Resenha | Terras metálicas (Renato C.Nonato), por Arine-San

Saudações!
               Essa resenha quase não sai, mas aqui está! Se perceberem uma sumidinha minha aqui no blog, tenham calma... Estou tendo problemas familiares meio tensos e, enfim, cadê a cabeça para escrever? Puf! rs' A resenha de hoje é de um livro nacional de um dos Book Tour's que eu estava participando. Confiram o que achei da leitura! :)

Autor: Renato C. Nonato
Editora Novo Século – Selo Novos Talentos
616 páginas
Nota 10
Sinopse: A Última Guerra lavou a atmosfera com uma massa nuclear, tornando-a incapaz de sustentar a vida. Para continuar sobrevivendo, a humanidade precisou se adaptar, isolando-se numa atmosfera artificial: a Esfera, local onde tem se mantido com o passar das gerações. A utopia da sociedade reinou desde então, com a paz sendo mantida com mão de ferro pela Elite. Mas essa paz pode acabar… Raquel é uma recém-formada em primeiro nível na Academia, que passa seu tempo livre entre Saturno – o parque temático da Esfera – e divagações sobre seu sonho de voar. Ao iniciar uma nova etapa de vida, ela vai encarar a cerimônia de implante que pode tornar esse sonho realidade, se a habilidade dos Túneis lhe for conferida. Mas essa nova etapa também vai levá-la por caminhos perigosos… Raquel descobrirá que o IA, responsável por todos os sistemas de sobrevivência da Esfera, está com os dias contados. Como manter a sanidade sabendo que a vida tal qual você conhece está para acabar? Raquel ainda não tem essa resposta, mas vai precisar encontrá-la. E para isso ela precisará, mais do que nunca, da ajuda de seus amigos… Tashi, Tales, Ângelo, Camila, Liceu, Isabela e Nirvana lhe darão sustentação quando tudo o mais na utópica Esfera estiver ruindo.

O ano mal começou e já chega em minhas mãos um livro como esse... Mesmo se eu pudesse definir Terras Metálicas em uma palavra, um único adjetivo, eu não conseguiria. Sabe aquele infanto juvenil que traz uma nostalgia sem tamanho, se infiltrando em seu coração até que arranja um lugarzinho nele? Esse é o Terras Metálicas, e não somente por ser uma obra maravilhosa, mas também por trazer referências de livros que marcaram a minha infância e de muitos outros. O autor acertou em número, gênero e grau, inovando em sua obra que mistura distopia, aventura e ficção cientifica. 


                Cativante e inquieto, o livro é uma distopia que, acima de tudo, narra a forma como a sociedade pode adaptar-se bem aos males que lhe sucedem. Muito mais que somente aventura, em suas páginas você encontrará a esperança, a luta pelo bem de todos e o poder da amizade. E tudo tem começo numa Terra devastada pelo caos, que criou um novo mundo debaixo da terra (literalmente falando), onde a alta tecnologia é a única coisa que mantém os seres humanos vivos. Aqui, conhecemos a enérgica Raquel e seus amigos, Tales, Ângelo e Camila, além do seu tashi, nomeado criativamente de Tashi, além do Liceu. Inicialmente, Terras Metálicas é muito da rotina dos personagens principais, que ganham o amor dos leitores pelas suas personalidades e diálogos engraçados. Somos apresentados, além disso,  a um mundo tecnológico sem igual, com direito à uma escola quase tão mágica quanto Hogwarts, da saga Harry Potter. Entrar nessa questão talvez seja interessante, já que percebemos um pouco da influência de J.K.Rowling nesse universo particular criado por Renato C.Nonato, embora isso em nada tire o fascínio e originalidade da obra.


                Dentro dessa sociedade alternativa, protegida dos desastres que acometeram a Terra pela mais alta tecnologia, as escolas preparam os alunos para as áreas que ajudarão à manter a vida naquela grande redoma de proteção debaixo da terra. Raquel e todos seus amigos que acabam de se formar no primeiro estágio da escola passam pelo processo que decidirá seus destinos: a implantação de um pequeno chip em seus corpos, que dirá se eles são Túnel, Antena, Bio, Sibério e Exilado. Essas “classes” dividem os alunos de acordo com os poderes que eles adquirem após a implantação dos chips... A partir daí, todos estudarão com o objetivo de melhor dominarem os poderes recebidos.


                Porém, nem tudo são flores nesse mundo pós-apocaliptico. Há sinais de que a mesma tecnologia que os protege esteja entrando, lentamente, em colapso. Raquel e seus amigos, então, se metem em várias situações inusitadas com o objetivo de descobrir como melhor resolver a situação e salvar o mundo que tanto amam. Sim, esperança e perseverança são as palavras-chaves. Enquanto evoluem seus próprios poderes e superam seus limites, os jovens também vão trilhando o caminho para a salvação do mundo e a amizade verdadeira dá forças para continuarem a enfrentar todas as dificuldades.


                  Renato C.Nonato surpreende ao nos propor um mundo pós-apocalíptico tão possível e, mesmo assim, instigante. As suas personagens bem construídas só favorecem para que o leitor entre de cabeça na leitura, mesmo o livro não sendo exatamente pequeno. Além disso, a editora Novo Século caprichou na edição e correção do livro, o que, por si só, já é um ponto muito positivo! Se houvesse uma continuação, eu leria, com certeza! O autor sabe guiar uma boa história e suas personagens são construídas de forma muito minuciosa, criando um enredo fantástico e divertido de ler.
               


Terras Metálicas foi muito mais do que eu esperava, ao ler sua sinopse. Suas 615 páginas trazem um infanto-juvenil fascinante e cheio de emoções, tudo na medida certa. No entanto, não sei se a leitura é pra qualquer um, apesar da narrativa de fácil leitura contribuir para que até mesmo as crianças se sintam confortáveis... Se você gosta do gênero e curte outras obras infanto-juvenil, como a saga Harry Potter e Percy Jackson, certamente se sentirá em casa ao ler Terras Metálicas. Para quem curte uma boa aventura ou apenas quer ler algo do gênero, a obra é recomendada! 

Essa é a primeira resenha do book tour do livro Terras Metálicas organizada pelo Minha Velha Estante.

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Um comentário

  1. Quando li a sinopse, nunca que imaginei que o publico alvo fosse infanto juvenil, até porque, com 615 paginas tem que prender muito o publico mais jovem para a leitura seguir até o final. Para isso, acredito que a influencia de JK Rowling tenha ajudado.
    Bom, o que dizer de uma distopia, simplesmente adoro. Imagina morar em uma esfera dentro da terra. Ter chips implantados no corpo e recebendo poderes para salvar este novo mundo.

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