O dueto sombrio, Victoria Schwab


Na sequência final de A Melodia Feroz, Kate Harker precisa voltar para Veracidade e se unir ao sunai August Flynn para enfrentar um ser que se alimenta do caos.
Kate Harker não tem medo do escuro. Ela é uma caçadora de monstros — e muito boa nisso. August Flynn é um monstro que tinha medo de nunca se tornar humano, mas agora sabe que não pode escapar do seu destino. Como um sunai, ele tem uma missão — e vai cumprir seu papel, não importam as consequências.
Quase seis meses depois de Kate e August se conhecerem, a guerra entre monstros e humanos continua — e os monstros estão ganhando. Em Veracidade, August transformou-se no líder que nunca quis ser; em Prosperidade, Kate se tornou uma assassina de monstros implacável. Quando uma nova criatura surge — uma que força suas vítimas a cometer atos violentos —, Kate precisa voltar para sua antiga casa, e lá encontra um cenário pior do que esperava. Agora, ela vai ter de encarar um monstro que acreditava estar morto, um garoto que costumava conhecer muito bem, e o demônio que vive dentro de si mesma.
O Dueto Sombrio
Os monstros estão à solta
Monstros da Violência #2
Ano: 2018 
Páginas: 448
Idioma: português 
Editora: Seguinte

No segundo livro dessa duologia, vamos encontrar August em Veracidade lidando com os seus dilemas internos, agora um pouco piores depois dos acontecimentos finais de A melodia feroz (resenha aqui). Devido às baixas que houveram, August se torna comandante de um dos núcleos do FTF, sendo responsável por fazer a triagem das pessoas que querem viver em Veracidade, separando monstros de humanos através da música do seu violino.

“As pessoas eram confusas. Não podiam ser definidas pelo que tinham feito, mas pelo que teriam feito, sob circunstâncias diferentes, moldadas tanto por seus arrependimentos como por suas ações, as escolhas que defendiam e as que gostariam de poder fazer diferente. Mas não havia como, porque o tempo só seguia em frente, mas as pessoas podiam mudar. Para pior. E para melhor. Não era fácil. O mundo era complicado. A vida era dura. E, muitas vezes, viver era dolorido. Então faça a dor valer a pena. ”

Do outro lado, em Prosperidade, depois de ter fugido, Kate se torna uma exterminadora de monstros saindo para caçar sempre que necessário com a ajuda de novos amigos nerds. Tudo parece dentro da normalidade até o dia em que ela se depara com uma nova criatura que parece se alimentar da violência humana. Acreditando estar contaminada por esse novo monstro, Kate parte para Veracidade, que ainda esconde outras criaturas sombrias: Sloan, que ela acreditava estar morto e Alice, que será uma verdadeira surpresa para ela.

 “O luto tinha sua música própria – o som de tantos corações, tantas respirações, tantas pessoas unidas.”

Continuo achando que o grande trunfo dessa história e o motivo pelo qual A melodia feroz é tão legal é a metáfora sobre violência que a autora cria, onde cada mostro surge de um ato de violência e quem a comete fica com alma marcada pelo resto da vida, mesmo que seja um único ato violento ou que se arrependa, confirmando o chavão “Violência gera violência.”

Apesar da escrita ser fluida e você devorar o livro rapidinho, fiquei esperando muito mais... E não achei o final compatível com tudo o que aconteceu no primeiro livro. Muitas coisas ficam sem explicação, alguns personagens entram e saem da história sem um final e o desfecho não traz a mesma montanha russa de emoções que a gente experimenta em A melodia feroz...


Ainda assim recomendo o livro, afinal você precisa saber (e direcionar sua raiva para as pessoas certas) como será o final da história de August e Kate.


DUOLOGIA "MONSTROS DA VIOLÊNCIA"
    1.  A Melodia Feroz
    2.  O Dueto Sombrio

  2.1  The Dark Vault (A abóbada escura, em tradução literal)

6 comentários

  1. É triste quando uma história desanda no segundo livro. Acho que justamente por ter mais de um livro, a história podia se fechar bonitinha, sem furos.

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  2. Li essa duologia faz pouco tempo, adorei o primeiro livro, mas quando li o segundo...
    Eu esperava bem mais do segundo livro, mas até que quando acabei gostei, não me arrependo de ter lido, mas poderia ter acabado de uma maneira diferente...
    Eu não sabia da existência desse The Dark Vault

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  3. Não conhecia o livro, mas já havia ouvido falar da autora e de sua escrita. E a principal característica é a fluidez, como você trouxe, que faz com que a leitura seja breve. As duologias precisam muitas vezes terem esse laço de conexão que você sentiu falta.... quem sabe se tudo fosse trazido em um só livro? Não sei. Fica a dica pra escritora. Amei a resenha! Besitos,
    Ilmara ;)

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  4. Todas as resenhas que li até agora falam do quanto este segundo livro foi bem inferior ao enredo do primeiro.
    Triste isso né? Pois um enredo bom, com personagens tão bem definidos no primeiro.
    Tá, não que seja de todo ruim,mas ao menos poderia ter sido concluído com maior clareza.
    Mesmo assim, se tiver oportunidade, quero sim, conferir.
    Beijo

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  5. Uau, que premissa mais interessante e original.
    Uma pena que tenha faltado em algumas partes, mas fiquei com vontade de ler só por conta dessa mensagem que a autora passa.

    Beijos

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  6. Drika!
    Não li o primeiro, nem esse, mas vejo sempre bons comentários e pelo visto, você gostou também, menos do final.
    E ainda teve o fato da repetição.
    Quando o enredo é inteligente e a escrita fluida, facilita muito a leitura, mesmo que a tenha decepcionado...
    cheirinhos
    Rudy

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