"Barcelona não é Espanha" é fruto de oito anos de exílio voluntário do escritor na capital catalã. O romance narra a aventura de um ex-estudante de teatro que chega, com a namorada, em Barcelona na primavera de 2002. A partir de subempregos (desde iluminador de espetáculos pornô a ator de filmes universitários, entre outros), para garantir a cidadania espanhola, o imigrante ilegal é envolvido em incidentes em toda a capital catalã. À medida que vai entendendo a cidade, contudo, ele percebe que o desafio da moderna Barcelona é acolher todos os imigrantes, visto que, em geral, seu povo desaprova o salto à modernidade.
Barcelona não é Espanha
Márcio Menezes
Ano: 2018
Páginas: 226
Idioma: português
Editora: Rubra
Viver na Europa é o sonho de
muitas pessoas, porém é difícil imaginar a realidade de um lugar diferente do
qual vivemos. Barcelona pode parecer linda de fora, mas o que mancha sua imagem
é a xenofobia e a grande diferença social bastante presente. E, por mais que
Barcelona esteja inclusa na Espanha, Barcelona não é Espanha.
Aqui conheceremos um imigrante
que veio acompanhar sua namorada Antônia enquanto ela fazia intercâmbio na
cidade. Vivendo ilegalmente no país e necessitando de dinheiro, o brasileiro
(não me lembro do autor ter lhe dado um nome, então tratarei dessa maneira) se
vira do jeito que pode: doando sêmen, trabalhando em bares pornôs e até mesmo
roubando quadros.
Seu relacionamento com as
mulheres é um pouco perturbado. Antônia vai embora e lhe deixa com as mãos nas
costas (não gostei dela desde o primeiro momento); Núria, uma paquera local,
acabou de sair de um relacionamento conturbado, que só fez piorar após o
suicídio do coitado do seu ex-namorado. Esse infortúnio despertou a fúria de um policial que
promete a morte do brasileiro.
Essa vida de imigrante não é
fácil, e a forma mais gradativa de conseguir dinheiro é aceitando os serviços
do argentino Pablo Wood: surrupiar obras valiosas de arte para criar cópias
para prazeres próprios. Arriscado? Sim. Necessário? Obviamente. Irrecusável?
Sem sombras de dúvidas.
Viver na pele de um imigrante
ilegal, seguido por policiais loucos e correndo o risco de ser preso por roubo de pinturas valiosas, nosso brasileiro vai saborear uma Barcelona que não
estamos acostumados a ver. Vivendo entre os sem-teto e desfrutando das maiores
surpresas catalãs, Barcelona não é Espanha vai nos surpreender em um instante.
A história é narrada em primeira
pessoa, com uma característica humorada e bem próxima, vamos nos envolvendo ao
personagem e seus conflitos internos. Simpatizei com o brasileiro por causa do
seu jeito simples e despreocupado de viver, e confesso que me senti atraído
pela sua coragem.
Conhecer a Espanha pelos seus
olhos me deu uma nova perspectiva sobre Barcelona. Um local onde o preconceito
para os imigrantes é bastante claro. Compará-lo ao nosso país me deixou triste,
afinal, o que custa ser gentil?
Não gostei. Não consegui me apegar à história e nem senti curiosidade de conhecer o livro profundamente.
ResponderExcluirGostei da foto mas não me interessei pelo livro
ResponderExcluirPara mim parece ser um pouco chato
Sou fascinada por Barcelona! rs Desde que aprendi a visualizar com a imaginação todo o cenário que Záfon desenha em seus livros, me apaixonei pelo lugar. Vivo caçando imagens na net, só pra viajar!
ResponderExcluirSei que talvez nunca vá lá de fato,mas já tá bom assim.
Claro, eu falo da parte visual, não da parte de cultura, de tabus, pré conceitos.
Mesmo assim, adorei o que li acima, por trazer um pouquinho de uma experiência que talvez já tenha sido vivida por algum de nós!
Lerei se tiver oportunidade!!!
Beijo
Que legal essa sua vontade! Vou torcer para que seu sonho se realize, e cuidado com os xenófobos kkk
ExcluirNossa, não imaginava que as coisas eram dessa forma por lá.
ResponderExcluirÉ uma história real, e achei interessante que tenha conseguido dar uma suavidade e descontração.
Só não sinto interesse em ler no momento.
Beijos
Obrigado!
ExcluirMinho!
ResponderExcluirInfelizmente o preconceito com os imigrants permeia toda Europa, digo isso porque minha filha é noiva de um rapaz na Espanha e ela diz que lá, quando sabem que ela é brasileira, ficam torcendo o rosto.
Deve ser um livro rico e interessante.
cheirnhos
Rudy
Esse livro foi um dos meus favoritos do mês! Obrigado!
ExcluirGostei muito da premissa e do tema do livro. A Xenofobia é um problema atual e que acontece não só na Espanha, mas eu toda a Europa. Não deve ser fácil viver de forma ilegal em um país diferente e ainda ter que lidar com a falta de apoio, dentre tantas outras coisas. A única coisa que não gostei foi o fato do personagem brasileiro ter que realizar "trambiques" para conseguir se sustentar lá fora. Sei que isso acontece, mas em um livro, reforça o estereótipo que os brasileiros tem de espertalhões, malandros, dentre outros estereótipos negativos.
ResponderExcluirBesitos! ;)
Concordo com suas palavras, amiga. É difícil criar uma imagem decente quando ela está sempre suja por causa de certas pessoas. Obrigado!
ExcluirMe parece se um livro meio pesado, mas é a realidade, né? Só parar para pensar que tem tantas pessoas mundo afora que passam por situações até piores...
ResponderExcluirA leitura dele é bem suave, aposto que vai gostar!
Excluir