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Uma canção de amor e ódio, Vinícius Grossos



"Dois astros do pop rivais. Um escândalo capaz de destruir suas carreiras. Será que uma canção de amor é o suficiente para gerenciar essa crise? Benjamin Alves é uma das grandes promessas da música pop brasileira. No entanto, desde que sua carreira começou a deslanchar, ele vem disputando as paradas musicais, as capas de revista e os destaques nos portais de fofocas com outro cantor, Theodoro. Essa foi a combinação perfeita para a criação de uma rivalidade estrelar e, embora saiba que a rixa não passe de ficção, Ben simplesmente não vai com a cara de Theo. Sabe quando o santo não bate? Então, quando os dois são convidados para o mesmo festival, o que era pra ser uma celebração de suas trajetórias se torna um grande desastre midiático. Para tentar salvar a imagem deles, as equipes dos dois combinam uma manobra de marketing: uma canção escrita em conjunto, para mostrar ao grande público que eles são amigos e não se odeiam. Mas será que eles vão conseguir parar de brigar por tempo o bastante para que a estratégia funcione? Em seu novo romance, Vinícius Grossos entrega mais uma deliciosa e apaixonante história, nos fazendo questionar quão tênue é a linha que divide o amor e o ódio."

Uma canção de amor e ódio
Ano: 2023 
Páginas: 336
Idioma: português
Editora: Naci


Ben e Théo são dois cantores nacionais que estão no auge do sucesso. Mas existe uma rivalidade entre eles... quer dizer, Ben tem uma rivalidade com o Théo. Apesar de várias merdas que o Ben faz, (meu abraço para a coitada da agente dele. Patrícia, você é uma guerreira!), tudo piora muitíssimo quando um desentendimento entre os dois vai parar no palco de um grandioso festival e a mídia não dá trégua principalmente para Ben. 


Para limpar sua imagem, a gravadora dos dois astros pede que eles trabalhem juntos em uma música inédita para desfazer os boatos de rivalidade entre eles. Será que eles conseguem? Será que esse tempo que eles vão passar juntos para compor pode mudar o que um pensa e/ou sente pelo outro???


Confesso que poucas vezes na minha vida de leitora odiei tanto um personagem quanto odiei o Ben. Que menino egoísta, mimado, deslumbrado, inconsequente e sem noção! Se fosse por ele, com certeza, eu não teria terminado essa leitura. Órfão de pai e mãe desde a infância, foi criado por um casal de amigos dos pais e teve a sorte de viver em uma família rica e que não vê a sua bissexualidade como um problema. Ou seja, Ben não conhece o mundo real. O que não justifica a personalidade que tem. Mas o livro vai além de Ben, graças ao Vinícius!!!


Enquanto isso, Théo é realmente um fofo, na minha cabeça ele era o Jão. Um cara super sensível, talentoso, lindo e de bom coração. Que nunca fez nada, nadinha para o Ben odiar ele. Ou seja, essa picuinha tá só na cabeça do Ben! E que pena que não tinha um motivo secreto por trás desse ódio todo pra deixar a história mais eletrizante. 


A história traz muito da cultura pop atual, mostra a loucura da vida de uma pessoa famosa por trás das lentes, as coisas das quais precisa abrir mão, o papel da mídia nisso tudo e questões socias envolvendo a comunidade LGBTQIA+ com muitas referências do mundo da música. Ah, e não posso esquecer de falar das cenas hots... Querido leitor, que calor, viu? Acho que o Vínícius Grossos enfrentou essa onde de calor antes de todos nós, exatamente quando estava escrevendo esse livro. 





Conectadas, Clara Alves


Para comemorar os cinco anos de lançamento do best-seller Conectadas , esta é uma edição especial com capa dura, guardas ilustradas e laterais coloridas. Inclui, ainda, um capítulo inédito e uma nova entrevista em que a autora responde perguntas feitas pelos leitores.
Raíssa e Ayla se conheceram jogando Feéricos, um dos games mais populares do momento, e não se desgrudaram mais ― pelo menos não virtualmente. Ayla sente que, com Raíssa, finalmente pode ser ela mesma. Raíssa, por sua vez, encontra em Ayla uma conexão que nunca teve com ninguém. Só tem um “pequeno” problema: Raíssa joga com um avatar masculino, então Ayla não sabe que está conversando com outra garota.

