixando Coral chateada e intrigada com o comportamento da mãe. É somente no seu aniversário de 16 anos que algo muito importante acontece, deixando-a perto de descobrir sua verdadeira origem e o motivo de sua mãe ter tanto receio de sua ligação com a água.

Narrada por Marcelo, um amigo apaixonado, a história é envolvente e os personagens são marcantes. Eu fiquei encantada por Coral. A doçura, a determinação, o caráter e a bondade dela são admiráveis. Desde criança ela já mostrava que tinha personalidade forte e um bom coração. Depois de crescida, mostrou-se uma boa amiga, sensível e, apesar de muitas vezes ser um pouco birrenta, possuía um carisma enorme.

Sereias é um daqueles livros que, quando começados, é quase impossível parar de ler. Se eu já gostava de sereias, agora duplicou. Parabéns a autora por me proporcionar uma leitura tão prazerosa. Fiquei com gostinho de quero mais e, espero muito, que o livro tenha uma continuação. Estamos em 2013 e está na hora das coisas acontecerem (quem leu sabe do que estou falando. ;)).

Recomendadíssimo!

Resenha da Vic: Mar de Tranquilidade, Katja Millay - Arqueiro

Título: Mar da Tranquilidade

Título Original: The Sea of Tranquility

Autor(a): Katja Millay

Editora: Arqueiro

Ano: 2014

Número de páginas: 368

Sinopse:



















Achei algumas semelhanças com os livros da Colleen, no quesito de personagens com uma bagagem imensa, e uma carga emocional enorme. Nem preciso dizer que eu amei, né? Ela tem algumas coisas parecidas com a Sky, de Um Caso Perdido, como amar cozinhar doces e correr. Então, se você leu Um Caso Perdido, com certeza irá amar esse.




Até a próxima!







12+1 Curiosidades sobre Exorcismos, Amores e uma dose de blues, de Eric Novello


Atendendo a pedidos, 12+1 Curiosidades sobre Exorcismos, Amores e Uma Dose de Blues:


01. Apesar do “Exorcismos” do título, as religiões monoteístas não existem no universo de Exorcismos, Amores e Uma Dose de Blues. Então nada de conflitos entre Deus e o Diabo, nada de descer escadas em posição de yoga, girar a cabeça 360º ou algo parecido.


02. Essa decisão me levou a uma situação curiosa. Originalmente, a história se passaria em São Paulo, e só com um terço do livro escrito me dei conta de que “epa! não existem santos, não existe uma São Paulo”. Daí nasceu Libertà, uma metrópole ficcional inspirada em diferentes cidades brasileiras. Foi por caminhos tortos, mas o resultado não poderia ter sido melhor.


03. Mas espera aí. Então a gente vai exorcizar o quê? Bem, o Tiago Boanerges, protagonista dessa história, exorciza oníricos. Habitantes do mundo dos sonhos que de vez em quando escapam para cá e insist em em demorar mais do que deveriam. Além de possuírem um corpo ou outro e criarem um monte de problemas, claro.


04. O mundo dos sonhos, aliás, é parte essencial do universo do EADB. Prepare-se para algumas visitas inesperadas. E para alguns passeios por lá. Mas nunca sem um guia!


05. O universo de EADB é composto por reflexos. É assim que chamo a nossa e outras realidades. Atrás de cada espelho, um reflexo diferente. Bem, se eu fosse um agente de viagens, provavelmente faria esse discurso, mas a verdade é um pouco diferente. Os espelhos levam todos para o mesmo lugar: o Entremundos. Uma cidade de transição entre esses reflexos, e que é um dos meus cenários favoritos do livro por possuir uma lógica completamente diferente da que estamos acostumados.


06. Alguns personagens e situações foram inspirados nas histórias de Alice, de Lewis Carroll (cada um com suas obsessões, não é, Kusama?), e reimaginados dentro do contexto noir e sombrio deEADB. Quem tiver familiaridade com País das Maravilhas e Através dos Espelhos terá uma diversão extra nesse sentido.


