Lendo com a Dani: Alta Fidelidade, Nick Hornby


Uma histĂ³ria sobre monogamia, relações amorosas, solidĂ£o e sensibilidade masculina, temperada por mĂºsica pop, ironia e bom humor. Assim Ă© o romance de estrĂ©ia de Nick Hornby, Alta fidelidade. Em Londres, apĂ³s ser abandonado por Laura Lydon, sua Ăºltima namorada, Rob Fleming, dono de uma loja semifalida de discos de vinil, faz um balanço das cinco piores separações da sua vida: Alison, Penny, Jackie, Charlie e Sarah. Laura, uma advogada bem-sucedida e atraente, ficou fora da lista por nĂ£o ter provocado muito sofrimento; alĂ©m disso, ela o trocou por Ian, um vizinho que ouvia discos horrĂ­veis. Rob busca consolo com os balconistas de sua loja, Bary e Dick, com quem mantĂ©m conversas tipicamente masculinas sobre outras listas, dos melhores filmes — entre eles CĂ£es de aluguel — aos melhores episĂ³dios do seriado Cheers, passando, naturalmente, pelas melhores mĂºsicas. Rob tenta sair com uma cantora americana, Marie, mas o caso nĂ£o dĂ¡ certo. Ele volta a encontrar Laura e decide reconquistĂ¡-la. No meio do processo, no entanto, começa a fazer uma reflexĂ£o sobre a vida aos 35 anos, as lições que ela traz e todos os compromissos e desilusões que ela implica. Narrado na primeira pessoa por Rob – um alter-ego de Nick? – Alta fidelidade Ă© um romance de geraĂ§Ă£o. Por trĂ¡s do auto-retrato de um perdedor, surge uma anĂ¡lise fascinante da desorientaĂ§Ă£o afetiva deste final de milĂªnio, da busca pela felicidade — e pela fidelidade — a qualquer preço. 
Alta Fidelidade (High Fidelity)
Autor: Nick Hornby
Companhia das Letras (2013)
312 pĂ¡ginas





Alta Fidelidade Ă© o livro certo para os fĂ£s de mĂºsica devido a suas inĂºmeras referĂªncias desde Peter Frampton a U2.


   
Bem galerinha, escolhi esta leitura apĂ³s me encantar com a leitura de Uma Longa Queda do mesmo autor.

Tal como o recém citado este passa em Londres, entre Crouch End e Camden.

Robert Flemming Ă© dono de uma loja de LP, CD das antigas, a Champonship Vinyl, ele tem predileĂ§Ă£o por Folk e Rock, bem como seus dois funcionĂ¡rios: Barry e Dick.

Inclusive o trio vive num mundo sĂ³ deles, de maneira que me fez pensar nos personagens de The Big Bang Theory, porĂ©m um pouco mais sociĂ¡veis.

Barry Ă© o "Sheldon" metido a sabe tudo, sĂ³ ele conhece os melhores mĂºsicos/bandas, mesmo que ninguĂ©m aceite suas sugestões. Ele Ă© chato e gosta de se meter na vida dos outros.

Dick Ă© mais diplomĂ¡tico, calado, na dele, pensa bem antes de dar suas opiniões.

Um ponto bem positivo sobre eles: apesar das rixas eles acabam deixando para lĂ¡ e mantendo a amizade.

O livro tem como POV o Rob, apĂ³s o tĂ©rmino de relacionamento com Laura.

Rob passa entĂ£o a rememorar seus antigos relacionamentos desde 1972 ao presente, 1994, o que deu errado, quem terminou e o motivo.

Robert soa enfadonho em sua dor de cotovelo, porĂ©m a interaĂ§Ă£o com os rapazes me levou adiante. Ele Ă© imaturo, rancoroso, sinceramente um mala.

A paixĂ£o pela mĂºsica Ă© o que move o rapaz. Para ele o que define o carĂ¡ter das pessoas Ă© a quantidade de discos que possui.

Katie Adie, ex-correspondente da BBC News, nĂ£o Ă© uma pessoa legal, pois segundo o Rob ela nĂ£o possui discos que ele acha aceitĂ¡veis numa coleĂ§Ă£o.

O autor faz muitas referĂªncias tanto musicais quanto cinematogrĂ¡ficas. 

Beatles, Bruce Springsteen, Richard Thompson. Daqui eu conhecia por nome os dois primeiros, mas ele cita tantos outros desconhecidos que me batia curiosidade. O que para mim foi um atraso, pois quis conferir se cada banda e artista realmente existiu.

