A PELE QUE HABITO
Richard Ledgard (Antonio Bandeiras) é um cirurgião plástico que, após a morte da sua mulher num acidente de carro, se interessa pela criação de uma pele com a qual poderia tê-la salvo. Doze anos depois, ele consegue cultivar esta pele em laboratório, aproveitando os avanços da ciência e atravessando campos proibidos como os da transgênese com seres humanos. No entanto, este não será o único delito que o cirurgião irá cometer.
CURIOSIDADES
- Baseado no livro Mygale, de Thierry Jonquet
PRÊMIOS
- Em 2012, foi indicado ao
Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro
- Em 2011, foi Indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes
- Em 2011, foi Indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes
FICHA TÉCNICA
Diretor: Pedro Almodóvar
Elenco: Antonio Banderas, Elena Anaya, Marisa Paredes, Jan
Cornet, Roberto Álamo, Blanca Suárez, Eduard Fernández, José Luis Gómez,
Bárbara Lennie, Susi Sánchez
Produção: Agustín Almodóvar, Esther García
Roteiro: Pedro Almodóvar, Agustín Almodóvar
Fotografia: José Luis Alcaine
Trilha Sonora: Alberto Iglesias
Duração: 133 min.
Ano: 2011
País: Espanha
Gênero: Suspense
Distribuidora: Paris Filmes
O roteiro é baseado no romance Mygale (1995)
(publicado posteriormente sob o título Tarántula (2005), de autoria do
ecritor francês Thierry Jonquet. As filmagens começaram em 23 de agosto de 2010
em Santiago de Compostela, Pontevedra e Ponte Ulla (Galícia), também serviram
de locações Madri e Toledo, todas na Espanha.
Elenco
- Antonio Banderas ... Robert Ledgard
- Elena Anaya ... Vera/Vicente
- Marisa Paredes ... Marilia
- Jan Cornet ... Vicente
- Roberto Álamo ... Zeca
- Blanca Suárez ... Norma
- Eduard Fernández ... Fulgencio
- José Luis Gómez ... Presidente do Instituto de
Biotecnologia
- Susi Sánchez ... Mãe de Vicente
- Bárbara Lennie ... Cristina
Antes de começar a rodar o filme, Amodóvar assegurou que
retrataria uma situação limite que afetava, sobretudo, a dois personagens e que
seria um filme de terror, mas sem gritos nem sustos.
Entende-se no filme que, tanto o protagonista (Doutor
Robert Ledgard) como a sua mãe e irmão, são brasileiros. Comparações também
podem ser feitas entre os internacionalmente conhecidos cirurgiões plásticos
brasileiros e o personagem de Antonio Bandeiras. O diretor declarou no
lançamento do filme: "Eles são parte de uma família, uma família selvagem.
Quis localizar essa família no Brasil porque há uma grande tradição de cirurgia
plástica. A primeira vez que ouvi falar desse assunto foi com o nome do doutor Pitanguy."
Em outra entrevista, Amodóvar complementa: "Não queria que pesasse sobre
eles uma educação judaico-cristã. Espero que os brasileiros entendam bem, adoro
o seu país".
Outra clara referência a cultura brasileira se dá em
algumas cenas do filme, em que é possível identificar um quadro de Tarsila do
Amaral. Trata-se da tela "Paisagem com Ponte" que se encontrava na
parede da casa do doutor Ledgard. Almodóvar revisita a música brasileira e
resgata a música “Pelo Amor de Amar”, interpretada pela cantora espanhola
Concha Buika.
De
início sabemos que, desde que perdeu sua esposa, Robert Ledgard se dedica a
construir a pele perfeita, capaz de resistir à dor, misturando DNA humano com
suíno. Embora negue, este Dr. Frankenstein moderno está tentando recriar a sua
mulher por meio da ciência. Ledgard
chama sua pele sintética de Gal. Esse nome é uma contração de Galateia. Na
mitologia grega, o talentoso escultor Pigmalião fez uma estátua em homenagem a
Afrodite, Deusa do Amor, para encontrar alguém a quem ele pudesse amar. Mas
ficou triste, pois se apaixonou pela estátua, chamada por ele de Galateia,
tamanha beleza que ela emanava. Afrodite, compadecida pela dor de Pigmalião,
deu vida à estátua.
Vera
(Elena Anaya) é o objeto de trabalho de Robert, que aparenta ser uma
sobrevivente de alguma tragédia. Ainda que negue, o cirurgião implanta em Vera
traços muitos semelhantes de sua ex esposa, que morreu em um acidente. Contar
além disso é comprometer o desenrolar do enredo, que mostra seis anos da vida
desses personagens e as transformações que enfrentaram neste tempo.
Uma
tendência forte no filme á a da não explicação, que será compreendida nas cenas
seguintes ou nos flashbacks
bem posicionados. Os momentos seguintes possibilitam que o público possa juntar
as peças e, principalmente, ter as reações corretas sobre a trama. É
impressionante o terror e o pavor causados pelo filme. O transtorno psicológico
dos personagens é passado em tela de forma magistral, fazendo com que ali não
tenhamos vilões nem mocinhos.
O
êxtase não é o fim do filme, mas o desenrolar da história quando você entende
as intenções nunca declaradas de Robert e consequências dos seus experimentos.
Vale a pena assistir e se surpreender.
Já tinha ouvido falar deste filme,mas nunca olhei agora que soube um pouco mais vou procurar por aqui para poder olhar.
ResponderExcluirBjocas xanda.
http://magiasbook.blogspot.com.br/