À beira da loucura, B.A. Paris

Cass está sendo consumida pela culpa desde a noite em que viu uma mulher dentro de um carro parado na estrada perto de sua casa, durante uma terrível tempestade, e tomou a decisão de não sair para ajudá-la. No dia seguinte, aquela mesma mulher foi encontrada morta naquele exato lugar. Cass tenta se convencer de que não havia nada que pudesse ter feito. E, talvez, se tivesse ido ajudá-la, poderia ela mesma estar morta agora. Mas nada disso é o suficiente para aplacar a angústia que sente, principalmente considerando o fato de que o assassinato aconteceu ali do lado, bem perto de sua casa isolada ― e que o assassino ainda está à solta.
Então, depois da tragédia, Cass começa a ter lapsos de memória: não consegue se lembrar de ter encomendado um alarme para casa, não sabe onde deixou o carro, muito menos por que teria comprado um carrinho de bebê quando nem filhos tem. A única coisa que ela não consegue esquecer é Jane, a mulher que poderia ter salvado, e a culpa terrível que a corrói por dentro. Tampouco consegue esquecer as ligações silenciosas que vem recebendo, nem a sensação de que está sendo observada.
Seria possível que o assassino a tivesse visto, parada no acostamento, enquanto decidia se ajudaria a mulher ou não? Será que ele está tentando assustá-la para que ela não conte nada à polícia? Mas como alguém poderia acreditar em seus temores quando nem mesmo ela é capaz de saber o que é verdade e o que é mentira? E como Cass pode acreditar em si mesma quando tudo ao seu redor parece provar que está ficando louca?
À Beira da Loucura
Em quem mais confiar quando não se pode confiar em si mesmo?
Ano: 2018
Páginas: 350
Idioma: português 
Editora: Record

Durante uma tempestade, Cass tenta voltar para casa o mais rápido possível. Ao pegar um atalho que seu marido a advertiu à não pegar, Cass vai se deparar com o início do seu sofrimento.

Parado no acostamento está um carro com uma mulher dentro. Cass ainda resolve parar para ajudar, mas como não obteve resposta, seguiu seu caminho. No outro dia, recebe a noticia de que um corpo foi encontrado dentro de um carro no mesmo lugar em que ela passou, coincidência?

A culpa domina seu corpo e, mesmo que ela pudesse ter feito algo, não poderia ter certeza de que teria salvado uma vida. A culpa se torna medo quando ela começa a receber ligações silenciosas e sempre ter a sensação de estar sendo observada.

Seus problemas de memória (hereditário) estão ficando mais fortes e Cass se vê sozinha para aguentar a pressão da situação pois todos ao seu redor acreditam que ela está louca, mas quem está certo nessa história?

Confesso que foi uma leitura desafiadora para mim. Fui com muita ansiedade por conta da popularidade do autor, mas não me senti totalmente entregue à história. Por ser narrado em primeira pessoa, nós sentimos a raiva e o medo da Cass, raiva por ninguém a levar à serio e medo pelo fato de ter um assassino à solta que parece estar sempre perto dela.

Comecei a montar minha teoria e, durante todo o livro, me vi direcionado a um destino, mas as últimas 60 páginas te dão uma rasteira incrível! É importante prestar atenção durante toda a história, pois tudo é trazido à tona no final, e gostei bastante do desfecho.

O que pecou na história foi o ritmo dos acontecimentos. Começa rápido demais, em seguida leva um ritmo lento (quase o livro todo) e o final é impossível de largar. Se o autor tivesse distribuído igualmente, com certeza ia ser bem melhor.


Mesmo com esses pontos, não deixa de ser um thriller sensacional, e já quero conhecer outras obras do autor. À beira da loucura vai te deixar desconfiado de tudo que estiver ao seu redor, e a solução é ser mais esperto que sua sombra!


2 comentários

  1. Quero ler esse livro por já ter lido "Entre Quatro Paredes" e adorar thriller, mas minha experiência com o que li foi basicamente igual a sua: meio complicado.
    Mas de todo jeito está na lista porque estou muito curiosa com esse final!

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  2. Amo o gênero e quando conheci este livro, já o quis logo de cara! Por trazer um enredo bem fora do convencional.
    E mesmo com este ponto negativo da narrativa mais arrastada depois de um começo agitado, quero poder conferir esta história!!!
    Beijo

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