07. A versão de avaliação de Exorcismos, Amores e Uma Dose de Blues que foi para a editora tinha ilustrações completamente diferentes, todas feitas também pela Carolina Vigna. Uma delas de um personagem que acabou cortado da história na versão final. Meu único pedido foi que os desenhos não comprometessem a imaginação do leitor. Na versão definitiva, se é que isso existe na minha cabeça, fechamos em 5 ilustrações. Duas delas podem ser vistas no site da Carolina.


08. O amores do título não é por acaso. Ele está lá em diversas cenas, numa discussão sobre sentimentos, sexualidade, desejo e inspiração. No fundo no fundo, Exorcismos, Amores e Uma Dose de Blues é a minh a versão estranha de uma história de amor.


09. O blues do título permeia a história do início ao fim, às vezes de modo mais direto, às vezes nas entrelinhas. Está nos momentos de decisão do protagonista, nos temas abordados, nas citações aos artistas, nos trechinhos de músicas e na coleção de vinis do Tiago Boanerges. Torço muito para que desperte a sua curiosidade para esse estado de espírito musical que é o blues.


10. Um dos blues do livro é uma composição original minha e da minha irmã, a cantora Cássia Novello, aka Noturna, e que será disponibilizada em breve. A capa do single também está quase pronta. No livro a música se chama Doomsday. No mundo real (ou seria no nosso reflexo?) provavelmente terá um nome diferente, mas nunca se sabe. O mundinho musical é ainda mais louco que o literário. Podem acreditar.


11. Ah! Talvez seja importante dizer que os magos são a peça fundamental desse universo. A pupila e BFF do nosso protagonista, por exemplo, é uma necromante chamada Julia Yagami. A magia é algo integrado à vida das pessoas. Do mesmo modo que eu sou um autor, alguém pode ser um exorcista, e por aí vai. Além dos magos e dos oníricos, existem outras “brincadeiras” sobrenaturais no livro. Mas prefiro não comentar para não estragar as surpresas.


12. Exorcismos, Amores e Uma Dose de Blues teve pelo menos 15 versões antes de chegar ao grupo final de personagens e conflitos que você encontrará. Uma parte dessa insanidade se deve ao processo de criação de Libertà e de tudo que existe nesse universo de fantasia, já que nada está lá por acaso. A outra parte ao fato de o autor não ser exatamente uma pessoa sã.


13. Encerradas as curiosidades, fica um trecho que foi divulgado nas redes sociais:


“A reclamação foi interrompida por uma cantiga de roda. Na parede, sombras infantis giravam de mãos dadas sobre pernas inexistentes, os contornos das roupas precisos em traços de nanquim.


Roda, gira, canta forte
De braços dados a cantiga
Chama alta, chama, chama
A morte eterna, nossa amiga


Ele olhou em volta. Nenhuma criança, apenas XXXXXX o observava. Parecia um boneco largado na escada de acesso, pernas moles e braços pendendo de lado, um corpo sem vida. As paredes do porão, cada vez mais claustrofóbico, se recolheram em sua direção, enquanto o chão ondulava e o sacudia.”


Lendo com a Dani: A rosa da meia noite - Lucinda Riley

A rosa da meia noite

Autora: Lucinda Riley

Título original: The Midnight Rose

Editora Novo Conceito

Ano 2014

574 páginas
Atravessando quatro gerações, A Rosa da Meia-Noite percorre desde os reluzentes palácios dos marajás da Índia até as imponentes mansões da Inglaterra, seguindo a trajetória extraordinária de Anahita Chavan, de 1911 até os dias de hoje. No apogeu do Império Britânico, a pequena Anahita, de 11 anos, de origem nobre e família humilde, aproxima-se da geniosa Princesa Indira, com quem estabelece um laço de afeto que nunca mais se romperia. Anahita acompanha sua amiga em uma viagem à Inglaterra pouco tempo antes da eclosão da Primeira Guerra Mundial. Ela conhece, então, o jovem Donald Astbury, herdeiro de uma deslumbrante propriedade, e sua ardilosa mãe. Oitenta anos depois, Rebecca Bradley é uma jovem atriz norte-americana que tem o mundo a seus pés. Quando a turbulenta relação com seu namorado, igualmente rico e famoso, toma um rumo inesperado, ela fica feliz por saber que o seu próximo papel – uma aristocrata dos anos 1920 – irá levá-la para muito longe dos holofotes: a isolada região de Dartmoor, na Inglaterra. As filmagens começam rapidamente, e a locação é a agora decadente Astbury Hall. Descendente de Anahita, Ari Malik chega ao País sem aviso prévio, a fim de mergulhar na história do passado de sua família. Algo que ele descobre junto com Rebecca começa a trazer à tona segredos obscuros que assombram a dinastia Astbury.