Quanto mais as duas se envolvem, mais culpa Raíssa sente. Só que ela não está pronta para se assumir ― muito menos para perder a garota que ama. Então só vai levando a mentira adiante… Afinal, qual é a chance de as duas se conhecerem pessoalmente, morando em cidades diferentes?

Bem alta, já que foi anunciada a primeira feira de Feéricos em São Paulo, o evento perfeito para esse encontro acontecer. Em um fim de semana repleto de cosplays, confidências e corações partidos, será que esse romance on-line conseguirá sobreviver à vida real?

 

Conectadas
Edição comemorativa
Ano: 2024 
Páginas: 352
Idioma: português
Editora: Seguinte


Raissa sempre foi fã dos jogos online, principalmente do jogo Feéricos, um dos mais famosos do país e onde conheceu Ayla, a garota dos seus sonhos, o detalhe é que Raissa joga com um avatar masculino e para Ayla ela é um menino. 

Mesmo com a culpa corroendo seu ser, Raissa segue mantendo Ayla no escuro, enquanto isso a garota do outro lado se apaixona cada vez mais por aquela pessoa tão distante, até que vem a primeira feira de Feéricos em São Paulo e elas vão finalmente se conhecer, o que pode dar errado? 

Um romance jovem, cheio de erros e acertos, corações partidos, muitos personagens marcantes, fofos e que dão o nome a cada nova página. O que começou bem devagar acabou me conquistando no meio do caminho e não consegui largar até chegar ao fim. 

A edição comemorativa de cinco anos do lançamento também é um charme a parte, com corte colorido, capa dura e artes externas e internas apaixonantes, se torna um convite ao leitor para se aventurar.

Nem preciso dizer que recomendo esse romance lgbtqiap+ jovem para todos, né?

Garotas não jogam, Christen Randal




RPG e board games? Amizades verdadeiras? Autoconhecimento?
Um novo primeiro amor? Uma grande aventura? Sim, temos tudo isso quando um grupo de meninas se junta para viver o melhor jogo de sua vida.

Hollis Beckwith está apenas tentando sobreviver. Para uma garota gorda, sem grana e ansiosa, o último ano no ensino médio traz muitas preocupações. Além disso, ela namora Chris, um ávido jogador de RPG, e não quer perdê-lo. Para provar que é uma namorada que vale a pena, Hollis decide jogar o RPG favorito de Chris, Mistérios & Magias ― mas a regra da mesa é clara: “Garotas não jogam.” Então ela precisa encontrar o próprio grupo se quiser jogar.

Mas o que Hollis encontra é muito mais do que apenas um novo grupo de RPG: ela dá de cara com as garotas de M&M! Lideradas pela Guardiã do Mistério, Gloria Castañeda, ela, Iffy, Maggie, Aini e Fran lutam contra um inimigo em comum no jogo e rapidamente se tornam amigas fora dele. Por meio de sua personagem, a paladina Honoria Steadmore, Hollis descobre que ela mesma é bem mais do que uma garota gorda, ansiosa e meio perdida. E como se não fosse novidade o suficiente, nesta jornada divertida e cheia de aventuras, uma nova paixão pegará a jovem de surpresa…

Garotas não jogam
Ano: 2024 
Páginas: 304
Idioma: português
Editora: Livros da Alice


Hollis queria jogar RPG para se enquadrar entre aqueles que considerava seus amigos e principalmente para provar ao namorado que ela podia sim fazer parte do jogo deles, mesmo com a regra absurda de que garotas não jogavam, porém em meio a busca por uma boa mesa onde jogar, ela se depara com um grupo de garotas totalmente diferentes entre si, mas que se completam de uma forma única e ali ela vai começar a entender que talvez RPG não seja só um jogo e que as regras vão muito além do que tentaram lhe fazer acreditar dentro e fora da batalha.


Ok, talvez tenhamos uma fã irreparável e surtada aqui, sinto muito se vocês estavam esperando uma resenha calma, mas para essa leitora aqui, que encontrou na Hollis adolescente a própria persona na fase adolescente, esse livro vai muito além de apenas uma história de romance queer.


