1968 foi um ano que se destacou entre todos os outros do século passado. Marcado por inúmeras transformações, em que jovens do mundo todo lideraram protestos e descobriram novas formas de luta. O que atacavam? Valores sociais ultrapassados; falsos moralismos; repressão sexual; injustiças sociais; a guerra do Vietnã; um mundo bipolar, dividido entre duas forças...
Neste livro, os jornalistas Regina Zappa e Ernesto Soto fazem um passeio pelos principais acontecimentos do período. Organizado mês a mês e escrito em linguagem emocionada, com suspense e opinião, este é um verdadeiro almanaque ilustrado da geração que disse não ao conformismo. Depois de percorrer suas páginas, o leitor vai entender a razão de 1968 marcar até hoje nossas vidas.
Esse olhar crítico, quatro décadas depois, é reforçado por entrevistas com personalidades que viveram o período, como os compositores Chico Buarque e Edu Lobo, o ex-deputado Vladimir Palmeira, o documentarista Vladimir Carvalho, o filósofo Alcione Araújo. Com histórias saborosas, letras de músicas e listas de filmes e canções, o livro conta ainda com colaborações inéditas. A jornalista Iesa Rodrigues, por exemplo, analisa a moda da época. O crítico Jamari França escreve sobre os Beatles, Frei Betto sobre a Teologia da Libertação e Pedro Butcher sobre o cinema do período.
“Foram muitas as formas de interpretá-lo ao longo do tempo: ano louco, enigmático, revolucionário, utópico, radical, rebelde, mítico, inesperado, surpreendente, profético, das ilusões perdidas. Adjetivos não faltam... De onde surgiram inspiração e fôlego para tanta movimentação reunida num só ano? O fato é que, em um determinado momento, alguém não se conformou e escreveu em letras firmes num muro de Paris: “Seja realista, exija o impossível” (trecho da apresentação de 1968, eles só queriam mudar o mundo)
1968: Eles só queriam mudar o mundo
Regina Zappa e Ernesto Soto
Ano: 2008
Páginas: 311
Idioma: português
Editora: Jorge Zahar
“Talvez fosse a palavra “liberdade” a que melhor expressasse os anseios de toda aquela geração de estudantes e trabalhadores.”Liberdade: Condição de uma pessoa dispor de si; faculdade de fazer ou deixar de fazer uma coisa; livre-arbítrio; faculdade de praticar tudo aquilo que não é proibido por lei; o uso dos direitos do homem livre. (Dicionário Aurélio)
1968 - Eles Só
Queriam Mudar o Mundo foi uma das melhores leituras que fiz nesse ano!
Falando sobre a
guerra do Vietnã, a Guerra Fria, o maio francês, os movimentos estudantis ao
redor do mundo, a Revolução Cultural da China, guerras civis em vários países,
a Primavera de Praga e os governos ditatoriais em países da América Latina, o
livro te oferece uma visão clara de todo o panorama histórico dessa época
através dos fatos mais relevantes.
Mas não só de
história vive o ser humano, não é mesmo? Então o livro ainda te presenteia com
o que aconteceu nas artes nesse período e fala de Caetano, Chico, tropicalismo,
os grandes festivais de música do nosso país, o movimento Black Power e os
Panteras Negras, Beatles e tantos outros. E uma parte considerável também é
reservada para falar do crescimento dos movimentos feminista, contra o racismo
e o movimento LGBT.
Os capítulos são
divididos em meses do ano, o que cria uma ordem cronológica que facilita o
acompanhamento dos fatos. O livro é narrado pelos autores e tem os fatos
expostos analisados por especialistas ou por pessoas que vivenciaram o fato oferecendo
ao leitor vários pontos de vista.
Movidos pelo desejo
de liberdade, estudantes e trabalhadores em vários locais do mundo, se uniram
para protestar contra o que lhes oprimia em seu pais. Todo o mundo era
impulsionado pelo desejo de igualdade visto nas lutas por direitos iguais,
contra o preconceito de todas as formas e, principalmente, contra a guerra.
“Não há como negar que neste período surgiram novos cenários onde se questionam valores, saberes, poderes, buscaram igualdade e justiça social e se gritou respeito a diferenças.”
Ricamente ilustrado
com fotos de momentos que ficaram gravados na mente dos que viveram naquela
época, o que faz com que qualquer leitor se sinta dentro da cena real.
A ideia do livro não
é esgotar o assunto, muito pelo contrário. Ele é apenas uma porta para você
escolher em que fato você quer se aprofundar e se enriquecer de mais
conhecimento. E vou além, acredito que esse livro serve para nos abrir os olhos
e perceber que precisamos nos rebelar como os jovens daquela época fizeram e
reconstruir a nossa realidade.
“Seja Realista, peça o Impossível.”
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