O sal das lágrimas, Ruta Sepetys

Inverno de 1945, Segunda Guerra Mundial.
Quatro refugiados, quatro histórias.
Joana, Emilia, Florian, Alfred. Cada um de um país diferente. Cada um caçado e assombrado pela tragédia, pelas mentiras e pela guerra. Enquanto milhares fogem do avanço do exército soviético na costa da Prússia, os caminhos desses quatro jovens se cruzam pouco antes de embarcarem em um navio que promete segurança e liberdade. Mas nem sempre as promessas podem ser cumpridas...
Profundamente comovente, O Sal das Lágrimas se baseia em um acontecimento real. O navio alemão Wilhelm Gustloff foi afundado pelos russos no início de 1945, tirando a vida de mais de 9 mil refugiados civis, entre eles milhares de crianças. É o pior desastre marítimo da história, com seis vezes mais mortos que o Titanic.
Ruta Sepetys, a premiada autora de A Vida em Tons de Cinza, reconta brilhantemente essa passagem por meio de personagens complexos e inesquecíveis.
O Sal das Lágrimas
Ano: 2019 
Páginas: 320
Idioma: português 
Editora: Arqueiro


Nunca tinha lido nenhum livro sobre a Segunda Guerra, mas depois de A Guerra que Salvou Minha Vida, me envolvida pelo que tantas pessoas viveram nesse período e não deu para evitar a leitura de O sal das lágrimas, que foi tão arrebatadora quando a leitura do primeiro.

O sal das lágrimas é um romance histórico que cruza a vida de personagens que jamais se conheceriam não fosse o fato de seus países estarem em uma guerra nem sempre aprovada por eles.

Alternando capítulos, a história é contada por cada um dos personagens, o que confere maior confiabilidade à história além de proporcionar ao leitor sentir o que cada um deles sente em relação à guerra e a como a sua vida foi modificada por ela.

“A culpa é uma caçadora.”
Joana era uma desertora, partiu da Lituânia, fugindo da guerra. No grupo, era uma espécie de médica que cuidava de todos.

“O destino era um caçador.”
Florian é um prussiano, artista plástico, que foi usado pelos soviéticos e agora também era um desertor.

“A vergonha é uma caçadora. “
Emília, polonesa, 15 anos, foi salva por Florian das garras de um russo mal-intencionado e se sente na obrigação de retribuir o favor e cuidar dele.

“O medo é um caçador. ”
Alfred é o personagem mais absurdo dessa história. Um soldado de Hitler que acredita piamente em tudo que o Reich divulga e daria sua vida pelo Reich.




Numa jornada épica, Joana Florian, Emília e outros personagens partem rumo ao porto onde está ancorado o navio alemão Wilhelm Gustloff, responsável pela evacuação de aliados alemães em busca de sobrevivência.

Baseado em acontecimentos reais, nossos personagens darão vida aos medos e esperanças compartilhados por todos que viveram nessa época. Apesar de personagens ficcionais, a realidade como foram descritos faz com que você sinta em suas narrativas todo o horror vivido.

Não apenas mais um livro em que se narram os acontecimentos da guerra, Ruta foca em nos mostrar como a guerra redefiniu o significado de lar ao tornar muitas pessoas refugiadas de seus países; em como o sofrimento afetou a todos os envolvidos, sejam eles vencedores ou vencidos; e em como a guerra criou crianças e jovens órfãos forçados a sobreviverem por si; e no quão é importante aprender com o passado.

“Quando os sobreviventes se vão, não devemos deixar que a verdade desapareça com eles.Por favor, dê-lhes voz.”

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