A Padaria dos Finais Felizes, Jenny Colgan

 
Um balneĂ¡rio tranquilo, uma loja abandonada, um apartamento pequeno. É isso que espera Polly Waterford quando ela chega Ă  Cornualha, na Inglaterra, fugindo de um relacionamento tĂ³xico.
Para manter os pensamentos longe dos problemas, Polly se dedica a seu passatempo favorito: fazer pĂ£o. Enquanto amassa, estica e esmurra a massa, extravasa todas as emoções e prepara fornadas cada vez mais gostosas.
Assim, o hobby se transforma em paixĂ£o e logo ela começa a operar sua magia usando frutos secos, sementes, chocolate e o mel local, cortesia de um lindo e charmoso apicultor.
A Padaria dos Finais Felizes Ă© a emocionante e bem-humorada histĂ³ria de uma mulher que aprende que tanto a felicidade quanto um delicioso pĂ£o quentinho podem ser encontrados em qualquer lugar.
A Padaria dos Finais Felizes
Venha conhecer e se encantar com...
A Padaria dos Finais Felizes #1
Ano: 2019 
PĂ¡ginas: 336
Idioma: portuguĂªs 
Editora: Arqueiro

“ Quando vocĂª planta seu coraĂ§Ă£o em um cantinho, esse lugar sempre te acompanha.”

Verdade verdadeira. E, para mim, Ă© a frase que representa bem os livros de Jenny Colgan. Quarto livro que leio desta escritora que conheci em A Pequena Livraria dos Sonhos (meu preferido dela). AtĂ© agora A Padaria dos Finais Felizes foi o que gerou mais sentimentos conflitantes em meu pobre coraĂ§Ă£ozinho de fĂ£ e vou explicar o porquĂª.

Nossa heroĂ­na, como sempre, precisa de um novo começo e Ă© num local de complicado acesso que depende da tĂ¡bua de marĂ©s que ela resolve se aventurar. Polly Waterford, 32 anos, nĂ£o estĂ¡ tendo muita sorte ultimamente. Seu namorado de longa data perde o interesse por ela quando a empresa deles de design grĂ¡fico, em Plymouth, na Inglaterra, vai Ă  falĂªncia e eles precisam fechar tudo e vender o apartamento chique para pagar as dĂ­vidas. Ela decide fugir por um tempo para a cidade costeira de Mount Polbearne e acaba ficando muito mais tempo do que planejava originalmente. Durante sua estadia, ela conhece algumas pessoas agradĂ¡veis e acolhedoras e outra, em particular, nem tanto assim, enquanto faz o que mais ama: assar pĂ£es. Aos poucos, entre pescadores, moradores locais e um bichinho mais que fofo de “estimaĂ§Ă£o”, Polly começa a relaxar e descobre quem ela realmente Ă© e o que a torna mais feliz.

O que mais amo na escrita de Jenny Colgan Ă© a forma  apaixonada e detalhista que usa para conectar o leitor ao local e Ă  protagonista. Em A Padaria dos Finais Felizes, ela apresenta uma minĂºscula ilha na Cornualha. Local que eu particularmente muito pouco ouço falar e que, depois da leitura, fiquei muito curiosa em conhecer. A ilha que a escritora se inspirou se chama St. Michel Mount e coletei algumas fotos para me ajudar a mergulhar mais ainda na trama, o que funcionou maravilhosamente bem. Consegui sentir na pele a dificuldade para usar a ponte e como o pequeno lugarejo conseguiu parar no tempo, alĂ©m de me conectar com os pescadores de uma forma muito especial. A forma como ela descreve tudo faz a gente viver as cenas.

“ NĂ£o tire foto, nĂ£o tente capturar o momento e congelĂ¡-lo para sempre. SĂ³ fique admirando os vaga-lumes junto comigo.”


“Os livros dançavam no vento, como se quisessem provocĂ¡-la, e voaram direto para a mureta do cais. No desespero, Polly deu o bote e conseguiu pegar a ediĂ§Ă£o de Mulherzinhas, mas Alice no PaĂ­s das Maravilhas rodopiou por cima do muro e sumiu na imensidĂ£o acinzentada por trĂ¡s dele.”


Uma das cenas que mais curti no livro juntamente com a forma criativa e engraçada como Polly vai se inserindo na comunidade conquistando corações e paladares.

Outro diferencial dos livros desta autora sĂ£o as receitas e a forma como ela dialoga com os leitores  e que acaba gerando muita empatia. Desta vez, deixei marcada a receita do delicioso Biscoito EscocĂªs que Ă© bem fĂ¡cil de fazer e tem poucos ingredientes. Mas o que foi destaque para mim durante toda a leitura foram os momentos em que foram usados certos potes de mel que me fizeram salivar. Ui!

“- Isso vai ficar tĂ£o grudento.
- Pode deixar que eu tiro tudo. – prometeu Huckle.”

DelĂ­cia de cena...

Aproveitando a deixa, Ă© aqui que eu explico o que me frustrou: o romance. Primeiro porque Jenny Colgan escolheu criar uma situaĂ§Ă£o que, a meu ver, foi extremamente desnecessĂ¡ria e que achei sem lĂ³gica, pois ela inicia um momento fofo tendo os novos amigos de Polly meio que  torcendo por ela e, de repente, a escritora cria um ponto de conflito que sinceramente me deixou com raiva dos tais novos amigos.Pois se realmente fossem amigos teriam no mĂ­nimo a alertado. Depois disto foram vĂ¡rios momentos frustrantes que me desanimaram muito e quase me fizeram desistir da leitura, mas como queria entender o porquĂª do tĂ­tulo fui atĂ© o fim e, mesmo nĂ£o tendo superado esses momentos que nĂ£o gostei, foi um final bem fofucho.

Destaque novamente para esta capa mais-que-linda.

Beijos, Myl

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