 Mais uma vez Lucinda Riley nos leva numa viagem de um canto a outro acompanhando a indiana Anahita por nada menos que cem anos.

A trama é carregada de sentimentos, que abalam nossa estrutura.

Acompanhamos as descobertas de Anahita desde sua juventude, quando conhece uma amiga importante, não apenas por ser uma princesa como por ser generosa. Indira adota Anahita como uma irmã e as duas viajam país afora. Essas duas indianas são quase inseparáveis, mas cada uma decide seguir um caminho sem nunca esquecer da amizade.

Anahita será de grande ajuda para Indira, assim como a princesa poderá retribuir a amizade verdadeira.

Temos um vislumbre de como os marajás vivem, a diferença entre as castas. Acompanhamos as duas tentando se enturmar num colégio inglês. Bem como este é o início de um leve declínio na amizade das duas.

Anahita tem o dom de ouvir os espíritos e esse dom associado a seu conhecimento da homeopatia Ayuverda será valioso, tanto para momentos alegres como situações angustiantes.

Quando o caminho dela se distancia de Indira ela consegue provar seu valor, assim como sente na pele o preconceito. Conhece então os Astbury e mesmo contra a megera matrona da família ela ganha um lugar de destaque entre Donald e Selina Astbury.

Lucinda nos faz mergulhar na torrente de sentimentos que Anahita experimenta: os sonhos de garota, a realização profissional, o primeiro amor, o sofrimento que a diferença de raça lhe impõe na figura de Maud Astbury.

Foi impossível não sentir cada alegria ou cada tristeza que a jovem indiana passou. Bem como acreditar na certeza que ela tinha.

No tempo presente temos o bisneto dela que após uma desilusão que ele mesmo causa decide verificar se o último pedido de sua avó tinha fundamento. 

Quando Ari Malik chega na mansão Astbury não imagina quantos esqueletos irá tirar do armário. O que não será muito fácil já que Anthony, o atual Lorde Astbury, não facilita a começar por negar a presença de Anahita na mansão.

Com a ajuda de Rebecca Bradley, uma atriz americana em ascensão que está fugindo da mídia e tentando lidar com um namorado drogado, Ari Malik vai encontrar as peças que faltam e não conseguimos desgrudar da leitura buscando confirmação sobre nossas suposições.

Além de tudo a autora aborda um assunto delicado que vai gerar cenas de tensão e umas risadas a medida que imaginamos o que ela nos descreve.

A trama foi bem detalhada, os cenários bem descritos para facilitar a visualização. Os personagens são distintos e suas personalidades ou nos farão amá-los ou odiá-los. Mas acima de tudo eu me peguei torcendo para que o destino de Anahita não fosse o que os espíritos lhe contavam.

A autora fecha todas as pontas e quando o faz me arrancou um suspiro de alegria.

A rosa da meia noite é forte, é doce, é alegre, é doloroso. O que me fez comparar com as cores e a multidão que dominam as ruas da Índia. Além de ser maravilhoso para comparar os hábitos destas duas sociedades tão distintas em sua cultura e tão parecidas em sua divisão social.

Leiam e encantem-se.


A capa americana:



Leituras da Drica: A menina mais fria de Coldtown, Holly Black - Novo Conceito

A Menina Mais Fria de ColdTown

Autora: Holly Black

Editora: Novo Conceito

Gênero: Literatura Estrangeira / Terror

Páginas: 382

Leia um trecho aqui.

Sinopse:
No mundo de Tana existem cidades rodeadas por muros são as Coldtowns. Nelas, monstros que vivem no isolamento e seres humanos ocupam o mesmo espaço, em um decadente e sangrento embate entre predadores e presas. Depois que você ultrapassa os portões de uma Coldtown, nunca mais consegue sair. Em uma manhã, depois de uma festa banal, Tana acorda rodeada por cadáveres. Os outros sobreviventes do massacre são o seu insuportavelmente doce ex-namorado que foi infectado e que, portanto, representa uma ameaça e um rapaz misterioso que carrega um segredo terrível. Atormentada e determinada, Tana entra em uma corrida contra o relógio para salvar o seu pequeno grupo com o único recurso que ela conhece: atravessando o coração perverso e luxuoso da própria Coldtown. A Menina Mais Fria de Coldtown, da aclamada Holly Black, é uma história única sobre fúria e vingança, culpa e horror, amor e ódio.

