A mão que te alimenta, A.J. Rich


Não se deixe enganar pelas aparências.
Depois de uma manhã agitada no curso de psicologia forense, Morgan não vê a hora de voltar para casa, no Brooklyn, e trabalhar em sua dissertação. Tudo o que ela queria era ficar sozinha, mas seu noivo, Bennett, está a sua espera. Ao chegar, ela encontra a porta entreaberta. Morgan teme que algum dos seus três cães tenha fugido. Ela abre a porta com o ombro, esperando ser recebida pelos animais. Porém, nenhum deles aparece de imediato. Há marcas no chão, pegadas de cachorros.
Nuvem, o cão-da-montanha-dos-pirineus, é a primeira a vir ao seu encontro, mas sem o ânimo habitual. Seus pelos estão vermelhos de um lado, como se ela tivesse se sujado em uma parede com tinta fresca. Sangue. Morgan procura sinais de ferimentos, mas não encontra nada. Nem nos dois pit-bulls, George e Chester.
Ela avança pelo corredor, e as manchas de sangue que encontra parecem cada vez maiores. Por fim, vê Bennett caído no chão do quarto, a perna em cima da cama. Logo percebe que ele está olhando para cima. Ou estaria, se ainda tivesse globos oculares. A pele das mãos foi arrancada. E a perna em cima da cama não está ligada ao resto do corpo, ela foi arrancada.
Bennett foi atacado, destroçado e morto pelos cães. Mas como isso pode ter acontecido, se Nuvem, Chester e George são extremamente dóceis? Algo não faz sentido nessa história, e tudo fica ainda mais estranho quando Morgan, ao tentar localizar a família de Bennett, descobre que esse não era seu nome verdadeiro. Mas mal sabia ela que encontrar o noivo morto foi só o início de seu maior pesadelo.
A mão que te alimenta
Ano: 2019 
Páginas: 266
Idioma: português 
Editora: Record

“Não se deixe enganar pelas aparências.”

É assim que começa a sinopse dessa super thriller... e te garanto que eu não estava preparada para a torrente de suspense e mistério que esse livro joga sobre o leitor!

Nossa protagonista é Morgan, uma psicóloga que está escrevendo sua tese de mestrado em psicologia forense, sua pesquisa tenta identificar vítimas cujos altruísmo e empatia possam atrair predadores. Leva uma vida comum com o seu noivo Bennett e seus três cachorros: Nuvem, um cão-da-montanha-dos-pirineus, com ela desde filhote, e Chester e George, dois pitbulls que ela resgatou do corredor da morte a 5 meses.

Mas essa tranquilidade é quebrada quando ela chega em seu apartamento e encontra pegadas humanas e caninas de sangue por todo o apartamento e o corpo de Bennett literalmente destroçado em seu quarto. Aparentemente morto pelos seus cães...

Como aceitar a ideia de que cães dóceis e amáveis possam ser capazes de tamanha selvageria? O que os levou a isso?

“Os sociopatas representam 4% da população, mais de doze milhões de americanos. Não são necessariamente criminosos ensandecidos. A maioria é sedutora, inteligente e sabe simular preocupação e até amor. Mas eles não têm consciência, não sabem o que é empatia e não sentem culpa nem vergonha pelo comportamento. Também são grandes manipuladores. Durante a infância e adolescência, 9% dos sociopatas torturam ou matam animais.”

Morgan tenta encontrar a família de Bennett e descobre que quase tudo o que ele lhe contou sobre a sua vida é mentira. Quem era Bennett de verdade? Por que ele mentiu para ela? Determinada a descobrir como ela se tornou uma vítima, Morgan vai investigar a vida de Bennett e descobrirá coisas surpreendentes que deixarão o leitor sem fôlego!

A. J. Rich consegue criar e manter um clima tenso e, muitas vezes, assustador até o seu desfecho final colocando Morgan em muitas situações de suspense e perigo enquanto se relaciona com os outros personagens da história. Diga-se de passagem, todos muito bem construídos quanto ela.

Seu irmão Steven é o seu ponto de apoio. Calli, sua terapeuta, será responsável por guia-la em uma descoberta interior. Billie, voluntário do canil para onde os cães são levados após o crime, será de suma importância para o bem-estar deles e surpreenderá o leitor. E não poderia faltar o galã da história, McKenzie, o advogado que vai ajudar Morgan a libertar os seus animais e despertará bons suspiros nas leitoras.

“Entrei nesse campo de estudo para responder a uma pergunta. Não a que todos fazem - por que algumas pessoas cruzam a linha do crime? Eu queria era saber por que nem todos cruzam. Eu queria saber o que me segurava, e até que ponto. Meu interesse era mais que acadêmico. Era pessoal.”

Além de toda a investigação que, por si só já garantiria uma boa história, o livro ainda traz um pouco da pesquisa de Morgan sobre sociopatas e psicopatas e dados muito interessantes, além de abordar a forma como cães, principalmente os pitbulls, são vistos pelos homens.
Mas, autoras, vocês estão me devendo uma... Quem ler, vai entender.




Um comentário

  1. Gostei da resenha, me deixou curiosa para saber mais.
    Só que não é um gênero que me agrada e por conta disso leituras assim ficam em último plano.

    Beijos

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