Lançamento: A mão esquerda da escuridão, de Ursula K. Le Guin‏ - Aleph

Tão profunda e original em sua inventividade quanto “O Senhor dos Anéis”.
- Michael Moorcock

O que me pegou foi a qualidade da narrativa. Ursula se valeu da mitologia, da psicologia – toda a criatividade ao redor – e teceu-as em uma história rara.
- Frank Herbert, autor das "Crônicas de Duna”

Alçado pela crítica literária à categoria de obra-prima da literatura moderna, A mão esquerda da escuridão, de Ursula K. Le Guin, retorna às livrarias em uma edição revisada e com nova capa. O livro ganhou diverso s prêmios, entre eles o Nebula e o Hugo, consagrando-se como um dos maiores clássicos da ficção científica. Le Guin é uma das raras mulheres a ser aventurar pelo gênero.

Publicada originalmente em 1969, a obra narra a história de Genly Ai, um emissário da federação galáctica Ekumen, cuja missão é convencer os governantes do gélido mundo de Gethen, ou Planeta Inverno, a aderirem a um grupo de mais de 80 planetas que visa a troca comercial e cultural entre seus habitantes. A autora apresenta Gethen de forma muito envolvente para o leitor, explicando suas lendas e características, com detalhes impressionantes da geografia e dos costumes do planeta inventado.

Porém, um dos pontos mais interessantes da trama é a sexualidade. Genly e seu aliado, Estraven, se deparam com um lugar único, habitado por seres andróginos e pass&iacu te;veis de ser, sexualmente, tanto homens quanto mulheres. Os habiantes do lugar assumem uma condição de homem ou mulher dependendo da época, chamada de kémer. Essa peculiaridade possibilita a eles serem tanto mães quanto pais.

Envolvido em uma longa jornada planetária, o emissário terá de lidar com usos, costumes e percepções muito diferentes dos seus, questionará suas próprias crenças e enfrentará interesses que podem colocar a perder toda sua missão. E é no intuito de cumpri-la que o enviado se vê em uma viagem de conhecimento, tolerância e grandes descobertas.


Ursula Le Guin faz de A mão esquerda da escuridão uma parábola das crises das civilizações, com suas manobras políticas , seus interesses pelo poder, sua amizade e honra. O romance trata também da natureza inóspita do planeta, da exploração de seus recursos naturais, da formação das cidades e da relação de seus habitantes com as coisas materiais, espirituais e sexuais que os constituem como uma civilização.

“Se eu pudesse responder sem metáforas, não teria escrito todas essas palavras, esse romance; e Genly Ai nunca teria sentado à minha escrivaninha e gastado toda a tinta da fita de minha máquina de escrever para me informar, e a você, um tanto solenemente, que a verdade é uma questão de imaginação”, afirma a autora, no prefácio da obra.

4 comentários

  1. A história tem uma premissa muito interessante. Gostei de conhecer um pouco da obra e o tema abordado pela autora me conquistou. Não esperava que fosse assim. Fiquei intrigada e empolgada pra ler. Vou experimentar. Beijos.

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  2. Eu não acredito que eu não conhecia esse livro.
    Agora eu quero saber mas sobre a autora, sobre essa obra, sobre os personagens e essas coisas de materiais, espirituais e sexuais que constituem como uma civilização, querendo aqui!!!

    Abçs :)

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  3. Oii Dri :)
    Conheci o livro pela minha professora de literatura, mas não gostei ! Achei um pouco confuso, e comparado a outros livros que li da autora eu achei esse meio fraco ! Mas o enredo é bem interessante ..
    Bjs :*

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  4. Eu não sei se gostaria desta leitura.
    O livro me parece bem estranho rs. Deve ser esta capa.

    Não curti muito

    Beijos
    www.amorliterario.com

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