Christen Randall não traz apenas a história de uma garota fora dos padrões, ela traz todos os medos, os traumas, a falta de percepção de uma menina que acredita fielmente precisar se enquadrar em um meio, quando na verdade ela é muito mais do que apenas alguém que precisa se enquadrar.


Hollis Beckwith representa muitas garotas gordas por aí, que buscaram se colocar em um lugar onde não lhe cabia, visando apenas agradar aos outros e se provar para algo ou alguém, sendo que não precisa se provar e eu fui como Hollis um dia, então senti cada coisinha que ela sentiu e a liberdade meus amigos, a liberdade é avassaladora.


Além de todo esse contexto, também temos um desabrochar de um amor fofo e tranquilo, além da formação de uma amizade incrível entre essas garotas, onde embora suas diferenças, se apoiar é tudo que elas sabem fazer de melhor.


Depois de tudo isso, preciso mesmo dizer que amei? Não ficou claro? Pois bem, EU AMEI ESSE LIVRO e CHRISTEN RANDALL VOCÊ TEM MEU CORAÇÃO. É isso, se tu ainda não leu, bora ler e voltar aqui para me contar o que achou, estou esperando

Menina feita de estrelas, Ashley Herring Blake



No mês de junho, quando a constelação de Gêmeos despontava no céu do hemisfério Norte, nasceram Mara e Owen. Uma irmã e um irmão unidos pelos astros. Quando a noite caía, os dois subiam no telhado de casa para observar as estrelas e compartilhar histórias. Eles estavam lá um para o outro e nada poderia separá-los.

Um dia, porém, Owen é chamado à diretoria do colégio. A namorada do garoto, Hannah, o acusara de estupro. E, como amiga e fundadora do Empodera – um coletivo feminista –, Mara sabe que tem o dever de apoiar a garota. No entanto, como fazê-lo quando o agressor é seu irmão gêmeo?

Dividida entre sua família e o próprio senso sobre certo e errado, Mara também precisa aprender a conviver com Charlie – sua melhor amiga e ex-namorada. E como se tudo isso não bastasse, um trauma do passado volta para atormentar ainda mais seus pensamentos.

Destaques:
Um romance sensível e oportuno, que confronta as difíceis e delicadas questões que envolvem consentimento, culpabilização da vítima e agressão sexual.

Menina Feita de Estrelas é uma narrativa pungente sobre a necessidade de dar voz às vítimas; sobre amizade e rede de apoio; sobre seguir em frente e encontrar o próprio caminho na escuridão, mesmo quando tentam apagar seu brilho.

Menina Feita de Estrelas
Ano: 2020 
Páginas: 328
Idioma: português
Editora: Plataforma21


De todos os lugares do mundo, de onde será que os monstros reais podem vir? Essa é uma pergunta que pode facilmente invadir sua mente durante a leitura dessa obra.


Mara é uma garota bi, fundadora do empodera, um coletivo feminista da escola, que acaba de terminar o namoro com sua melhor amiga, mas esse não é o maior dos seus problemas, muito pelo contrário, seu maior problema é lidar com a acusação de estupro que seu irmão gêmeo recebeu da então namorada e também amiga de Mara, Hannah. Porém, como lidar com isso, sabendo que precisa apoiar a amiga, mas do outro lado está a pessoa que conhece da vida toda?


Antes de mais nada, caso esse assunto lhe cause gatilhos, recomendo a leitura somente se estiver preparado, embora a autora traga tudo de forma leve, os assuntos abordados são em suma bem difíceis, afinal, veremos aqui uma meninas passando por situações que não desejamos a nenhuma de nós e o mais difícil é saber que são situações reais, que acontece no dia a dia, só muda os personagens.


Esperei muito dessa obra e ela entrega bem o que promete, sem sombra de dúvidas um livro que precisa ser lido por mais pessoas, pois não é apenas um romance, é a história de alguém que poderia ser eu, você, ou qualquer outra menina/mulher que todos os dias são confrontadas com situações avassaladoras e muitas das vezes são desacreditadas.


Nem preciso dizer que gostei, não é mesmo? Pois eu gostei bastante e se você já leu, não deixa de contar aqui o que achou, vamos conversar sobre.


