Um trio de garotos esquisitos e uma nerd brilhante que esconde um grande segredo.Fortaleza Impossível
Um inesperado romance que nasce em meio a computadores e disquetes.
Um ousado e perigoso assalto para roubar a edição de maio de 1987 da revista Playboy, com imagens escandalosas de uma famosa apresentadora de TV.
Todos esses elementos se unem para compor Fortaleza Impossível, um romance que fará você rir, se emocionar e recordar a maravilhosa sensação de se apaixonar por algo – ou alguém – pela primeira vez.
***
Até maio de 1987, Billy Marvin – um garoto de 14 anos que mora numa pequena cidade em Nova Jersey – é definitivamente um nerd feliz.
Ele e seus amigos inseparáveis, Alf e Clark, passam as noites se empanturrando de biscoitos e milk-shakes diante da TV, assistindo a filmes e conversando sobre música, cinema e seriados. Com a mãe trabalhando no horário noturno e a casa toda para si, Billy vara a madrugada fazendo aquilo que mais ama: programando videogames em seu computador.
Mas então a Playboy publica as fotos escandalosas de Vanna White, a famosa apresentadora de TV por quem os três são fascinados. Como ainda não são maiores de idade para comprar a revista, eles planejam um ousado assalto para roubá-la. É quando Billy conhece a brilhante, enigmática e também nerd Mary Zelinsky, e tudo começa a mudar...
Jason Rekulak
Ano: 2017
Páginas: 272
Idioma: português
Editora: Arqueiro
O livro conta a história de Billy Marvin e seus amigos, Alf e Clark, garotos de familias batalhadoras que estão cheios de hormônios e são meio ETs na escola pelas peculiaridades de cada um:
Billy : “ Eu era o aluno mais alto do nono ano, mas não o tipo certo de cara: cambaleava pelo colégio como um filhote de girafa, com minhas pernas esqueléticas e meus braços desengonçados ,à espera de que o resto de minha figura encorpasse.”
Alf : “ Alf era mais baixo, mais gordo, mais suarento, e penava por ter o mesmo nome do alien mais popular da televisão."
- Clark : “ Era alto, musculoso, de cabelos louros ondulados,olhos azuis -escuros e pele perfeita. (...) Clark nascera com os dedos da mão esquerda colados, formando uma espécie de pinça rosada de caranguejo. “
Com essas descrições, já dá para imaginar que eles não eram muito populares na escola e dá para entender porque a fascinação para ter a revista Playboy com uma apresentadora de Tv famosa nas mãos.
Como eles são menores de idade, obviamente, ter a revista era um sonho distante mas, nem por isso, eles deixaram de tentar. Com vários planos infalíveis bem parecidos com aqueles do Cebolinha e do Cascão, eles só fazem uma besteira atrás da outra até que mais um plano é bolado e Billy se oferece para ajudar pois ele queria se aproximar da filha do dona da revistaria, Mary, para descobrir informações para concretizar o plano.
Ao conhecer melhor Mary, Billy já fica encantado pois ela tem um computador como o dele e sabe programar músicas a máquina. Ela propõe que eles se inscrevam num concurso de criação de games para computador e eles acabam criando o game Fortaleza Impossível. Formada a parceria, Billy começa a agir como um agente duplo tanto querendo ficar com Mary como querendo ajudar os amigos.
O livro, apesar de não ter uma divisão clara, tem dois momentos distintos. No início, o escritor apresenta todas as tramas dos garotos para conseguir a revista e, num segundo momento, apresenta um paralelo entre a história do game e outro plano dos garotos para conseguir a redenção para Billy.
Eu adoro ler livros escritos por homens, não sei se porque o universo dos livros que leio é dominado pelas mulheres e acho diferente a escrita masculina, mas sempre acho fascinante ver como o sexo oposto percebe determinados detalhes da vida de forma bem diferente de nós, mulheres.
Em Fortaleza Impossível, o autor não só lançou mão das descobertas e anseios de uma fase de mudanças sob um olhar e narrativa masculinos como construiu uma trama “chiclete” divertida e cheia de elementos da minha época... Uma trama daquelas que te prende de tal forma que você não quer largar o livro.
Em 1987, ano em que se passa a trama, eu tinha a mesma idade do personagem principal (Nem pense em me chamar de coroa, hein? hehehehehe) e tive a alegria de viver o início da era digital com todas as suas nuances, assim como Billy, mas claro com a diferença básica de que ele era fascinado por computadores.
Enfim, embora a era dos computadores pessoais ainda estivesse fora do alcance nesta época da classe operária, que era a minha, eu ouvia as músicas e via as séries citadas no livro. Então já dá para imaginar os momentos Ratatoulle que vivi lendo a trama. Ah! Sem deixar de falar que eu tinha um colega que tinha um Comodore 64, então, para mim não foi estranho ouvir sobre essa máquina.
Mesmo com algumas ressalvas sobre uma situação que, para mim, meio que estragou o brilho do livro lá pelo final, gostei da aventura chicklit dos garotos. (Podia tirar o trecho completamente que não faria diferença na trama, foi algo desnecessário e não combinou com a história, sabe?).
De qualquer forma, recomendo para aquela galera que gosta de programação ou que apenas quer relembrar os saudosos anos 80.
Não posso deixar de falar desta capa perfeita e que toda aberta mostra um pouco do que eu falei sobre as divisões do livro.
Oi My, sempre que vejo uma resenha desse livro eu gosto e gosto dessa vibe anos 80, eu assisti Alf por um tempo e curti demais e deu até saudade só de ver a imagem dele na resenha e tem uma série Os Goldbergd que trata de uma família nos anos 80 que assisto e acho super divertida, gosto demais, então já viu né, tô sim interessada nesse livro justamente por se passar nessa época e pelo que tenho lido vou gostar da história ;)
ResponderExcluirentão se prepare para viver um verdadeiro flashback...beijos,myl
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