O perigo de uma história única, Chimamanda Ngozi Adichie


Uma das palestras mais assistidas do TED Talk chega em formato de livro para os fãs de Chimamanda, e para todos os que querem entender a fonte do preconceito.

O que sabemos sobre outras pessoas? Como criamos a imagem que temos de cada povo? Nosso conhecimento é construído pelas histórias que escutamos, e quanto maior for o número de narrativas diversas, mais completa será nossa compreensão sobre determinado assunto.
É propondo essa ideia, de diversificarmos as fontes do conhecimento e sermos cautelosos ao ouvir somente uma versão da história, que Chimamanda Ngozi Adichie constrói a palestra que foi adaptada para livro. O Perigo de uma História Única é uma versão da primeira fala feita por Chimamanda no programa TED Talk, em 2009. Dez anos depois, o vídeo é um dos mais acessados da plataforma, com cerca de 18 milhões de visualizações.

Responsável por encantar o mundo com suas narrativas ficcionais, Chimamanda também se mostra uma excelente pensadora do mundo contemporâneo, construindo pontes para um entendimento mais profundo entre culturas.

O Perigo de Uma História Única 
Ano: 2019 
Páginas: 64
Idioma: português
Editora: Companhia das Letras

"As histórias importam. Muitas histórias importam. As histórias foram usadas para espalhar e caluniar, mas também podem ser usadas para empoderar e humanizar. Elas podem despedaçar a dignidade de um povo, mas também podem reparar essa dignidade despedaçada. "


O perigo de uma história única é um livro curtinho que foi adaptado da primeira palestra da escritora Chimamanda Ngozi Adichie no TED Talk em 2009. Apesar da palestra ter acontecido a 11 anos, o tema ainda não deixou de ser atual.

Chimamanda levanta um questionamento muito parecido com a frase 'A história é sempre contada pelos vencedores'. Ou seja, se ela é contada apenas pelos vencedores, ela tera apenas um ponto de vista, e os derrotados muito provavelmente serão menosprezados e vistos sob algum estereótipo criado e repetido pelo vencedor, até se tornar uma verdade aos olhos de quem não conhece os dois lados.

Esse é o perigo de se ter uma história única, de se ouvir apenas um ponto de vista ou de acreditar no que nos contam sem empreender uma pesquisa própria. 

"A consequência de uma história única é essa: ela rouba a dignidade das pessoas. Torna difícil o reconhecimento de nossa humanidade em comum. Enfatiza como somos diferentes e não como somos parecidos. "

Chimamanda fala da visão estereotipada que as pessoas normalmente tem do povo africano. Mas nós podemos falar por nós mesmos. Afinal somos alvo do estereótipo do brasileiro que não trabalha, só faz festa e tentar se dar bem com o jeitinho brasileiro, sem contar que todas as mulheres são fáceis e andam seminuas por aí.  Aqui na Bahia todos são preguiçosos e querem carnaval durante o ano todo. Quantas pessoas você conhecem que não se enquadram nessa imagem criada para estigmatizar o povo brasileiro?

E você, aí onde você mora, qual é o estereótipo criado por uma história única??? Conta aqui pra gente.




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