Perfeita (na teoria), Sophie Gonzales


Nesta comédia romântica queer, uma garota especialista em relacionamentos vai ter que lidar com as reviravoltas da própria vida amorosa – que está longe de ser perfeita.
Darcy Phillips tem a solução ideal para qualquer problema de relacionamento. Pelo armário 89 do colégio, ela recebe cartas desesperadas de alunos pedindo conselhos e depois responde tudo por um e-mail anônimo – mediante pagamento. É o negócio perfeito.

Ironicamente, sua vida amorosa é um desastre: há anos, ela é apaixonada por sua melhor amiga e não tem coragem de se declarar. Mas Darcy convive bem com todos esses segredos, até que Alexander Brougham, o atleta da escola, a flagra pegando as cartas do armário e coloca tudo a perder.

Em troca de manter seu anonimato, ela concorda em ajudar Brougham a voltar com a ex-namorada. Parece uma tarefa simples: dar umas dicas para um cara gato (mas muito arrogante) a reconquistar uma garota que já foi completamente apaixonada por ele. Mas Darcy logo vai descobrir que nada é tão simples quanto parece.

Perfeita (na teoria)
Ano: 2023 
Páginas: 352
Idioma: português
Editora: Seguinte

Darcy é especialista em relacionamentos e para dar seus conselhos de forma anônima, a garota usa um dos armários esquecidos da escola. O famoso armário 89, tem como objetivo levar aos corações conturbados uma forma de resolver seus problemas, porém um Alexander descobre quem está por trás desse armário e faz de Darcy sua consultora pessoal. 

Uma garota bissexual que deseja conquistar a melhor amiga e um garoto hétero tentando voltar com a ex, é a junção perfeita para dar errado, mas será que eles vão conseguir alcançar seus objetivos? 
              
Com personagens cativantes, um enredo promissor e casais improváveis, esse livro tem todo o contexto clichê que conquista os leitores de romance, além de uma pegada adolescente muito gostosinha. 

O que me incomodou apenas, foi o quanto o livro enrola para chegar ao destino, pois logo no início conseguimos matar a charada do que vai se tornar o casal principal e com isso ficamos na espectativa de que aconteça logo. 
              
Tirando a parte previsível, todo o livro prende e faz a gente se apaixonar enquanto lê, então eu muito recomendo para quem está buscando aquela obra que pode ser um sopro em meio ao caos dos livros mais pesados. 

Se você já leu essa obra, me conta aqui o que achou dela, eu tive altas expectativas que não foram supridas, mas também não foram totalmente destruídas, então quero mais da autora.

Nick e Charlie, Alice Oseman

 



Nesta novela da série best-seller Hearstopper, Nick e Charlie vão precisar superar um dos maiores desafios de seu relacionamento.

Todo mundo sabe que Nick e Charlie são inseparáveis. Entre tardes jogando videogame, noites de filmes e conversas infinitas, não há nada que possa abalar o sentimento que um tem pelo outro.

Com a partida de Nick para a universidade se aproximando, Charlie fica cada vez mais inseguro, afinal todos dizem que o primeiro amor quase nunca dura para sempre... Será que o relacionamento deles é capaz de sobreviver à distância ou os garotos só estão adiando o inevitável?

Nick e Charlie
Uma novela de Heartstopper
Ano: 2023 
Páginas: 168
Idioma: português
Editora: Seguinte


Nick está prestes a ir para a faculdade e Charlie começou a ficar muito nervoso com isso, embora o romance esteja indo a mil por hora e Charlie saiba plenamente sobre o amor de Nick por ele, alguns acontecimentos começam a mexer com sua cabeça o fazendo questionar se vai dar certo esse namoro a distância.


Em meio as controvérsias dessa separação de corpos, Charlie vai precisar se reencontrar e entender como se sente, enquanto Nick vai precisar se reconectar com seu amado, afinal ele sabe como os traumas de Charlie podem vir a mexer com ele.


Uma história curtinha sobre mais uma fase desse romance gostoso de acompanhar e que vai nos fazer refletir sobre os benefícios e malefícios da era digital, bem como nos deixar apaixonados mais uma vez por esse casal fofinho.


