Desde os tempos ancestrais, histĂ³rias de batalhas
Ă©picas e lendas mĂticas passaram de geraĂ§Ă£o para geraĂ§Ă£o nas montanhosas e
misteriosas Terras Altas da EscĂ³cia. Merida Ă© uma habilidosa arqueira e a
impetuosa filha do Rei Fergus e da Rainha Elinor. Determinada a trilhar o seu
prĂ³prio destino, Merida desafia um costume ancestral, sagrado para os poderosos
senhores da terra quando uma competiĂ§Ă£o Ă© organizada contra a sua vontade, para
escolher seu futuro marido. As ações de Merida lançam inadvertidamente o caos e
a fĂºria no reino, e quando ela recorre a uma velha e excĂªntrica Bruxa, a quem
pede que sua mĂ£e mude, mas a ajuda vem em forma de maldiĂ§Ă£o. O perigo iminente
força Merida a descobrir o significado da verdadeira coragem para que possa
desfazer a terrĂvel maldiĂ§Ă£o antes que seja tarde demais. Agora caberĂ¡ Ă jovem
ajudar a sua mĂ£e e impedir que o reino entre em guerra com os povos vizinhos.
Brave
foi anunciado para a mĂdia pela primeira vez em abril de 2008, naquela Ă©poca, o
tĂtulo do filme era The Bear and the Bow. Brave Ă© o primeiro conto de fadas
produzido pela Pixar, e foi considerada pelos crĂticos, uma das pelĂculas mais
sombrias e maduras, quando comparado Ă s outras produções do estĂºdio.
Os
créditos finais do filme incluem uma homenagem especial ao co-fundador da
Pixar, Steve Jobs, que morreu em 2011.
A jovem princesa Merida se identifica com o
espĂrito selvagem do pai, com quem tem maior afinidade. JĂ¡ a mĂ£e acredita na
etiqueta como obrigaĂ§Ă£o social, alĂ©m do casamento como finalidade para uma
mulher. Como muitas adolescentes, Merida nĂ£o aceita que sua mĂ£e decida como ela
deve se comportar ou se vestir. NĂ£o aceita, acima de tudo, que ela trace seu
destino. Este conflito se agrava quando, pela tradiĂ§Ă£o, os primogĂªnitos dos
reinos aliados devem disputar a mĂ£o de Merida em um torneio. Transtornada com
os acontecimentos, a jovem tem uma sĂ©ria discussĂ£o com sua mĂ£e, foge sem
direĂ§Ă£o e retorna com o que acha ser a soluĂ§Ă£o de seus problemas. Logo apĂ³s
chamĂ¡-la de monstro, Merida encontra uma bruxa que transforma sua mĂ£e
justamente nisso: em um monstro ou, no caso, em um urso selvagem.
AĂ começa todo o conflito do filme. NĂ£o sĂ³ a mĂ£e
tenta civilizar sua nova natureza animal – a maioria do humor nasce deste urso
comendo com talheres, limpando a boca com guardanapos -, mas também a filha
precisa esconder a nova transformaĂ§Ă£o materna do prĂ³prio pai, que detesta
ursos. Merida deve impedir que seus pais se matem, mas acima de tudo ela deve
impedir que o confronto entre a liberdade, representada pelo pai, e a tradiĂ§Ă£o,
representada pela mĂ£e, destrua a noĂ§Ă£o de famĂlia.
Ao invés da mensagem tradicional dos filmes da
Disney, Valente adota um lema mais contemporĂ¢neo, que Ă¡ a moral
americana do "faça vocĂª mesmo", "vocĂª pode ser o que quiser,
contanto que se esforce". Talvez por isso o filme tenha sido chamado de
prĂ³-feminista, apoiando a independĂªncia da mulher, o que vocĂª percebe logo no
trailer quando Merida disputa a sua prĂ³pria mĂ£o em casamento.
Acredito que o grande mérito de Valente é falar da
famĂlia sem endeusĂ¡-la, e sem usar o prĂncipe encantado ou o amor romĂ¢ntico
como soluĂ§Ă£o para todos os problemas das mocinhas desamparadas. Imaginem as
crianças que nĂ£o tem suas famĂlias dentro deste modelo onĂrico de famĂlia
perfeita como se sentiam antes? Valente consegue ser feliz com suas conquistas
individuais: sem bem-vinda a modernidade aos filmes infantis.
Achei essa princesa tĂ£o linda com os cabelos ruivos, e apenas o trailer me faz rir sem parar. Ainda nĂ£o assisti, mas estĂ¡ na lista de pretensões. =)
ResponderExcluirO que chama atenĂ§Ă£o Ă© a independĂªncia da Merida, ela Ă© corajosa e busca mesmo o que quer. SĂ³ nĂ£o tinha ideia que a mĂ£e se transformava num urso. hahaha.
Adorei!!!
Uma das minhas animações preferidas! Merida Ă© tĂ£o linda com seus cachos e cabelos ruivos, tambĂ©m amei o tema "famĂlia" que torna o filme ainda mais bonitinho! :)
ResponderExcluirFilme maravilhoso! Merida Ă© querida! HistĂ³ria linda, relaĂ§Ă£o entre mĂ£e e filha retratada de forma real e sensĂvel... adorei sua anĂ¡lise!
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