Os homens que não amavam as mulheres
Autor : Stieg Larsson
Editora: Companhia das Letras
Primeiro livro da trilogia Millennium, conta a história da parceria formada por Lisbeth Salander e Mikael Blomkvist na busca pelo assassino de Harriet Vanger, herdeira do poderoso império industrial de seu tio Henrik Vanger . Do ínicio do relacionamento entre Mikael e Lisbeth até o final da investigação do assassinato a história vai sendo construída detalhadamente até seu desfecho.
Sou suspeita para falar porque adoro essa trilogia, mas existe um tema subjacente à história que me interessa muito. O feminismo, a meu ver, está extremamente presente nas obras, embora muito se discuta se há ou não um machismo latente. Par mim é claro que Lisbeth é uma personagem extremamente forte, dona da sua vida e da sua sexualidade e que não presta contas a ninguém. O fato do livro se chamar Os Homens que Não Amavam as Mulheres é indicador desse feminismo, uma vez que Larsson (declaradamente um feminista) usa vários personagens masculinos para deixar claro de quantas formas, em seu dia a dia comum às mulheres podem ser odiadas e violentadas por homens que muitas vezes são aqueles que deveriam protegê-las.
Os Homens que Não Amavam as Mulheres
Män Som Hatar Kvinnor
Versão 1: Suécia/Alemanha/Dinamarca
Versão 2: EUA/Suécia/Reino Unido/Alemanha
Suspense
Diretor versão 1:Niels Arden Oplev
Diretor versão 2: David Fincher
Elenco versão 1: Noomi Rapace, Michael Nyqvist
Elenco versão 2: Rooney Mara, Daniel Craig
Sempre sou resistente a remakes, acho que é mania de estado-unidense abobalhado, mas nesse caso o filme de Fincher me conquistou. Embora o original sueco siga a linha de deixar claro que existem muitos homens que não amam (ou melhor, odeiam) as mulheres, a refilmagem conquista principalmente pela atuação. Rooney Mara está exemplar no papel de Salander e até Daniel Caig, no qual eu não botava muita fé, conquista no papel do jornalista Blomkvist e torna natural a descrição que o autor faz de seu personagem, um homem extremamente sedutor e com vários relacionamentos. Nesse quesito Nyqvist perde feio.
Por Juliana Bastos
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