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As músicas que você nunca ouviu, Becky Jerams e Ellie Wyatt



É possível que duas garotas encontrem suas vozes em um mundo determinado a silenciá-las?

Meg parece ter tudo o que Alana não tem: é rica, estilosa e cheia de fãs - graças ao seu irmão Caspar, um grande astro do pop mundial.

Mas está presa a este mundo como irmã de celebridade.

Enquanto Meg tenta sobreviver à sombra de seu irmão e com as dezenas de haters on-line que a satirizam sempre que a garota tenta expressar seu próprio talento, Alana, uma jovem talentosa que compõe as próprias músicas, parece não saber o que é o medo da exposição...

E quando seus mundos colidem, tudo muda drasticamente!

As músicas que você nunca ouviu
Ano: 2023
Páginas: 328
Idioma: português
Editora: Livros da Alice


Meg vem de uma família que aos olhos dos espectadores possui tudo, seu irmão mais velho, Caspar, é um músico famoso, um cantor que encanta multidões, mas por trás das câmeras ele é um verdadeiro babada e sua família gira em torno dele, o que torna ela invisível.


Alana já é o total oposto de Meg, mesmo sendo uma garota gorda, ela não se esconde diante dos olhos dos outros, pelo contrário, ela é uma garota talentosa e incrível que tem o sonho de se tornar uma cantora famosa.


O que essas garotas têm em comum é que as duas possuem talento para cantar e compor, mas não apenas isso, as duas possuem inseguranças que são difíceis de lidar, quais escondem por baixo de uma boa fachada, mas o encontro entre elas pode mudar absolutamente tudo.



Com um cenário acústico de tirar o fôlego e uma escrita incrível, as autoras entregam nesta obra bem mais do que uma história de amizade e companheirismo, elas entregam garra, vontade e uma lição de moral mais forte do que qualquer tapa na cara sem mão.


Ouvir o audiobook dessa história foi um momento épico, as músicas de fundo, todo o cenário envolvido e claro, as interpretações, fez com que eu me sentisse dentro da história de uma forma muito forte e no final ainda fiquei com um gostinho de quero mais, não vou negar.


Preciso sair recomendando meu novo favorito para todos e dizer que a experiência de leitura é incrível, mas se puder ouvir essa obra, por favor, dêem uma chance, prometo que vai mudar tudo. Depois volte aqui para contar o que achou, até lá um abraço bem forte.

O homem marcado, John Florio e Ouisie Shapiro



A BATALHA DE UM HOMEM CONTRA A CORRUPÇÃO NA POLÍCIA DE NOVA YORK.
Brooklyn, 1971.
O policial disfarçado Frank Serpico encontra-se à porta de um traficante de drogas. Outros policiais que o acompanham parecem estar ali para dar o suporte necessário. Contudo, ao abrir a porta, ele se depara com uma arma apontada em sua direção – e os colegas permanecem imóveis enquanto apenas observam a cena. Por mais de cem anos, o Departamento de Polícia de Nova York enfrentou inúmeros problemas de corrupção, com policiais recebendo propinas de traficantes ou de casas de apostas. Frank Serpico ingressou na polícia em 1959.

Seus objetivos eram: não se desviar do caminho certo, deter o crime e ser um policial honesto. Quando optou por não se envolver em esquemas de suborno, passou a ser transferido de uma delegacia para outra, até ser baleado numa emboscada. O policial lutou por transparência dentro da polícia e passou a informar repórteres e membros da equipe do prefeito para esclarecer os eventos questionáveis. No entanto, em vez de ser reconhecido como herói, acabou tornando-se alvo de todos os policiais corruptos da instituição.

Em O homem marcado, John Florio e Ouisie Shapiro narram a história real de Frank Serpico, celebrizado no cinema por Al Pacino, cujo objetivo era desmascarar a corrupção sistêmica da maior força policial dos Estados Unidos.


