A Verdade Sobre Amores e Duques, Laura Lee Guhrke

Henry Cavanaugh, duque de Torquil, anseia por uma vida ordenada e previsĂ­vel. A Ăºnica que o ajuda com isso era a mĂ£e... atĂ© ela se apaixonar por um artista e decidir seguir o conselho amoroso de Lady Truelove, largando tudo para seguir os desejos do coraĂ§Ă£o. Agora Henry vai exigir que a mulher mexeriqueira que deu aquele conselho imprudente o ajude a impedir que o nome da sua famĂ­lia acabe na lama.
Irene Deverill Ă© o que a sociedade londrina considera uma ovelha negra: dirige o jornal da famĂ­lia, Ă© uma solteirona e tem orgulho disso! Mas ninguĂ©m sabe que ela possui um grande problema nas mĂ£os: o duque de Torquil demanda que ela o ajude a resolver os problemas da sua famĂ­lia. Esse relacionamento forçado farĂ¡ despertar nela sentimentos que nunca pensou possuir.
A Verdade Sobre Amores e Duques
Querida conselheira amorosa... #1
Ano: 2018 
PĂ¡ginas: 320
Idioma: portuguĂªs
Editora: Harlequin Books Brasil


“ Quer saber a diferença entre paixĂ£o e amor?”

Sim, Sua Graça, pode me mostrar que eu deixo.. mas precisa ser agora, neste exato momento!!!

Oh, gente! Que dupla maravilhosa foi essa? Que casal fofo!

Henry Cavanaugh, duque de Torquil, luta para ter uma vida bem ordenada. Entre suas propriedades e sua família, ele carrega muitas responsabilidades. Muitas pessoas dependem de seu bom julgamento e, como duque e chefe da família, era seu dever garantir a elas o bem-estar e a segurança de que necessitam. Ele era conhecido por sua postura fria e controlada, vida disciplinada e regras de conduta exigentes.

“ Seu rosto era marcado por traços belamente esculpidos e olhos azuis acinzentados, mas tambĂ©m era um rosto de feições rĂ­gidas e de uma determinaĂ§Ă£o implacĂ¡vel. Naqueles olhos pĂ¡lidos brilhantes havia a faĂ­sca inconfundĂ­vel de raiva.”



Ele sempre aderiu Ă s regras ditadas pela sociedade. Bem, exceto uma Ăºnica vez, quando ele permitiu que a paixĂ£o tomasse conta de sua vida. A partir daquele momento, que se revelou um erro, Henry se esforçou para se tornar a pessoa que era agora: um homem com um inflexĂ­vel senso de dever e uma firme bĂºssola moral. Henry acreditava piamente que ele era o mestre de seu mundo e que conseguia comandar tudo que acontecia nele.

Isto Ă©, atĂ© o dia em que conheceu Irene Deverill e ela, com todo prazer, apagou essa sua ilusĂ£o.

Irene Deverill era conhecida por sua sagacidade, racionalidade, espĂ­rito empreendedor e teimosia. Como editora da Society Snippets, essas qualidades eram extremamente necessĂ¡rias.  Ela  precisou assumir o jornal de sua famĂ­lia quando o vĂ­cio tomou conta de seu pai e a falta de tino para os negĂ³cios levou a famĂ­lia Ă  banca rota.

Em menos de um ano, ela fez do jornal um enorme sucesso. Ao substituir os eventos “sĂ©rios e importantes” de Londres por moda e fofocas, as vendas do jornal aumentaram mais de 300%. Irene se orgulhava de todo o trabalho e dedicaĂ§Ă£o que tinha e gostava de escrever sua coluna Lady Truelove, onde respondia cartas de leitores que lhe mandavam perguntas sobre suas dĂºvidas e inseguranças amorosas.


Quando Henry descobre que sua mĂ£e seguiu o conselho de Lady Truelove e estĂ¡ prestes a embarcar em uma fuga escandalosa com um pintor  italiano, ele sabe que deve encontrar sua mĂ£e antes que sua famĂ­lia seja totalmente desonrada. Por conta disso, ele vai tirar satisfaĂ§Ă£o com essa bendita Lady Truelove mas, ao chegar lĂ¡, fica pasmo pois ela nĂ£o era o que ele esperava. Ela era linda.  

“ Olhos grandes em um rosto oval o fitaram de volta – eram da cor de mel circundados por cĂ­lios grossos muito mais escuros que o cabelo dela. Nas profundezas douradas desse olhar, Henry podia ver uma ebuliĂ§Ă£o de cores ricas que o fizeram pensar na mesma hora no bosque prĂ³ximo Ă  sua casa, em Hampshire, no sol colorindo o musgo, os troncos das Ă¡rvores e o lĂ­quen.”

Irene Deverill alĂ©m de editora era sufragista e uma solteirona que dava conselhos descuidados sem pensar nas consequĂªncias. ( opiniĂ£o  de Henry, claro, nĂ£o  dela)

“ Quando se semeiam ventos, Srta. Deverill, deve-se estar sempre preparado para colher tempestades.”


Henry, acostumado a estar sempre no controle, fica admirado com sua adversĂ¡ria. O primeiro encontro entre eles Ă© explosivo e cheio de faĂ­scas com ofensas sendo ditas e preconceitos sendo revelados. Um embate digno de uma bela arena.

“ – Antes um mascate de jornais do que um lĂ­rio do campo, como o senhor – retrucou Irene, seus olhos dourados brilhando, demonstrando que a Srta. Deverill nĂ£o detinha apenas um lado contumaz, mas tambĂ©m um temperamento forte.”

Como sua primeira abordagem nĂ£o funciona, o duque dĂ¡ uma nova e decisiva cartada colocando Irene entre a cruz e a espada e a obrigando a reverter o problema que gerou. Irene agora nĂ£o sĂ³ precisarĂ¡ conviver com a famĂ­lia extremamente preconceituosa do duque como precisarĂ¡ de toda a sua perspicĂ¡cia para nĂ£o se apaixonar perdidamente por este doce ‘ditador’.


Amei demais a narrativa do livro, os personagens e a trama, porĂ©m o que mais me conquistou foi acompanhar a transformaĂ§Ă£o de Irene e Henry em um casal pois a forma como tudo começou fugiu bastante dos modelos de romance de Ă©poca que estou acostumada. Fora que amo muito declarações de amor romĂ¢nticas e apaixonadas e a desse livro conseguiu um lugar de destaque em meu coraĂ§Ă£o junto com a declaraĂ§Ă£o de PersuasĂ£o, de Jane Austen. AMEIIIII !


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