A caçadora de dragões, Kristen Ciccarelli


Primeiro volume de uma trilogia fantástica, em que dragões e humanos estão em guerra — e cabe a uma garota matar todos eles.
Quando era criança, Asha, a filha do rei de Firgaard, era atormentada por sucessivos pesadelos. Para ajudá-la, a única solução que sua mãe encontrou foi lhe contar histórias antigas, que muitos temiam ser capazes de atrair dragões, os maiores inimigos do reino. Envolvida pelos contos, a pequena Asha acabou despertando Kozu, o mais feroz de todos os dragões, que queimou a cidade e matou milhares de pessoas — um peso que a garota ainda carrega nas costas. Agora, aos dezessete anos, ela se tornou uma caçadora de dragões temida por todos. Quando recebe de seu pai a missão de matar Kozu, Asha vê uma oportunidade de se redimir frente a seu povo. Mas a garota não vai conseguir concluir a tarefa sem antes descobrir a verdade sobre si mesma — e perceber que mesmo as pessoas destinadas à maldade podem mudar o próprio destino.
A Caçadora de Dragões
Iskari #1
Ano: 2018 
Páginas: 398
Idioma: português 
Editora: Seguinte

Eu tinha boas expectativas para esse livro e fiquei surpresa ao descobrir que ele realmente as concretizou.

Não me entenda mal mas, ultimamente, eu sinto que estão sendo lançados muitos livros com sinopses interessantes, mas com desenvolvimentos extremamente ruins, coisa que seriamente me irrita.

Ideias boas e originais são tão difíceis de se ter, então como que você faz o mais difícil e depois joga tudo no lixo com um desenvolvimento preguiçoso? Cadê os editores, revisores, amigos com críticas construtivas e honestas? Acho que alguns escritores são tão pressionados para terminar seus livros que um prazo cumprido acaba sendo mais importante do que um livro bem escrito.

Mas enfim, A Caçadora de Dragões, graças à deus, não é o caso desse livro.




Antes de tudo eu preciso dizer que eu AMO historias com dragões. Por algum motivo que desconheço, história com eles sempre me atraíram e me fascinaram, ainda que seja difícil encontrar historias realmente interessantes sobre eles.

O livro conta a história da Asha, uma princesa caçadora de dragões (legal né?).

Quando Asha era pequena, ela tinha pesadelos horríveis e frequentes e, para ajudá-la a dormir, sua mãe lhe contava velhas histórias de dragões. O problema é que essas historias eram proibidas porque se acreditava que histórias como aquelas atraiam dragões e o caos que eles traziam consigo.

Então, um dia, completamente sem querer, Asha acaba por invocar um dos mais perigosos dragões existentes e, com isso, uma avalanche de acontecimentos que vão mudar para sempre o seu reino, o seu povo e a sí mesma.

Pelo que fez, Asha acaba sendo responsabilizada e acaba se tornando uma caçadora de dragões como uma forma de pagar e remediar o erro que cometeu. Porque as histórias de dragões não apenas os atraia, os deixava mais fortes, os fazia soltar seu fogo e deixar seu poder fluir.

Então, em sua mais recente caçada, coisas estranhas começam a acontecer, que fazem com que ela resolva finalmente caçar o dragão que começou isso tudo, o dragão que ela invocou, o dragão que se for morto, matará todos os demais dragões.

E, talvez, ainda mais motivador que isso e mais importante do que o seu ódio pelos dragões, está no fato de que seus pais quebrarão a promessa de casamento dela com um completo babaca se ela trouxer a cabeça do dragão que invocou.

Para realizar esse feito, ela se une com algumas pessoas improváveis, entre elas um escravo que parece ter como objetivo de vida mudar toda a visão da Asha sobre o próprio reino e sobre si mesma.

Uma questão legal desse livro é que ele possui como acessório da história principal muitas questões políticas e sociais. O reino é dividido em classe sociais, com regras muito fechadas e a presença de escravos. Nesse sentido é interessante ver a visão dela mudar através das páginas. Outra coisa interessante são as pequenas histórias entre capítulos que acabam por ser quase como flashbacks que, aos poucos, vão explicando ao leitor como começou a guerra entre os humanos e dragões, o porquê das antigas histórias serem proibidas e até como o reino era antes de tudo mudar e se tornar o lugar perigoso (mesmo antes dos dragões) e político onde Asha cresceu.


Uma preocupação minha nesse livro era acabar vendo, como eu tenho visto em muitos outros do gênero, os dragões acabarem por serem figurantes de luxo. Graças a deus isso não aconteceu aqui e eles foram muito bem desenvolvidos.

Outra coisa interessante é que, apesar de possuir um romance bem delimitado desde o começo, não é ao redor dele que a história circula. Então, pontos para isso!

Os personagens principais são bem legais e interessantes. Principalmente a Asha, uma princesa forte, capaz, que não fica choramingando por ai e que não precisa de ninguém para salva-la. Ela vai lá e faz o que tem que ser feito. O que é UM GRANDE ponto positivo. Estou cansada dessas protagonistas desastradas que não conseguem dar dois passos em linha reta sem a ajuda de um cara maravilhoso que acaba por ser secretamente um príncipe/herdeiro/rico.

Quanto aos personagens secundários, eles acabam por não ter um desenvolvimento muito bom mas, eu acredito, que isso será remediado nos próximos livros da série.

A mitologia criada pela autora é bastante interessante e bem construída quando comparamos com outros livros do gênero.

Esse negócio todo sobre um reino onde contar histórias é proibido porque elas atraem e dão força para os dragões e onde uma princesa ama historias o suficiente para arriscar seu reino inteiro para poder ouvi-las, me cativou completamente.


Um comentário

  1. Oi Tata, também gosto muito de dragões mas leio muito poucos livros com eles e achei a resenha desse livro super interessante, a protagonista parece ser bem forte e o romance bem bacana, tudo isso me atrai. Vou ficar nas resenhas dos próximos livros e incluir esse nos meus desejados ;)

    ResponderExcluir

O seu comentário alegra o nosso dia!!!