“A morte tem seus prediletos, como qualquer um. Aqueles que são queridos da morte não haverão de morrer.”

Vampiros!!! Oba!!! Estava sentindo falta deles, esses são bons e são originais de verdade!!!

A menina mais fria de Coldtown chama-se Tana, é ela quem vai nos contar a sua história nesse mundo cheio de novidades.

“Havia muitos livros e filmes romantizando os vampiros no último século. Era uma questão de tempo até que um vampiro começasse a romantizar a si próprio.”

A história começa quando Tana acorda em um banheiro de festa rodeada pelos cadáveres dos amigos que estiveram com ela em uma festa na noite anterior. Entre os sobreviventes apenas o seu ex-namorado, Aidan, a quem ela estava evitando na festa e está possivelmente infectado, e Gavriel, um belo estranho, ambos amordaçados e amarrados por vampiros. Por tentar salvá-los, Tana despertará a fúria dos vampiros e começa uma longa fuga, junto com a dúvida de ter sido ou não infectada por uma leve mordida em seu tornozelo.

Gavriel deseja ir para a Coldtown de Springfield e aconselha que Aidan também vá por causa da sua infecção. Durante a fuga ele conhecem Midnight e Winter, irmãos que também querem ir para a Coldtown. 

Mas como tudo isso começou? Vamos conhecer o universo fantástico que a Holly criou. Caspar Morales decidiu que não mataria pessoas, apenas sugaria o seu sangue, o que ocasionou o primeiro surto de infecção em Springfield. Assim a vítima ficaria Resfriada, se ela bebesse sangue humano a infecção sofria uma mutação e o tornava vampiro. Ou teria que resistir em quarentena durante 88 dias até que a infecção passasse. Haviam sete zonas críticas, seis se tornaram Coldtowns e transmitiam reality shows com vampiros. Lucien Moreau era o mais famoso. Os reality shows passam uma imagem de poder, luxo e muito glamour, o que leva a várias pessoas irem voluntariamente para as Coldtowns, mas o Governo não permitia que elas saíssem como uma forma de controle dos vampiros. Afinal, como eles se alimentariam se não houvessem humanos nas Coldtows?

“Todo mundo tinha medo de morrer, e os vampiros nunca morreriam. Desejar ser um vampiro era tentador, até mesmo se não fosse todo mundo que tivesse coragem de tentar.”

Tana não vê glamour nenhum nisso pois vivenciou todo o sofrimento de sua mãe quando foi infectada e teve que ser trancada no porão da casa para que ela passasse a quarentena lá.

Holly criou uma variedade de personagens muitos bem construídos. Tana é uma personagem fantástica, uma adolescente com jeito de mulher madura. Forte, decidida, sem mimimi mesmo quando está apaixonada.

Gavriel é o vampiro mais gostoso dos últimos tempos!!! Ele é charmoso, como todo vampiro, sedutor e ainda esconde um segredo que será revelado ao longo da história. Muitas vezes cruel, mas vítima do seu próprio passado.

"Gavriel afastou-se dela cambaleando, os lábios avermelhados. Limpou a boca no dorso da mão, o sangue dela manchando-lhe a pele. Comtemplando-a por um bom tempo com algo semelhante a horror, como se a estivesse vendo pela primeira vez, ele disse: - Você é mais perigosa que o nascer do sol."

Aindan é um garotão charmoso, popular entre as mulheres, o típico galinha, que terá suas características aguçadas ao se tornar um vampiro.

Midnight e Winter são irmãos, seu desejo é serem vampiros e morar na Coldtown mais famosa e de lá transmitir para o seu blog o cotidiano de um vampiro. São excêntricos e roubam a cena quando aparecem com o lema “Sem mais aniversário.”