O homem marcado
Serpico: O policial que desafiou a máfia de farda
Ano: 2024 
Páginas: 160
Idioma: português
Editora: Avis Rara


Corrupção e polícia parecem palavras que sempre vão andar juntas, não é mesmo? E, infelizmente, isso não é um 'privilégio' da polícia brasileira. E em Nova York não é diferente. Policiais corruptos e autoridades coniventes fazem parte desse cenário onde o policial Frank Serpico decide fazer diferente e bater de frente contra esse sistema: além de não se vender aos criminosos que pagavam pequenas fortunas aos policiais que faziam vista grossa para o tráfico e outros crimes, ainda decidiu desmascarar seus colegas de profissão que estavam envolvidos. E olha que estamos apenas na década de 70!

Frank sempre quis ser policial, desde criança queria ajudar as pessoas e mantê-las seguras através dessa profissão. Como criança, ele ainda acreditava que todo policial era honesto e do bem. Mas essa imagem de quase super herói cai por ter terra quando ele entra na academia e dá de cara com colegas corruptos que tinham um esquema tão bem planejado que ninguém ousava confrontá-los ou estaria colocando sua vida em risco. 

Mas nada disso intimida Frank Sérpico. Baseado em uma história real, O homem marcado nos mostra o trabalho de formiguinha solitária que Sérpico empreende como policial disfarçado para limpar a sujeira da polícia de NY. Adaptada para o cinema na década de 70, com Al Pacino no papel principal, a história de Sérpico já foi contada em diversos outros livros, mostrando não só um dos maiores casos de corrupção de todos os tempos em NY, mas mostrando a coragem e o caráter de um cara que entrou para história por ser honesto onde isso não deveria ser excessão, e sim, regra. 

Sem saída, Cara Hunter



Em meio às comemorações natalinas na cidade de Oxford, duas crianças acabam de ser retiradas dos escombros de uma casa em chamas. O mais novo, de apenas três anos, não resistiu ao incêndio, e seu irmão, com dez anos de idade, segue lutando pela vida no hospital para onde foi levado.
Como dois meninos tão pequenos são deixados sozinhos em casa? Onde está a mãe deles? E por que o pai não está atendendo o telefone?
Quando novas evidências são reveladas, o pior pesadelo do detetive Fawley se torna realidade. Porque esse incêndio não foi um acidente.

Foi um crime.
E o assassino ainda está por aí..


Sem saída
Um caso do detetive Adam Fawley #3
Ano: 2023 
Páginas: 344
Idioma: português
Editora: Trama


Um incêndio tomou conta de uma casa de família e a princípio as únicas vítimas são duas crianças, uma delas de três anos e a outra com apenas 10, a pergunta inicial é: onde estão os pais? O que aconteceu?


O detetive Fawley precisa descobrir as nuances por trás dessa história, mas cada vez que cava, algo novo surge e as incertezas do caso misturadas às incertezas da sua própria vida, precisam começar a entrar em foco antes que as coisas se percam de vez.


Embora seja o terceiro livro da série, não senti falta de nada nesta obra, exceto conhecer um pouco mais do detetive Fawley e sua história raiz, porém para a investigação e o suspense, a autora entrega muito e conseguiu me prender ao ponto de quê, as histórias paralelas, se tornaram um borrão.


Como mãe de uma criança, não foi fácil ler esse caso e principalmente, por muitas vezes me vi na situação em desespero, o que corrobora para o fato de que a autora consegue mesmo nos fazer sentir dentro da história.


Com passado e presente se entrelaçando, a história vai sendo contada de modo onde todos são suspeitos e inocentes até que se prove o contrário e aqui ela conseguiu me fazer suspeitar de tudo, dando um nó na minha mente, mesmo quando as coisas se tornaram um pouco previsíveis.


Eu amei esse livro e o li na maratona de Halloween do Skoob e Skeelo, mas depois disso quero ler tudo da Cara Hunter e principalmente os livros anteriores desta mesma saga.