Não foi uma nota cinco como todos os outros livros da Alice, pois para mim, faltou um pouquinho de trabalho mais detalhado em alguns pontos, como por exemplo as dores do Charlie diante da separação e a falta de percepção do Nick, até então super perceptível quanto aos sentimentos de Charlie, mas isso não me atrapalhou em amar a leitura, muito pelo contrário, estou mega feliz em ter conhecido essa obra 😍


Agora me conta você, já leu? Conhece esse casal? O que acha deles? Vamos papear!

Almanaque Heartstopper, Alice Oseman



O Almanaque Heartstopper está repleto de conteúdo exclusivo do universo Heartstopper: ilustrações nunca antes vistas, um minicomic exclusivo, perfis de personagens, curiosidades e insights sobre o processo criativo de Alice Oseman, narrado por uma versão cartoon da própria Alice. Pela primeira vez em cores, este livro complementar é perfeito para os fãs de Heartstopper!
Almanaque Heartstopper
Ano: 2022 
Páginas: 160
Idioma: português
Editora: Seguinte


Você também é uma criatura apaixonada pelo universo de Heartstopper??? Então vem cá, que a Alice Oseman junto com a Editora Seguinte deu um alívio na nossa crise de abstinência, um alento para ajudar na espera pelo próximo livro.




Um verdadeiro presente para os fãs, Almanaque Heartstopper traz um compilado de informações que vão desde os primeiros traços da autora, lá em 2013, do que viriam a ser os personagens que chegaram às nossas mãos, até ilustrações específicas pedidas por fãs para datas especiais como Halloween. Alice conta também parte do seu processo criativo e sobre como ela sentiu a necessidade de falar mais sobre Nick e Charlie depois que eles aparecem no seu livro Um Ano Solitário, que conta a história de Tori.




Satisfeita? Calma que ainda tem mais! Tem fichas completas com características da personalidade de cada um, cenas que não entraram no livro e um teste para saber se você é mais Nick ou mais Charlie. E, é claro que a autora não poderia deixar de falar sobre diversidade e a forma como ela aborda o tema em todas as suas histórias. 



E ainda tem dois mini contos muito fofos, um deles sobre os professores Farouk e Ajayi, que tem meu coração. Ah, ainda tem cenários de universos alternativos, informações sobre as famílias dos personagens, a música preferida de cada um e um tutorial para ajudar a desenhar os personagens com o meu estilo da Alice. 

Superou a saudade? Não, né? Mas, calma, a autora também lançou o livro Nick e Charlie, que logo logo tem resenha aqui. Sobrevivam, por favor!!!!

Garotas de Sorte, Charlotte Nicole Davis


Áster, a protetora. Violeta, a favorita. Palminha, a curandeira. Malva, a lutadora. Clementina, o motivo de tudo.

Elas são as Garotas de Sorte - e, embora sejam conhecidas assim pelos cidadãos de Arketta, todos sabem que sorte é justamente o que lhes falta. Vendidas a uma "casa de boas-vindas" ainda crianças e marcadas com flores amaldiçoadas, as garotas são prisioneiras de uma vida que jamais teriam escolhido.

Quando Clementina mata um homem por acidente, as garotas se arriscam em uma fuga mortal, empreendendo uma sofrida jornada em busca de liberdade, justiça e vingança por um país que lhes nega tudo isso. Perseguidas por espíritos e humanos igualmente cruéis, a única esperança do grupo está em uma história de ninar - na qual só o desespero permitiria acreditar.

Garotas de sorte
Westworld encontra O conto da aia em uma fantasia de tirar o fôlego.
Garotas de Sorte #1
Ano: 2022 
Páginas: 304
Idioma: português
Editora: Planeta de Livros

Confesso que achei sombria essa mistura de Westworld com O conto da aia, mas Garotas de Sorte consegue ser um soco no estômago realmente no nível desses dois.

Áster é uma Garota de Sorte: foi vendida ainda criança para uma Casa de boas-vindas (eufemismo de prostíbulo). Até a sua Noite de Sorte, que é a sua primeira noite com um homem, ela e todas as outras meninas trabalham em troca de comida e um lugar para morar. Quanta ironia!