O livro é narrado em terceira pessoa, o que ajuda a conhecer um pouco de tudo o que está acontecendo. A narrativa segue tranquila, dentro de uma escrita leve que alterna presente e flashes do passado que explicam situações atuais. Alterna momentos de muita ação, como no começo e no final, mas mantém uma narrativa morna a maior parte do tempo.

Como sempre, a Novo Conceito está de parabéns por mais esse lançamento. Capa linda, páginas amareladas e letras estilizadas para dar um clima sombrio, sem contar o belo marcador em forma de gota de sangue. Somasse ai a perfeita diagramação e correção ortográfica.


Apesar de ter sido classificado com livro de terror, não senti muito isso. Considero A menina mais fria de Coldtown um livro de literatura fantástica, com vampiros clássicos e com personalidades incríveis. Alguns bem poderiam ter saídos de livros da Anne Rice inclusive.  Com suspense, terror, fantasia, ação e, claro, romance, o livro é completo. Além de ter um final muito bom, sem pontas soltas. Recomendo sim! Principalmente para quem estava com saudade dos vampiros de verdade. 



Lançamento 05/11 - Outlander, a Libélula no Âmbar

« Intrigante… profundamente satisfatório…
Quando se chega à última página, é difícil
conseguir se separar dos personagens. »
DAILY PRESS

Claire Randall guardou um segredo por vinte anos. Ao voltar para as majestosas Terras Altas da Escócia, envoltas em brumas e mistério, está disposta a revelar à sua filha Brianna a surpreendente história do seu nascimento. É chegada a hora de contar a verdade sobre um antigo círculo de pedras, sobre um amor que transcende as fronteiras do tempo... e sobre o guerreiro escocês que a levou da segurança do século XX para os perigos do século XVIII.

O legado de sangue e desejo que envolve Brianna finalmente vem à tona quando Claire relembra a sua jornada em uma corte parisiense cheia de intrigas e conflitos, correndo contra o tempo para evitar o destino trágico da revolta dos escoceses. Com tudo o que conhece sobre o futuro, será que ela conseguirá salvar a vida de James Fraser e da criança que carrega no ventre?


“Diana Gabaldon cria personagens inesquecíveis, com quem você irá rir, chorar e amar muito depois de ter terminado a leitura.” – Candy Paape

“Envolvente e caloroso… evoca admiravelmente a terra e as tradições da Escócia.” – Publishers Weekly

“O livro é um delicioso banquete para leitores que gostam da história da Escócia do séc. XVIII, de heroísmo e romance.” – Kirkus Reviews


“Brilhante e cheio de vida… Diana Gabaldon é uma contadora de histórias talentosa que nos deixa sem fôlego… Ela transporta os leitores para outra época com a facilidade de um mestre historiador e cria personagens tão reais que quase acreditamos que existiram.” – Rave Reviews

Mensagem do dia


Lendo com a Dani: Primavera Eterna, Paula Abreu - Arqueiro

Primavera eterna

Autora: Paula Abreu

Editora Arqueiro

Ano 2014

128 páginas
Maia é uma jovem publicitária bem-sucedida. Tem um emprego estável, um namoro estável, uma vidinha estável. Até demais. Certo dia, tentando imaginar como seria sua vida no futuro, o casamento, os filhos, visualiza duas crianças loirinhas correndo... Loirinhas? Então ela se dá conta de onde vem aquela cor de cabelos: Diogo, o menino por quem se apaixonou à primeira vista aos 12 anos, numa cidadezinha do interior, onde costumava passar os fins de semana com a família. Acontece que ele se mudou para os Estados Unidos há mais de dez anos, e a essa altura da vida, já nem deve se lembrar mais dela.
Mesmo assim, num impulso, Maia pede férias na agência, inventa uma viagem de trabalho como desculpa para o namorado e vai para Nova York, atrás do seu primeiro amor. Primavera Eterna é a história de uma jovem cheia de sonhos esquecidos, que ousa arriscar tudo o que tem e acaba encontrando a si mesma. 

Primavera eterna escrito pela carioca Paula Abreu é um livro fofo, que nos encanta pela simplicidade, a singularidade e a pureza do primeiro amor.

Maia está com vinte e cinco anos, mas ainda mantêm o amor juvenil por Diogo. Os dois não se veem a treze anos, mas ela insiste que ainda o ama.