Nem preciso dizer que tem uma nova autora de suspense favorita para essa senhora aqui, né? Pois bem, tu já conhece? Me conta, vamos papear.

Garotas não jogam, Christen Randal




RPG e board games? Amizades verdadeiras? Autoconhecimento?
Um novo primeiro amor? Uma grande aventura? Sim, temos tudo isso quando um grupo de meninas se junta para viver o melhor jogo de sua vida.

Hollis Beckwith está apenas tentando sobreviver. Para uma garota gorda, sem grana e ansiosa, o último ano no ensino médio traz muitas preocupações. Além disso, ela namora Chris, um ávido jogador de RPG, e não quer perdê-lo. Para provar que é uma namorada que vale a pena, Hollis decide jogar o RPG favorito de Chris, Mistérios & Magias ― mas a regra da mesa é clara: “Garotas não jogam.” Então ela precisa encontrar o próprio grupo se quiser jogar.

Mas o que Hollis encontra é muito mais do que apenas um novo grupo de RPG: ela dá de cara com as garotas de M&M! Lideradas pela Guardiã do Mistério, Gloria Castañeda, ela, Iffy, Maggie, Aini e Fran lutam contra um inimigo em comum no jogo e rapidamente se tornam amigas fora dele. Por meio de sua personagem, a paladina Honoria Steadmore, Hollis descobre que ela mesma é bem mais do que uma garota gorda, ansiosa e meio perdida. E como se não fosse novidade o suficiente, nesta jornada divertida e cheia de aventuras, uma nova paixão pegará a jovem de surpresa…

Garotas não jogam
Ano: 2024 
Páginas: 304
Idioma: português
Editora: Livros da Alice


Hollis queria jogar RPG para se enquadrar entre aqueles que considerava seus amigos e principalmente para provar ao namorado que ela podia sim fazer parte do jogo deles, mesmo com a regra absurda de que garotas não jogavam, porém em meio a busca por uma boa mesa onde jogar, ela se depara com um grupo de garotas totalmente diferentes entre si, mas que se completam de uma forma única e ali ela vai começar a entender que talvez RPG não seja só um jogo e que as regras vão muito além do que tentaram lhe fazer acreditar dentro e fora da batalha.


Ok, talvez tenhamos uma fã irreparável e surtada aqui, sinto muito se vocês estavam esperando uma resenha calma, mas para essa leitora aqui, que encontrou na Hollis adolescente a própria persona na fase adolescente, esse livro vai muito além de apenas uma história de romance queer.


Christen Randall não traz apenas a história de uma garota fora dos padrões, ela traz todos os medos, os traumas, a falta de percepção de uma menina que acredita fielmente precisar se enquadrar em um meio, quando na verdade ela é muito mais do que apenas alguém que precisa se enquadrar.


Hollis Beckwith representa muitas garotas gordas por aí, que buscaram se colocar em um lugar onde não lhe cabia, visando apenas agradar aos outros e se provar para algo ou alguém, sendo que não precisa se provar e eu fui como Hollis um dia, então senti cada coisinha que ela sentiu e a liberdade meus amigos, a liberdade é avassaladora.


Além de todo esse contexto, também temos um desabrochar de um amor fofo e tranquilo, além da formação de uma amizade incrível entre essas garotas, onde embora suas diferenças, se apoiar é tudo que elas sabem fazer de melhor.


