Sob o Céu do Nunca
Título Original: Under the Never Sky
Série: Never Sky
Autora: Veronica Rossi
Editora: Rocco
Páginas: 336
Ano: 2015
Sinopse:
Desde que fora forçada a viver entre os Selvagens, Ária sobreviveu a uma tempestade de Éter, quase teve o pescoço cortado por um canibal, e viu homens sendo trucidados. Mas o pior ainda estava por vir... Banida de seu lar, a cidade encapsulada de Quimera, Ária sabe que suas chances de sobrevivência no mundo além das paredes dos núcleos são ínfimas. Se os canibais não a matarem, as violentas tempestades elétricas certamente o farão. Até mesmo o ar que ela respira pode ser letal. Quando Ária se depara com Perry, o Forasteiro responsável por seu exílio, todos os seus medos são confirmados: ele é um bárbaro violento. É também sua única chance de continuar viva. Opostos em praticamente tudo, Ária e Perry precisam tolerar a existência um do outro para alcançar seus objetivos. A aliança pouco provável entre os dois acabará por forjar uma ligação que selará o destino de todos os que vivem sob o céu do nunca.
“- As nuvens se dissipam? – perguntou ela.– Completamente? Não. Nunca– E quanto ao Éter? Ele some em algum momento?– Nunca, Tatu. O Éter nunca some.Ela olhou pra cima.– Um mundo de nuncas sob o céu do nunca.”
Sob o céu do nunca é
o primeiro livro da série Never Sky, que tem como protagonista Ária. Ela vive
em mundo que foi devastado, e parte dos seus habitantes vivem em Núcleos localizados
no subsolo e protegidos de uma atmosfera e mundo hostis. Por isso, os
habitantes dos Núcleos nunca devem ir à superfície. Principalmente por conta
das tempestades de éter que torna a superfície inabitável.
Mas há um grupo de
habitantes na superfície chamados de Selvagens. Eles são praticamente nômades,
mudando toda vez que presentem a tempestade se aproximando.
Vivendo sob regras
extremamente rígidas e secretos, impostos pelo governo, Ária invade o setor
agrícola com os amigos Paisley, Soren, Bane e Echo, na esperança de descobrir
notícias sobre a sua mãe, funcionária do governo, com que ela não fala a algum
tempo.
Mas as coisas fogem
do controle e, em um ato de injustiça, Ária é banida. Condenada a viver fora do
núcleo.
“Eles chamavam o mundo além das paredes do núcleo de ‘A Loja da Morte’. Havia um milhão de maneiras de morrer por lá. Ária nunca achou que chegaria tão perto.”
Mas o que parecia
para Ária ser uma sentença de morte, se mostra como a possibilidade de
descobrir muitos segredos, inclusive sobre a sua mãe e suas origens.
Paralelo a esses
acontecimentos, conhecemos Perry, forte guerreiro, considerado pelo povo de
Ária como Forasteiro. Suas ideias batem de frente com o pensamento do líder do
seu povo: seu irmão. Quando o seu sobrinho é sequestrado pelos habitantes do
Núcleo, Perry vai fazer do resgate do menino a sua missão de vida, e é quando
ele conhece Ária.
Os dois vão lutar
juntos, já que um precisa do outro: Ária tem o conhecimento, enquanto Perry tem
a força. Apesar de muito diferentes um do outro, essa é a melhor parte do
livro, quando os dois vão descobrindo suas diferenças e se moldando para conviverem
enquanto for necessário e deixarem o ódio e a desconfiança de lado.
Os mundos de Ária e
Perry são detalhadamente explicados para que o leitor consiga compreender suas nuances
e a personalidade de cada personagem. Um mundo distópico comum e, ao mesmo
tempo, inovador. Pena que não se fala tanto da vida dentro dos Núcleos e não
nos é informado como o mundo chegou no estágio em que está na história.
"- Não estamos mais em seu mundo, Ocupante. Aqui, as pessoas morrem e não é pseudo. É muito, muito real."
Um dos pontos fortes
da história são os protagonistas. Ária vai amadurecendo ao longo da história,
deixa de ser uma menina ingênua e crédula, para ser uma mulher que tem que
lutar pela própria vida. Perry é o carrancudo, grosseirão que mostra que tem um
coração enorme com a sua capacidade de sentir as pessoas e identificar
sentimentos pelo olfato.
"Ele a beijou lentamente. Foi tudo bem devagar, para que ele pudesse acompanhar seu temperamento e olhar em seus olhos. Quando eles se uniram, o cheiro dela era corajoso e forte, determinado. Perry tragou aquilo, respirando a respiração dela, sentindo o que ela sentia. Ele nunca conhecera nada tão perfeito."
A escrita é leve e
flui bem. Você vai se deixando levar pela história e quando vê, já está no
final do livro. Acho que algumas coisas ficaram por dizer, algumas lacunas
ficaram abertas... Talvez isso se resolva no próximo livro.
Recomendo para os
amantes de distopia e para os que querem iniciar a leitura desse gênero.
A trilogia que já
foi finalizada, mas não totalmente lançada no Brasil, já teve os direitos
vendidos para mais de 25 países e terá uma adaptação cinematográfica Warner
Bros.
Oi.
ResponderExcluirQue linda essa série, não conhecia! Adorei sua resenha e já fiquei com vontade de fazer a leitura desse livro. Gosto desse gênero e a premissa parece realmente prender a atenção, com personagens fortes. E a capa também é bem bonita. Dica anotada! Obrigada. Beijos.
A capa é realmente linda. E a história foge do comum.
ExcluirPoxa nem imaginava que se tratava de uma distopia, um mundo pós apocalíptico, onde vivem em baixo da terra, achei o título super tudo a ver com a ideia da sinopse e sua resenha retratou o que eu sinto ao ver uma trama assim: muito interessante e envolvente. Quero ler apesar de que se não houvesse esse romance (vai ter né?) eu iria gostar mais. Não sei porque livros assim tem de ter romances!
ResponderExcluirTem uma boa dose de romance sim, Rose. Mas um romance bem adulto, sem falsas ilusões, que retrata bastante da realidade dos personagens.
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