Última Parada, Casey McQuiston



Aos vinte e três anos, August Landry tem uma visão bastante cética sobre a vida. Quando se muda para Nova York e passa a dividir apartamento com as pessoas mais excêntricas ― e encantadoras ― que já conheceu, tudo o que quer é construir um futuro sólido e sem surpresas, diferente da vida que teve ao lado da mãe.
Até que Jane aparece. No vagão do metrô, em um dia que tinha tudo para ser um fracasso, August dá de cara com uma garota de jaqueta de couro e jeans rasgado sorrindo para ela. As duas passam a se encontrar o tempo todo e logo se envolvem, mas há um pequeno detalhe: Jane pertence, na verdade, aos anos 1970 e está perdida no tempo ― mais especificamente naquela linha de metrô, de onde nunca consegue sair.

August fará de tudo para ajudá-la, mas para isso terá que confrontar o próprio passado ― e, de uma vez por todas, começar a acreditar que o impossível às vezes pode se tornar realidade.

Última Parada
Casey McQuiston
Ano: 2022 
Páginas: 400
Idioma: português
Editora: Seguinte

August se mudou para uma nova cidade com tudo que tinha, mudou de faculdade, de curso, mudou completamente sua vida para tentar dar um rumo pra si mesma e fugir das investigações de sua mãe que não estavam indo a lugar algum. Desajeitada dentro e fora de si mesma, a bela jovem nunca sentiu que pertencesse a um lugar e essa mudança chega na tentativa de encontrar esse pertencimento.

Na linha Q da estação de metrô, depois de muito procurar por algo que lhe prendesse, finalmente August se depara com Jane, uma jovem solitária que lhe ajuda em um momento de necessidade. A partir desse encontro os destinos das duas estão laçados por algo que não tem explicação e o lado investigativo de August, aquele do qual ela tanto fugiu, volta à tona, trazendo junto aos seus extintos a necessidade de encontrar respostas sobre si mesma, sobre Jane e sobre tudo que aconteceu em 1977 quando o apagão modificou mais do que apenas memórias.

“Ninguém sabe quem é, e adivinha? Isso não quer dizer porra nenhuma”.

Narrado em terceira pessoa, mas com foco principal em August, o livro se passa em 2020, porém com um vórtice no tempo que permite memórias de outros anos, além da investigação sobre 1977. A linha do tempo é apaixonante, cheia de descobertas e reviravoltas que fazem o leitor se prender a narrativa do começo ao fim.

Embora seja um livro gostoso de ler, alguns acontecimentos me deixaram com medo de não concluir a história de uma forma positiva, afinal o romance é lindo, as amizades são incríveis, mas o vórtice no tempo confunde o leitor e acredito que poderia ter sido melhor explicado logo no começo, o que nos daria uma visão melhor de toda a situação.

“Às vezes é importante ficar triste, August. Às vezes a gente tem que sentir certas coisas justamente porque elas merecem ser sentidas”.

É um livro apaixonante e a escrita da autora é impecável, se não fosse o problema com a inclusão dessa mudança de tempo, acredito que teria aproveitado a leitura ainda mais. Claro que essa foi a minha experiência pessoal e, provavelmente, outras pessoas tiveram experiências melhores que a minha, mas não muda o fato de que o livro é lindo e merece sim ser lido para que todos possam tirar suas próprias conclusões.

Enfim, por hoje é só, me conta aqui se já leu essa obra e o que achou, vamos papear, eu vou amar!

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