Áster já aguentou muita coisa, principalmente por causa de sua irmã. Mas quando chega a Noite de Sorte de Clementina e, para se defender, ela acaba matando o filho de um homem rico e poderoso da cidade. Para salvar a vida de Clem, Áster decide fugir e juntas pegarão a estrada com Malva, Palminha e Violeta em busca da Dama Fantasma, mulher que dizem ser capaz de tirar suas insígnias, tatuagem enfeitiçada que todas elas tem e através da qual elas são dominadas.

Em um mundo onde todos acreditam que estar nessa situação é um privilégio por não passar fome e ter um lugar para morar, ainda assim as meninas vão enfrentar grandes perigos nessa busca principalmente por liberdade e respeito. 

Ao longo da narrativa, vamos conhecendo melhor suas histórias, seus sonhos e como tudo isso desperta a coragem necessária para seguir em frente. Com uma lição de sororidade e de empoderamento feminino, Garotas de Sorte fala sobre a necessidade de cuidarmos umas das outras, de não cairmos na armadilha do patriarcado que nos coloca como rivais e da importância da amizade verdadeira nos momentos mais difíceis.

Uma história incrível que vai te prender do começo ao fim!


 

Delilah Green não está nem aí, Ashley Herring Blake



Delilah Green jurou nunca mais voltar a Bright Falls, a cidade onde cresceu. Lá não há nada para ela, só as lembranças da infância solitária e do desprezo da madrasta e da irmã postiça, Astrid. Em Nova York ela tem uma carreira como fotógrafa em ascensão e uma mulher diferente em sua cama todas as noites.
Mas quando Astrid usa chantagem emocional e um cheque polpudo para forçá-la a fotografar seu casamento e a maratona de eventos preparativos, Delilah acaba concordando em voltar.

Seu plano é chegar, fotografar e ir embora de fininho. Só que assim que ela reencontra Claire Sutherland, uma das insuportáveis – e lindas – amigas de infância de Astrid, percebe que talvez haja, sim, algo divertido para se fazer em Bright Falls.

Criando a filha de 11 anos praticamente sozinha ao mesmo tempo que gerencia uma livraria e lida com um ex nada confiável, Claire só quer uma vida sem surpresas. E a chegada repentina de Delilah é uma surpresa e tanto.

Em meio a todas as questões mal-resolvidas do passado e os problemas do presente, o desejo que nasce entre as duas se torna cada vez mais evidente. E elas não sabem se terão força para resistir aos encantos uma da outra. Pior ainda: estão começando a achar que não querem mesmo resistir...

Delilah Green não está nem aí
Bright Falls #1
Ano: 2022 
Páginas: 336
Idioma: português
Editora: Arqueiro


Delilah não tem nenhuma vontade de voltar para Bright Falls, a cidade onde cresceu e foi criada. Os motivos dessa aversão são sua madrasta e sua irmã postiça, que fizeram questão de mostrar a vida inteira que ela não era bem-vinda, principalmente depois do falecimento de seu pai, fazendo com que Delilah se sentisse nada mais que um peso, uma obrigação, e esse sentimento viveu com ela até a fase adulta. Mas agora as coisas mudaram.

Com casamento de Astrid, sua irmã postiça, se aproximando e o contrato que vai lhe render um respiro financeiro a mulher precisa voltar a cidade que tanto detesta, mas pelo menos tem a convicção de que pode irritar a irmã no processo de registro do casamento, para o qual ela foi contratada como fotógrafa. A volta para “casa” também lhe faz reencontrar Claire, uma das melhores amigas de Astrid e por quem Delilah tem uma queda desde a adolescência. Para sua surpresa, a mulher também demonstra interesse nela, pelo menos até saber quem ela é.

Claire teve uma vida difícil, foi mãe muito nova e o pai da menina acabou lhe abandonando, assim como muitas outras pessoas fizeram em sua vida. Ela não tem interesse em se envolver com mais ninguém, até porque não sabe viver apenas um caso, mas a chegada de Delilah a cidade desperta em Claire algo novo, algo que ela ainda não havia sentido e para o qual não está pronta.

