Batman: Criaturas da Noite, Marie Lu
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Marie Lu,
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As criaturas da noite estão caçando a elite de Gotham. Bruce Wayne é o seu novo alvo.
Bruce Wayne está prestes a completar 18 anos e herdar a fortuna de sua família, além do controle das indústrias Wayne. No entanto, no dia do seu aniversário, ele faz uma escolha impulsiva e é condenado a prestar serviço comunitário no Asilo Arkham, uma mescla de prisão e hospital psiquiátrico onde estão detidos os criminosos mais desequilibrados da cidade.
Lá ele conhece Madeleine, integrante das Criaturas da Noite, um grupo radical que deseja acabar com a elite de Gotham. Até então, a moça se recusava a confessar seus crimes ou informar à polícia os futuros ataques que planejavam, mas ela resolve se abrir para Bruce Wayne, dando início a um perigoso jogo de sedução e inteligência.
Será que o jovem Wayne vai conseguir convencê-la a revelar todos os seus segredos ou ela está apenas manipulando-o para arruinar Gotham? Enquanto o golpe final das Criaturas da Noite se aproxima, Bruce percebe que não é tão diferente de Madeleine. E, mesmo longe de se tornar o Cavaleiro das Trevas, precisará provar que está preparado para deter uma das maiores ameaças que Gotham já presenciou.
Batman: Criaturas da Noite
Lendas da DC #2
Ano: 2018
Páginas: 256
Idioma: português
Editora: Arqueiro
Então, essa
resenha vai ser complicada, porque nem eu sei direito o que achar desse livro.
Vou começar
dizendo que, junto com o Flash (o dos desenhos, super engraçado e super louco)
e a Mulher Maravilha (predominantemente a do último filme), Batman é, provavelmente, meu herói favorito da DC (Super-Homem é muito chato, muito
certinho, muito perfeito, com muito gel no cabelo e muito choroso para meu
gosto).
Vamos ser
francos aqui, Batman é um dos heróis mais complexos e isso pode ser notado pela
forma como ele dança na linha tênue entre o bem e o mal, vivendo sempre em
conflito consigo mesmo, seja pelas falhas em seu caráter ou pelo trauma de sua infância.
Ele vê um fim e, em grande parte das vezes, não se importa com o meio.
Dizendo isso, o
que eu preciso que vocês entendam é que a ideia dessa série é mostrar os super-heróis
antes de serem super, mostrar seus anos de adolescência que os levaram a ser a
figura que conhecemos hoje.
O livro começa
com um Bruce Wayne com 18 anos, um Bruce comedido que faz festas beneficentes
para comemorar seu aniversário, um Bruce preocupado com as manchetes dos
jornais, um Bruce preocupado com os investimentos da sua empresa, o estágio de
verão que ele vai fazer com o Lucius Fox e o jantar na lanchonete que ele vai
ter com os únicos verdadeiros amigos após a festa.
Mas, chateado
com o pedido de um amigo de infância interesseiro, Bruce foge da festa e,
movido por uma curiosidade, se vê em meio a uma cena de crime, uma na qual se
envolve (leia: ajudar a polícia a prender um criminoso), começa uma corrida de
carros, causa um acidente e, por conta disso, acaba sendo condenado a prestar
serviço comunitário no Asilo de Arkham (que para quem não sabe, é um dos lugares
mais icônicos de Gotham, sendo o local de origem de vários vilões famosos do
universo da DC).
E é la que o
jovem Bruce vai conhecer uma misteriosa e bonita garota que vive implicando com
ele e que parece estar envolvida com uma série de ataques que vem ocorrendo
pela cidade. As criaturas da
noite, como vem sendo chamadas, vagam pela cidade a noite, matando os ricos e
poderosos de Gotham e, pelo que dizem, redistribuindo suas riquezas entre os
mais pobres.
Então,
eu gostei, mas eu não amei.
E o negócio é o
seguinte, eu queria ter amado, até porque a sinopse e a ideia da história
realmente me levaram a querer realmente amar isso e eu estava cheia de expectativas. Mas não sei, eu
acho que o problema se deu pela descaracterização de Bruce Wayne e de alguns dos
outros personagens.
Eu não sei se
estou acostumada demais com o Batman de Christopher Nolan (ou qualquer outro Batman
dos últimos 15 anos), mas, por alguma razão, eu simplesmente não consegui ver o
personagem como Bruce. Não sei, acho que faltou um pouco de melancolia, de raiva
não muito bem contida, de frustração, de rebeldia. O Bruce trazido por essa história
é muito certinho, muito comedido e, mesmo nas cenas em que se rebela, ele faz
isso de uma forma sem espirito.
O Bruce Wayne que
eu conheço é um vigilante, mas também é um playboy, um rebelde por definição.
Mas é aí que se
encontra o problema desse livro. Diferente dos outros heróis que tiveram seus
destinos mudados durante seus anos adultos por um acontecimento inesperado (ganhar
poderes no laboratório do trabalho, fugir da ilha em que mora, achar um anel
em uma praia...), Bruce Wayne começa a se tornar o Batman quando ele ainda é uma
criança, no momento em que seus pais são assassinados e ele tem que lidar com
toda a culpa e a angústia que isso acaba trazendo para ele.
Assim, para mim, pelo menos, um Bruce adolescente é um caldeirão de emoções (que vem cozinhado
desde a morte de seus pais) e hormônios que o levará inevitavelmente a se
tornar o Batman que conhecemos, e não o adolescente preocupado e bonzinho que
esse livro demonstra.
É como se o senso de justiça dele estivesse ali, mas a motivação, o estopim que futuramente o fará se tornar o Batman e mudar completamente sua personalidade, só será apresentada anos após a historia desse livro, o que sabemos que não acontece assim.
Acho que se esse
livro não fosse do Batman, se fosse um livro em que os nomes dos personagens fossem
mudados e não se passasse no universo da DC, eu provavelmente teria gostado
muitoooo mais dele.
A história dos
assassinatos e do mistério são bem legais, da mesma forma que eu
curti as interações entre Bruce e Madeleine (apesar da total falta de noção de
tudo, porque, né, vamos mandar um adolescente bilionário, cujo crime foi tentar ajudar a
prender um bandido, o único herdeiro de um império, para fazer
serviço comunitário na pior prisão da cidade e deixar ele batendo papo sem
supervisão com uma menina, conhecida por suas manipulações, condenada por assassinato e que parece com uma modelo adolescente).
Alguns
personagens bem conhecidos são mencionados (como o comissário Gordon), para o
grande prazer dos fãs, outros ganham um bom número de páginas como o Alfred
(que foi maravilhoso), o Harvey Dent e o Lucius Fox.
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Atom
)
Confesso que lendo a resenha, entendi que é um livro que eu não leria com facilidade.
ResponderExcluirNão sou assim, super fã de super heróis e quando lia a resenha, me vei Gotham, que vejo com afinco, mas que me irrita profundamente por trazer um Bruce assim, jovem, imaturo, inconsequente e ao mesmo tempo, com esse desejo de ajudar.
Ainda não entendi qual é a dele..rs
Mas não consigo deixar de ver a série de jeito nenhum.
Não digo que não lerei nunca, mas...
Beijo