Depois de tudo isso, preciso mesmo dizer que amei? Não ficou claro? Pois bem, EU AMEI ESSE LIVRO e CHRISTEN RANDALL VOCÊ TEM MEU CORAÇÃO. É isso, se tu ainda não leu, bora ler e voltar aqui para me contar o que achou, estou esperando

Heloíse Não Pode Sair: e Se Uma Parte Sua Desaparecesse?, Cínthia Zagatto


Pequena, tímida, escondida atrás da boina xadrez, Heloíse parece ser mais uma adolescente no Ensino Médio. Mas, dentro de Heloíse, existem outras oito identidades — Neno, Capitã, Nico, Prila, Sombra, Cookie, Ester e Hélio — transformando a mente deles em um sistema. Convivendo com o Transtorno Dissociativo de Identidade, cada um tem suas tarefas e obrigações. Heloíse é a responsável por manter os relacionamentos, cuidar da rotina e dos estudos. Até o dia em que os outros percebem que ela desapareceu. Agora as demais identidades precisam sobreviver à nova escola, a um novo amor e, principalmente, ao acerto de contas com o passado. Mas onde está Heloíse? Emocionante e delicado, Heloíse não pode sair é uma história cheia de esperança, sobre o poder que cada um de nós tem e sobre as diferenças que nos tornam tão incríveis.

Heloíse Não Pode Sair: e Se Uma Parte Sua Desaparecesse?
Ano: 2023
Páginas: 288
Idioma: português
Editora: Livros da Alice


 Heloise está de volta ao Brasil depois de passar dois anos em Londres aprendendo a conviver com o TDI (Transtorno Dissociativo de Identidade) acompanhada por seu padrinho/padrasto. No auge da adolescência e com oito identidades ou alter-egos diferentes (em gênero, idade, gostos, personalidade e criados a partir de um trauma específico), Heloise ainda vai ter que encarar o ensino médio e as experiências mais constrangedoras desse período.


A confusão começa quando Heloise não aparece para liderar o sistema. Neno, seu alter mais centrado e responsável, é quem assume e se faz passar por Heloise pra tentar manter uma aparente normalidade. 


Com o passar dos dias, os outros alters se revezam na hora de assumir o fronte, causando algumas pequenas confusões e despertando até um romance, no mínimo, desafiador. Afinal, com quem eu estaria me relacionando se namorasse com Heloise?


Apesar de cada capítulo começar com o nome do alter que está no comando, depois de algumas páginas fica fácil identificar quem é quem. A escrita da Cinthia Zagatto é maravilhosa!!! Ela consegue abordar com leveza o TDI sem criar estereótipos, enquanto aproveita para falar sobre amor, homossexualidade, gênero, relações familiares conflituosas, amizade, abusos e perdão. Tudo isso com muita sensibilidade, mas sem romantizar ou minimizar a importância de tratar o TDI.


Heloise não pode sair é, até agora, o livro que mais me tocou, me fez chorar e me ensinou em 2024. Se você gostou de Divertidamente ou Fragmentado, essa é a oportunidade de saber mais sobre o TDI sem precisar chegar a nenhum dos extremos.


" Eu posso garantir que estar consciente em um espaço vazio pela maior parte da vida não é uma experiência agradável. Mas, se algum dia decidissemos voltar à escuridão de antes ou tivéssemos a opção de transformar a nave em outro ambiente, tudo desapareceria. Menos nós. Nós ficaríamos, todos os nove. E isso significa que Heloise precisa estar em algum lugar. Alters não somem assim. Eles se integram, da maneira que eu fiz, e às vezes adormecem se não conseguirem mais suportar o dia a dia; cada um de nós carrega conhecimentos e vivências que um cérebro não pode apagar com um estalar de dedos. "

" ... porque saber de tudo bem sempre é seguro. "

" Capitã e Nico estão na ponte de comando, o que me passa mais segurança. Sei que, se qualquer coisa acontecer, Capitã vai nos fazer virar a mãe da turma. Já Nico, eu espero que não dê em cima de ninguém; é nossa parte sexual, e os hormônios da adolescência têm sido brutais para ele. Quem me preocupa mesmo é Cookie. Podemos até parecer uma alma velha ou a nova aluna saidinha, mas jamais uma pirralha eufórica - acabaria com a nossa vida escolar na primeira semana.
Por isso, ela está ocupada na sala de convivência, desenhando com Prila, nossa cuidadora. "