Ninguém se lembra do meu verdadeiro nome.
Ninguém sabe a verdade sobre aquele verão.
No verão de 1862, um grupo de jovens artistas liderado pelo talentoso e passional Edward Radcliffe segue para Birchwood Manor, uma bela casa de campo às margens do rio Tâmisa. O plano é passarem um mês isolados em uma aura de inspiração e criatividade. No entanto, ao fim do verão, uma mulher está morta e outra desaparecida, uma herança inestimável se perdeu, e a vida de Edward está arruinada.
Mais de 150 anos depois, Elodie Winslow, uma arquivista de Londres, descobre uma bolsa de couro contendo dois itens aparentemente sem conexão: a fotografia de uma mulher de aparência impressionante, vestida em roupas vitorianas, e o caderno de desenho de um artista, que inclui o rascunho de uma grande casa à beira de um rio.
Por que Birchwood Manor parece tão familiar a Elodie? E quem é a linda mulher na fotografia? Será possível, depois de tanto tempo, desvendar seus segredos?
Narrada por diversos personagens ao longo das décadas, A prisioneira do tempo é uma história de assassinato, mistério e roubo, de arte, amor e perda. Entremeando cada página, há a voz de uma mulher que teve seu nome apagado da história, mas que assistiu a tudo de perto e mal pode esperar pela chance de contar sua versão dos fatos.
A prisioneira do tempo
Ano: 2020
Páginas: 448
Idioma: português
Editora: Editora Arqueiro
No verão de 1862 um crime
aconteceu em uma casa no meio de uma floresta e bem próxima a uma pequena
aldeia, um grupo de artistas se juntaram nessa casa para deixar suas
imaginações tomarem conta e criar um novo projeto para suas histórias, porém
muitos segredos já envolviam algumas dessas pessoas e a inveja era companheira
constante em alguns corações. O que ninguém esperava aconteceu: dois visitantes
apareceram nessa casa, um tiro se ouviu no escuro e uma pessoa desapareceu para
sempre naquele dia fatídico, sua história sendo passada de forma errônea além
do tempo e 150 anos depois tudo está prestes a ser desvendado.
“Ninguém está interessado em verões tranquilos e felizes que terminam como começam. ”
Narrado em terceira pessoa, temos
uma obra que viaja através do tempo e é contada por várias pessoas diferentes,
entre elas uma mulher que, no começo, é uma completa desconhecida, mas cujo
mistério começa a se desenrolar ao longo da história. Quando Elodie esbarra na
bolsa de Edward por acidente, ela não imagina os segredos que vai encontrar e o
quanto de sua própria história se encontra amarrada ao passado daquela jovem
eternizada em uma fotografia.
É uma história que pode cansar
por sua narrativa extensa, mas que conforme nos aprofundamos em seu enredo,
entendemos o quanto cada narrativa e cada pessoa é necessária para contar essa
história e desvendar esse mistério que ultrapassou o tempo. Kate Morton
trabalha cada personagem de forma única e até mesmo a narradora desconhecida
tem uma personalidade única que cativa o leitor conforme conta suas
lembranças e desvenda sua própria história.
“A vida e as perspectivas de um ser humano sem dúvida são melhores quando há um lugar decente onde descansar a cabeça. ”
Embora seja uma história muito
bem trabalhada e com um mistério de tirar o fôlego, o final do livro deixou
muito a desejar, acabamos por ficar sem respostas do que acontece com a
história depois de descoberta e isso deixa um vazio ao leitor ansioso por um
desfecho digno. Pelo menos em minha opinião esse livro tinha tudo para ser um
cinco estrelas, mas o seu final quebrou totalmente o encanto de todo um enredo
brilhante.
“Hora pars vitae. (Toda hora faz parte da vida). ”
Espero que possam ler e tirar
suas próprias conclusões, aqui fica registrado que Kate Morton, apesar dos
pesares, tem o início da minha admiração e que ela possa ser solidificada com a
leitura de outras obras. Se já leu esse livro, não deixe de contar o que achou,
concorda comigo ou não? Fico esperando, um super beijo e até breve.
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