Filhos de virtude e vingança é a continuação de Filhos de sangue e osso, primeiro livro da trilogia de fantasia O legado de Orïsha, escrita por Tomi Adeyemi, que é baseada na cultura iorubá. No segundo volume da série, depois de enfrentar o impossível, Zélie e Amari conseguiram trazer a magia de volta para Orïsha. Entretanto, o ritual foi mais poderoso do que elas imaginaram e os poderes reapareceram não somente para os maji, mas também para todos que tinham ancestrais mágicos. Agora, Zélie se esforça para unir todos os maji em uma Orïsha onde o inimigo é tão poderoso quanto eles. Quando a realeza e os militares formam uma aliança perigosa, Zélie precisa lutar para garantir o direito de Amari ao trono e proteger os novos maji da ira da monarquia. Com uma guerra civil iminente, Zélie tem uma missão: encontrar uma forma de unir o reino ou assistir a Orïsha ruir.“Apresenta questões sobre raça, classe e autoritarismo como um espelho da nossa sociedade.” – The New York Times
Filhos De Virtude E Vingança
O Legado de Orïsha #2
Ano: 2020
Páginas: 432
Idioma: português
Editora: Fantástica Rocco
Enfim li a tão esperada sequência do livro Filhos de Sangue e Osso que tanto me encantou. Devo adiantar que a Tomi Adeyemi não teve a síndrome do segundo livro e trouxe uma continuação ainda melhor que o primeiro livro.
Prováveis spoilers para quem ainda não leu o primeiro livro a partir daqui
Zélie e Amari estão lutando juntas para trazer a magia de volta para o povo de Orisha, mas as coisas não saem exatamente como o esperado e não só o seu povo recebe de volta a magia mas também todos os que tinham ancestrais com poderes. Surgem assim os titán, entre eles a própria rainha Nehanda e a sua general, cuja magia é mais poderosa ainda do que a dos majis.
Sem deixar você respirar, a autora vai narrando a preparação para uma verdadeira guerra de ambos os lados. Mas os sentimentos de todos os envolvidos são muito conflituosos. Enquanto Zélie que destruir Inan e a rainha a todo custo para libertar seu povo, Amari acredita na bondade do coração do irmão e numa possível paz entre os povos. Mas será que Zélie vai se manter firme quando estiver de frente para Inan?
“Oya, me dê forças. Sussurro a oração, segurando com força o couro duro das novas rédeas de Nailah. Tento me lembrar de como foi lhe tirar o fôlego ao apertar sua garganta, mas tudo o que sinto é que não o sinto. “
Por outro lado, a rainha Nehanda acredita no massacre de todos os majis e seus aliados que não se renderem, mesmo que um deles seja sua filha. Mas Inan quer tentar convencer Zélie e Amari de que a paz é possível entre o povo e a monarquia.
E você, leitor, se prepare para, assim como os personagens, entrar em conflito entre o amor e o ódio após cada atitude tomada por eles. Se o seu coração é fraco, tenha cuidado por que as emoções veem em cascata.
Alternando o ponto de vista dos protagonistas a cada capítulo, o leitor vai desenhando o desenrolar de uma guerra movida de um lado pela ambição e desejo de poder, por outro, pelo único e exclusivo desejo de liberdade para exercer a sua religião e a sua magia.
Mas nem só de guerra vive o povo maji, claro que também temos romance! E quase um triângulo amoroso. eu disse quase porque a Tomi Adeyemi é fantástica demias para cometer esse desatino.
E como não falar sobre preconceito racial, empoderamento feminino, intolerância religiosa, diferença entre classes, diferença de gênero e autoritarismo numa história como essa? A autora faz isso com maestria e te desperta para muitos questionamentos. Além de trzer mais um pouco do mundo mágico dos orixás, seus rituais e poderes.
Uma história que de deixa em suspense durante toda a leitura e com um final de levar qualquer cardáico para a emergência! Você precisa ler!
Mesmo não lendo muito fantasia, admito que ando doida pra ler essa trilogia desde que fiquei sabendo sobre o primeiro livro!
ResponderExcluirE esse ritmo frenético me agrada muito!
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/ O Vazio na flor