Para tirar a prova ela faz uma loucura, pede férias na empresa e vai para Nova York, encontrar Diogo, ou seria melhor dizer: a lembrança que mantêm viva na memoria.

Enquanto Maia decide se vai mesmo ao encontro do rapaz, nos conta como o conheceu, o momento em que se apaixonou. Assim como temos rápidos flashs dos relacionamentos que aconteceram desde que Diogo foi para os Estados Unidos.

Não posso falar muito sobre a trama, pois e fininho e sem querer posso contar tudo num só parágrafo.

Maia nos mostra a importância de lidarmos com o passado. Será que colocar todos os pingos nos is resolve tudo? O que é certo ou errado? Seu amor por Diogo ainda vive? 

Acompanhamos a personagem numa viagem de descoberta sobre si mesma, e a medida que ela evolui sua lição de moral nos atinge.

Me identifiquei com a Maia, sua certeza de ser escritora quando crescer, sua ingenuidade com o primeiro amor, seu sarcasmo que muitas vezes é direcionado para ela mesma. 

Primavera eterna é para ser lido numa tarde despretensiosa, enrolado nas cobertas ou balançando numa rede. Vai reavivar lembranças que cada um de nos carregamos e nos dar algumas direções sobre decisões.

Um livro leve e adorável, encantador como a primavera é.

A editora está de parabéns, a edição está primorosa sem erros e a fonte de fácil leitura com as folhas amareladas. E  que dizer da capa? Linda demais.

Felizes para sempre será lançado em novembro

Em Felizes para sempre, último livro da série Quarteto de Noivas, você vai descobrir que o amor não avisa que está a caminho e, quando chega, vira seu mundo de cabeça para baixo.

Parker Brown sabe que subir ao altar é um dos momentos mais extraordinários na vida de um casal. Por isso ela administra a Votos – a bem-sucedida empresa de organização de casamentos que fundou com suas três melhores amigas – com pulso firme e muita dedicação.

Seu dia de trabalho começa cedo – às vezes de madrugada, quando alguma noiva ansiosa lhe telefona aos prantos. Mas ela não se importa. Cada vez que ajuda uma mulher a escolher o vestido perfeito para o grande dia ou vê o sorriso nervoso e feliz de um noivo no altar, ela sente que está dando sua contribuição para uma história igual à de seus pais.

Porém a rica, linda e inteligente Parker também quer ser feliz no amor. Só que, em vez do intelectual sensível que sempre esteve em seus planos, parece que o destino lhe reservou uma surpresa.

Malcolm Kavanaugh é um mecânico de automóveis e ex-dublê de filmes de ação. Amigo do irmão de Parker, ele não tem vergonha de elogiar as belas pernas da moça e, com suas mãos ásperas, faz com que a empresária certinha e controladora simplesmente perca o chão.

Agora eles vão descobrir que, mesmo com suas diferenças, podem completar um ao outro. E quem disse que o príncipe encantado não pode chegar numa Harley-Davidson?

Leia aqui um trecho do livro. 

Resenha da Vic: Jogos Vorazes, Suzanne Collins - Rocco

Título: Jogos Vorazes

Autor (a): Susanne Collins

Editora: Rocco

Ano: 2010

Número de páginas: 397

Nota: 4/5

Sinopse:

Após o fim da América do Norte, uma nova nação chamada Panem surge. Formada por doze distritos, é comandada com mão de ferro pela Capital. Uma das formas com que demonstram seu poder sobre o resto do carente país é com Jogos Vorazes, uma competição anual transmitida ao vivo pela televisão, em que um garoto e uma garota de doze a dezoito anos de cada distrito são selecionados e obrigados a lutar até a morte! Para evitar que sua irmã seja a mais nova vítima do programa, Katniss se oferece para participar em seu lugar. Vinda do empobrecido distrito 12, ela sabe como sobreviver em um ambiente hostil. Peeta, um garoto que ajudou sua família no passado, também foi selecionado. Caso vença, terá fama e fortuna. Se perder, morre. Mas para ganhar a competição, será preciso muito mais do que habilidade. Até onde Katniss estará disposta a ir para ser vitoriosa nos Jogos Vorazes?