Mas o saldo foi positivo: achei mĂºsicas bem legais. Tais como esta do Bruce Springsteen.



E com toda certeza o Rob me aborreceu ao dizer que fuzilaria o U2. Mas gosto nĂ£o se discute. =)

Nick Hornby trabalha o personagem vagarosamente e a sensaĂ§Ă£o que tive foi de que ele nĂ£o mudaria nada.

PorĂ©m entre resmungos e brigas bobas ele decide enxergar que cresceu e no fim das contas notamos que ele tem salvaĂ§Ă£o.

Mas atĂ© lĂ¡ preparem-se para pesquisar sobre artistas, lugares e afins.

Em termos de carisma gostei apenas da cantora Marie LaSalle, tĂ£o diferente dos ingleses com ideias bem bacanas, ela sim deu uma chacoalhada na vida de Robert e ajudou o rapaz a ver uma luz no fim do tĂºnel.

Sendo sincera com vocĂªs, apesar da escrita Ă¡gil, das piadas e da boa vontade, este nĂ£o foi um livro inesquecĂ­vel como Uma Longa Queda, nem teve uma liĂ§Ă£o de vida marcante.

O processo de reconhecimento de Robert é lento e aborrecido. Seus métodos para encontrar respostas foram estranhos... e ainda fiquei esperando que ele fizesse bobagem quando consegue o que quer.

O que Robert nos ensina Ă© que o mundo nĂ£o gira em nosso umbigo e que devemos aceitar nossos erros e reconhecer cada um deles para uma melhor interaĂ§Ă£o com as pessoas a nossa volta.




E caso precisem de ideias para comemorar seu aniversĂ¡rio que tal seguir a ideia do Rob e assistir aos filmes: Corra que a polĂ­cia vem aĂ­ 2 e meio, O exterminador do futuro 2 e Robocop 2.

Acompanhado de Kettle Chips? Fiquei com vontade de experimentar e vocĂªs?






6 comentĂ¡rios

  1. Oi Dani.
    Gostei bastante da estĂ³ria que vocĂª descreveu, nĂ£o sou uma fĂ£ ou ouço muita mĂºsica, atĂ© por que onde eu trabalho um fone pode significar machucados muitos graves kkkkk.
    Eu cuido de crianças, e entĂ£o nĂ£o posso nem cogitar mĂºsica, principalmente se me tira a atenĂ§Ă£o, o enredo do livro parece ser muito bom, o autor deve ter muito conhecimento sobre mĂºsicas para criar uma livro assim, ainda nĂ£o li nenhum livro seu.
    Mas vou tomar como referĂªncia o primeiro livro que leu dele que Ă© o Uma longa queda, espero gostar.
    Bom Dia

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    1. Oi Marlene. Adoro ouvir mĂºsica, mas nĂ£o sou fĂ£ a ponto de mergulhar e buscar hits e bandas de outrora. Apesar de adorar os Bee Gees que faz parte da linha de tempo da qual o autor ambientou o livro.
      Uma pena que nĂ£o possas apreciar mais, porĂ©m crianças exigem 100% de atenĂ§Ă£o mesmo.
      Leia sim. Uma longa queda foi de longe melhor, mas esse pode agradar a vocĂª.
      Tenha uma Ă³tima semana.
      Obrigada.

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  2. Olha vou ser sincera e dizer que o livro nĂ£o me conquistou em nada, pra mim ler um livro assim a historia tem que ser muito boa e os personagens tambĂ©m mas pelo que eu vi pela sua resenha nĂ£o vou encontrar isso nesse livro e sem falar que jĂ¡ tinha perdido muitos pontos por falar mal do U2, uma de minhas bandas preferidas e ninguĂ©m esta autorizado a falar mal deles. Adorei a sinceridade da resenha.

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    1. Obrigada pelo comentĂ¡rio Rissia, bem assim como nĂ³s temos direito a gostar de um artista ou nĂ£o, o Rob em seu mundo fictĂ­cio tambĂ©m tem o mesmo direito. Embora nĂ£o concorde com ele. kkk

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  3. NĂ£o sei se eu leria esse livro, nĂ£o me chamou muito atenĂ§Ă£o. Concordo com a ideia dele de que o mundo nĂ£o gira em torno de nĂ³s e parece ser um livro engraçado apesar da fossa dele, mas sei la. TambĂ©m quis experimentar, esses livros que descrevem comidas no meio me deixam super com vontade.

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    1. Amanda, o Rob Ă© um ser complicado, mas nĂ£o Ă© de todo ruim. E realmente livros que descrevem comida, bate uma vontade de experimentar.
      Obrigada por comentar.

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