Filhos de Sangue e Osso, Tomi Adeyemi

1o LUGAR NA LISTA DE BESTSELLERS DO THE NEW YORK TIMES.
Eleito um dos melhores livros de 2018 na categoria infantojuvenil pelo Entertainment Weekly, Amazon, Time, Newsweek e Publishers Weekly.
Zélie Adebola se lembra de quando o solo de Orïsha vibrava com a magia. Queimadores geravam chamas. Mareadores formavam ondas, e a mãe de Zélie, ceifadora, invocava almas. Mas tudo mudou quando a magia desapareceu. Por ordens de um rei cruel, os maji viraram alvo e foram mortos, deixando Zélie sem a mãe e as pessoas sem esperança. Agora Zélie tem uma chance de trazer a magia de volta e atacar a monarquia.
Com a ajuda de uma princesa fugitiva, Zélie deve despistar e se livrar do príncipe, que está determinado a erradicar a magia de uma vez por todas. O perigo espreita em Orïsha, onde leopanários-das-neves rondam e espíritos vingativos aguardam nas águas. Apesar disso, a maior ameaça para Zélie pode ser ela mesma, enquanto se esforça para controlar seus poderes — e seu coração.
Filhos de Sangue e Osso é o primeiro livro da trilogia de fantasia baseada na cultura iorubá O Legado de Orïsha está sendo adaptado para o cinema.
Filhos de Sangue e Osso
O Legado de Orïsha #1
Ano: 2018 
Páginas: 560
Idioma: português 
Editora: Fantástica Rocco


"Você nos esmagou para construir uma monarquia sobre o nosso sangue e ossos. Seu erro foi nos deixar vivos. Foi pensar que nunca revidaríamos". 

Amei e vou panfletar sim!!! 

Filhos de Sangue e Osso conta a história de Zélie Adebola, nascida no reino de Orisha, onde os Majis (pessoas com dons divinos) foram massacrados após a misteriosa perda da magia. Na época, com apenas 6 anos, Zélie viu sua mãe, uma poderosa Maji, ser morta e seu povoado ser massacrado. Apenas as crianças com menos de 13 anos, como Zélie, foram poupadas por ainda não demonstrarem seus poderes. 

Passados 11 anos, Zélie vive com seu pai e seu irmão, ainda sob o domínio do Rei Saran e lutam para sobreviver às crueldades do exército, às altas taxas de imposto, à fome e às constantes humilhações. 

Os Divinais, pessoas que poderiam ter a magia em seu sangue, são os que mais sofrem. Afinal eles podem vir a desenvolver os seus dons se tornando um Maji, apesar de isso ainda não ter acontecido. Ah, e são reconhecidos pelos seus cabelos brancos (Tempestade???).

                             

A ação começa mesmo quando Amari, a filha do rei, descobre que sua serva e melhor amiga foi morta por ela ter desenvolvido a magia após tocar em um pergaminho sagrado. Amari foge do palácio com o pergaminho que pode ser a salvação para Orisha e todos os seus Divinais e o seu caminho se cruza com o de Zélie e seu irmão numa história linda que reúne cultura e religião africanas e toda a sua riqueza.  
                                               
Mas a aproximação dessas duas não será tão fácil. Como se unir à filha da pessoa que te trouxe tanto sofrimento e a quem você jurou matar? E quando Amari começar a descobrir o que acontece do lado de fora das paredes do palácio teremos um dos pontos altos da história. 

Apesar da história ser incrível, o melhor de Filho de Sangue e Osso são os seus personagens. Uma princesa aparentemente frágil, mas idealista; um herdeiro ingênuo que terá escolhas difíceis pela frente; uma protagonista cheia de ideais, mas que terá que amadurecer muito; um homem forte e machucado pela vida que descobrirá que o amor pode existir. 

                             
Em seu livro de estreia e primeiro dessa trilogia, Tomi Adeyemi utiliza a mitologia africana para contar a história de Zélie, e esse foi o principal motivo para ler esse livro. Afinal, quantos livros você conhece que preferem a mitologia africana a mitologia grega ou nórdica, por exemplo? Sem contar que Tomi veio a Salvador para estudar sobre cultura africana e Yorubá, e nos presenteou com um glossário no final do livro com as palavras que foram mantidas na língua de origem nigeriana. 

Mas nem só de representatividade negra vive a história. A autora também nos brinda com a bandeira do feminismo exaltando a força e inteligência da mulher. 

Apesar de ser uma fantasia, a história de Tomi nos remete a grandes momentos da história dos negros, como as constantes guerras civis na África, o Apartheid e todos os pequenos atos de racismo espalhados pelo mundo. 

Acredito que você nunca tenha lido nada parecido. Será? Se já leu algo nesse estilo, me conta aqui e me diz o que achou dessa história.


Nenhum comentário

O seu comentário alegra o nosso dia!!!