Eu não entendo o porquê de eu ter demorado tanto para ler Jogos Vorazes. A maioria leu, uma grande parte gostou... Acho que foi por isso que eu não li antes. Tenho uma tendência a não gostar de livros que todos gostam. Que fazem muito sucesso. E então, quando iniciei a leitura, pedi muito para gostar da história e me apaixonar pelo livro da Susanne Collins. Ainda bem que o meu pedido foi atendido com sucesso.

A história de Katniss se passa em um mundo devastado, muitos séculos depois desse nosso, onde o planeta devolveu ao homem todo o mal que foi feito a Terra. O nível dos oceanos subiu, engolindo boa parte da terra, tornados, terremotos e todo o tipo de calamidades naturais assolaram o Planeta e o que sobrou da América do Norte se reorganizou em um continente chamado Panem. Panem se dividiu em 13 Distritos e uma Capital, mas quando a nossa história se passa, são apenas 12. Acontece que todos os Distritos são cercados e as viagens entre eles são proibidas. Os seres humanos são tratados como gado e qualquer tipo de comentário ou ação fora das regras é punível pela Capital com a morte.

Neste terrível contexto, vive Katniss Everdeen, uma jovem do Distrito 12, o mais miserável de todos. Ela sempre esteve acostumada com os desafios de sobreviver, especialmente após a morte de seu pai, que a forçou a assumir a responsabilidade de alimentar sua família. Ainda assim, quando sua irmã mais nova é sorteada para os Jogos Vorazes, ela se voluntaria em seu lugar e nada poderia prepará-la para o pesadelo que se seguiria.

"... - Bem, é melhor você aprender rápido. Você tem tanto charme quanto uma lesma morta..."

Não preciso falar muito da história em si, porque creio que todos já ouviram falar um pouco da Katniss Everdeen.

O que eu não posso deixar de dizer é que não tem como não admirar a nossa heroína. Apesar da sua capa de durona, ela é uma garota incrível. Como o livro é narrado em primeira pessoa, é muito fácil entendê-la da sua forma carrancuda e hostil. Katniss é o tipo de personagem que eu gosto: forte e determinada!! Aquela que enfrenta os desafios e não espera ser salva. Ela passou por tanta dificuldade sua vida toda, tendo que sustentar a casa desde a morte de seu pai, passando fome, que os Jogos não são tão diferentes pra ela nesse quesito. O seu companheiro de Distrito, Peeta, não é um personagem masculino típico, daqueles que salvam o dia. Apesar de não viver no luxo, ele ao contrário de Katniss, não saia para caçar e não tinha que sustentar sua família. No casal, ele é o mais fraco e isso deixa a história até mais interessante. Afinal, quem disse que a mulher é mais fraca que homem, hein?

E assim, vem um romance. Apesar da guerra entre Distritos, vemos um triângulo amoroso entre Katniss, Peeta e Gale. Há espaço para o amor durante uma luta sangrenta até a morte? Pode ter certeza de que sim.



"...- Ela tem outro cara? - Pergunta Caesar.
- Eu não sei, mas muitos outros garotos gostam dela - diz Peeta. 


- Então, faça o seguinte. Ganhe, volte para casa. Ela não pode te recusar então, hein? - diz Caesar.

- Eu não acho que vai funcionar. Ganhar... não vai ajudar no meu caso - diz Peeta.

- Por que não? - diz Caesar, perplexo. Peeta cora um tom de beterraba e gagueja.

- Porque... porque... ela veio aqui comigo..."


Você lê cada página, cada parágrafo com um aperto no estômago como se você vivesse tudo aquilo junto com a Katniss. Você se torna ela e ela se torna você e cada novo acontecimento te deixa tão sem fôlego e raivoso quanto deixa Katniss.

Só não dei cinco estrelas porque achei o inicio meio cansativo. Até ela chegar na arena, achei meio morno... mas depois disso, não consegui mais largar.

Apesar de já ter assistido a adaptação cinematográfica, fiquei absorvida pela história e ansiei pela sequência.

Foi maravilhoso e terrível. Foi intenso, apavorante e extremamente convincente.

Finalizo aqui a minha resenha, recomendando e muito o livro. Você, levante agora, e adquira o seu exemplar. Mas aviso: Que uma vez dentro da arena, ninguém nunca mais é o mesmo.