O desenrolar dessa história é cheio de bons momentos, a descoberta de um romance arrebatador e o confrontar do passado. Delilah e Claire vão se redescobrir juntas, além de aprenderem a lidar com suas histórias, revelando pontos de vista que até então não eram possíveis para elas. Em seu romance de estreia para o público adulto, Ashley trouxe mais do que um romance lgbtqiap+, ela trouxe o despertar de sentimentos e o aprendizado de como lidar com o passado, ou melhor, o quanto precisamos aprender a lidar com ele.

É um romance fofo e delicado sim, mas também é um misto de emoções que prende o leitor, diverte e traz aquele gostinho de quero mais que só uma boa escrita é capaz de trazer, além de trabalhar os vínculos familiares com sinceridade e paciência. Eu amei essa obra e Delilah tem meu coração não só por ser uma personagem incrível, mas também pelo ranço compartilhado por Morro dos Ventos Uivantes, desculpa aí os amantes da obra, mas a Del concorda comigo (hehe).

Acho que já deixei claro com todas as letras que essa obra vale a pena todo o seu tempo e que me apaixonei por ela, né? Pois bem, já quero ver mais obras da Ashley despontando aqui no Brasil e por favor, Arqueiro, vamos trabalhar nisso. 

Agora quero saber de você, já conhece Delilah Green ou não está nem aí para ela? Vamos conversar.

Eu beijei Shara Wheeler, Casey McQuiston


 

Da mesma autora de Vermelho, branco e sangue azul, uma história cheia de reviravoltas sobre o que acontece quando você se apaixona pela pessoa que menos espera.
Chloe Green está a um passo de terminar o ensino médio e deixar False Beach, a cidadezinha ultraconservadora onde vive, para trás. Mas, antes disso, ela tem um último objetivo a cumprir: ser eleita a melhor aluna do colégio e a oradora da turma. Seu único obstáculo? Shara Wheeler, a garota mais popular da cidade, que arranca suspiros por onde passa.
Só que, faltando pouco mais de um mês para a formatura, Shara simplesmente desaparece. Todos são pegos de surpresa, mas Chloe tem um motivo a mais para ficar chocada: um dia antes, Shara a tinha beijado na boca sem maiores explicações.
Decidida a encontrá-la para tirar a história a limpo, Chloe logo se vê em uma busca bastante inusitada: Shara espalhou vários cartões pela cidade, dando pistas sobre o seu paradeiro e revelando uma personalidade até então desconhecida — e que pode mudar completamente os planos de Chloe.

Eu beijei Shara Wheeler
Ano: 2022 
Páginas: 352
Idioma: português
Editora: Seguinte

Chloe Green tem certeza de que Shara Wheeler sumiu para lhe pregar uma peça épica, depois de anos de rivalidade mal contida, as vésperas de finalmente conseguir vencer a garota mais popular da escola, Chloe tem seus planos ameaçados com o desaparecimento da sua rival, mas não é só isso, antes de sumir Shara Wheeler beijou Chloe e depois de uma breve investigação a jovem descobre que não foi só ela a quem Shara iludiu.

Seguindo as pistas deixadas por Shara sobre o seu desaparecimento, Chloe vai começar a ter certeza de que sua arqui-inimiga acadêmica esconde realmente muitos segredos e que ela não é bem a garota certinha que todos pensam, além disso a garota vai perceber que nem todos na Escola Cristã de Willowgrove são de fato o que parece ser.

Esse é um daqueles livros que enganam pela capa e além de trazer um suspense saudável também carrega uma crítica social muito bem escrita sobre a realidade de algumas escolas “cristãs”, onde pregam o amor de Deus como uma forma de punição e não de fato como ele é “amor”, puro e simples.

Casey McQuiston consegue prender o leitor do começo ao fim com sua narrativa fluída, bem-feita, cheia de representatividade e reviravoltas brilhantes, nos mostrando que nem tudo é como pensamos e que as aparências realmente enganam. Em um livro cheio de bons pensamentos e que entrega mais do que promete, pois para quem olha para ele como apenas um romance clichê, pode ter certeza de que ele vai surpreender com tudo que aborda.

Confesso que peguei esse livro para ler com expectativas baixíssimas, pensando que seria apenas mais um romance e realmente me surpreendi, então quero convidar você que ainda não leu a conhecer essa obra e se surpreender também. Me conta aqui, já conhece essa história? Vamos conversar!


