Título: Memória da
Água
Título Original:
Teemestarin kirja
Autor: Emmi Itäranta
Editora: Intrínseca
Ano: 2015
Páginas: 320
Sinopse:
Num futuro distante,
depois de muitas guerras, a Europa foi dominada pela China, e o bem mais
precioso dos tempos antigos se tornou tão escasso quanto a liberdade. A água
passou a ser controlada e distribuída em cotas pelos militares. Noria é filha
de um mestre do chá, uma profissão muito antiga que tem conhecimento sobre a
localização das nascentes de água. Ela está sendo treinada para substituir o
pai, e dentre todos os ensinamentos, ele revela à filha seu maior segredo: uma
fonte natural escondida que fornece água para a família. Desamparada em um
mundo destruído, ela começa a questionar o significado de tamanho privilégio.
Guardar esse segredo é negar ajuda ao restante de população, e ajudá-los é
colocar em risco a própria vida: os militares punem severamente quem for
descoberto desfrutando de alguma fonte ilegal de água. Como o pai a ensinou, é
preciso ter sabedoria para compreender o verdadeiro poder da água. Mas Noria
também aprendeu que a sabedoria representa, acima de tudo, o poder de decidir
seu próprio destino, a escolha entre lutar e se entregar.
“Pude escolher o meu começo.
Talvez possa escolher o meu
fim.
O começo foi no dia em que meu
pai me levou para o lugar que não existe. ”
Memória da água é
uma distopia leve, mas que trata de um tema que deveria afligir a todos nós: a
escassez de água no planeta. A história se passa na China, em um tempo futuro
onde ela domina a Europa e tudo gira em torno do racionamento de água, que é
feito pelos militares. Outros recursos naturais estão escassos assim como a
tecnologia também desapareceu e encontrar um aparelho que toca cds é um
verdadeiro achado para Noria, nossa protagonista, e sua melhor amiga, Sanja.
Noria é a única
filha de um mestre de chá, e para quem a tradição será passada. Sua mãe já foi
uma cientista, mas, hoje é apenas uma dona de casa. Noria vive em um pequeno vilarejo
e está treinando para substituir o seu pai. As passagens em que são narradas as
cerimônias do chá são de uma leveza e sensibilidade incríveis, envoltas em
mistérios e uma boa dose de sobrenatural.
Mas a vida de Noria
começa a mudar no dia em que o pai a leva para conhecer a fonte de água que ele
mantém escondida de todo mundo. Como parte do ritual de preparação para se
tornar mestre de chá, Noria precisa saber de onde vem a água que é usada nesse
processo e como deve proceder para mantê-la em segredo.
A grande diversão de
Noria é ir ao lixão com Sanja para garimpar objetos do mundo antigo tentando
encontrar alguma utilidade para eles ou construir um elo com um passado
desconhecido. E esse elo começo a surgir ao encontrarem alguns cds com
mensagens reveladoras, que podem mexer com tudo o que tem por verdade.
Com um tema polêmico
e atual, Memória da água é uma leitura lenta, sem grandes acontecimentos, que
segue em um ritmo bem característico do povo oriental no que diz respeito às
tradições. Deixa um pouco a desejar ao não esclarecer para o leitor como o
mundo se tornou o que é agora. O sofrimento da população comum, que é obrigada
a viver com uma cota determinada de água, é pontual. Crianças começam a adoecer
e demoram a se curar ou não se curam, a escassez de alimentos por falta da água
contribui para isso, não há mais energia elétrica e tomar banho é um presente.
“Os segredos nos desgastam
como a água desgasta as pedras. Na superfície, nada parece mudar, mas as coisas
secretas nos consomem e, lentamente, nossas vidas passam a se moldar por elas.
“
Compartilhar ou
usufruir sozinha dessa fonte? Revelá-la ou manter segredo? Ir em busca do que
acredita ser a verdade ou se conformar com a sua situação? Esse é o grande
dilema que Noria terá que enfrentar sozinha, após a morte de seu pai e a
partida de sua mãe.
“Acredita que é preciso fazer
escolhas difíceis todos os dias apesar de saber que não existirá recompensa. ”
Oie.
ResponderExcluirNão me interessei pelo livro. A capa é bem desanimadora e o conteúdo até que parece meio lega, porém a falta de um bom desenvolvimento e a lentidão me deixaram bem receosa.
Beijos da Fê
As Catarina´s
Esse livro parece ser bem interessante,amo distopia :)
ResponderExcluirbrunadiana.wordpress.com
Ah,gostaria de participar de um book-tour que estou organizando para o meu livro novo que será lançado em novembro?
ResponderExcluirMais informações,fale comigo por e-mail
bruna3diana@gmail.com
Crica!
ResponderExcluirApesar de ser uma distopia, o tema bem poderia ser atual, porque logo estaremos passando pela escassez total de água.
Temos de repensar desde agora.
“Temos a arte para não morrer da verdade.”(Friedrich Nietzsche)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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Olá!!
ResponderExcluirGosto muito de distopia mais essa em si não me interessou não, já de inicio não achei a capa nem um pouco atrativa, e depois de ler sua resenha e saber como o enredo é desenvolvido, meu interesse só diminuiu.
Bjocas
Eu tava mega animada a ler esse livro, ainda mais que se passa na China e eu sou filha de chineses, entao ja viu ne?! hehehe
ResponderExcluirA capa sempre me encantou e a sinopse achei bem interessante tb, mas infelizmente varias resenhas ja me fizeram desistir de ler.
E os motivos foram esses que foram listados aqui tb, é mto enrolado a historia, nao acontece tanta coisa assim e mta coisa nao é explicada.
E ja li que se trata de um livro unico, ou seja, as duvidas vao continuar em aberto.
Acho que nao vou ler mesmo, desencantei com o livro infelizmente.
Beijos
https://fuxixiu.wordpress.com/
https://meumundinhoficticio.blogspot.com.br
Sua resenha está muito boa, mas sinceramente não curti muito a história desse livro, não faz muito meu estilo de leituras, então, por esse motivo, não pretendo ler.
ResponderExcluirUma amiga gostou muito desta distopia, mas confesso que já a capa não me interessou...
ResponderExcluirBjs, Rose.