A estratégia do charme, Alison Cochrun



A estratégia do charme é uma comédia romântica encantadora sobre amores improváveis, aparências enganosas e personagens que precisam superar traumas e preconceitos para viver um conto de fada de verdade.
Dev Deshpande tem o trabalho dos sonhos: como o mais bem-sucedido produtor da história do reality show Para todo o sempre, ele cria contos de fada e ajuda os participantes a viverem uma história de amor perfeita. Mas seu histórico impecável fica ameaçado quando Charlie Winshaw é escolhido como protagonista da nova temporada. No papel, o empresário e prodígio da tecnologia parece o Príncipe Encantado perfeito, mas, na realidade, Charlie é o pesadelo dos produtores – ele não acredita em amor verdadeiro e só aceitou participar do programa para recuperar sua imagem profissional após alguns incidentes.
Enquanto o programa os leva para destinos paradisíacos ao redor do mundo, Dev tenta ajudar Charlie a se conectar com alguma pretendente. No entanto, conforme os dois se aproximam, fica claro que a química entre eles não pode ser ignorada. Agora, precisam decidir qual história de amor contar: a que Dev fabricou diante das câmeras ou a que viveu com Charlie nos bastidores.

A estratégia do charme
Ano: 2022
Páginas: 328
Idioma: português
Editora: Paralela


Quando Dev tinha dez anos ele assistia ao programa que hoje é o seu trabalho de maior sucesso e amor. Para Todo o Sempre é um reality show que tem por objetivo casar duas pessoas, pelo menos é o que mostra na frente das câmeras com um príncipe e suas princesas mas, por trás, a coisa é muito diferente do que as pessoas veem. A temporada da vez apresenta Charlie, um multimilionário do ramo tecnológico que quer melhorar sua imagem depois de ter sido demitido da própria empresa. Dev vai ser o produtor dele e conhecer esse homem vai acabar lhe mostrando muito além do que ele esperava encontrar.

Charlie tem problemas psicológicos e vive com isso desde os 12 anos, sua família nunca o amou suficientemente para entendê-lo, motivo pelo qual ele saiu de casa aos 16 anos e foi conquistar seu próprio mundo sozinho. Hoje ele é um homem solitário, cuja única amiga é nada mais, nada menos que sua agente, por isso quando surge a oportunidade do programa, por mais que ele saiba que vai ser um fiasco devido aos seus problemas, ele aceita e junto com seu produtor Dev, vai tentar de tudo para limpar a imagem de instabilidade criada sobre ele. O maior problema é que Dev o entende e isso se mostra mais do que Charlie esperava, despertando sentimentos desconhecidos e conflitantes nessa relação.

Uma comédia romântica com drama na medida que conquista o leitor a cada virada de página, destacando a importância de cuidar da saúde mental a todo instante e do quão importante é ter uma rede de apoio sólida que te ame e respeite seus processos. Dev e Charlie descobrem o amor da forma mais conto de fadas possível, se conhecendo diariamente dentro dos erros e acertos que cercam o programa, mesmo sabendo que o romance deles não deve acontecer devido ao motivo para Charlie está ali e Dev ser a pessoa que iria lhe ajudar.

Alison Cochrun traz para os leitores um enredo divertido, apaixonante e cheio de significados, que tornou o meu setembro bem mais especial, uma leitura necessária sobre saúde mental e luta pelos direitos da comunidade queer, misturada a um romance fofo que vai tirar o fôlego e surpreender. Para quem ainda não leu esse livro eu super recomendo, fora toda a representatividade que ele carrega do começo ao fim, foi lindo de ler.

Você já conhece essa obra? Vamos conversar, me conta aqui o que achou dela.




Fica entre nós, Sophie Gonzales e Cale Dietrich

 

O que fazer quando você é um dos integrantes da banda mais popular dos últimos tempos, e o que mais deseja é o garoto que canta ao seu lado?
Ruben, Zach, Angel e Jon: é praticamente impossível encontrar um adolescente que não conheça esses nomes ou não tenha o pôster de um deles no quarto. Juntos, eles fazem parte da Saturday, uma das bandas de maior sucesso do momento. O que ninguém imagina é que a personalidade pública dos garotos é controlada pela agência da banda, e por isso Ruben precisa esconder que é gay – e que está a cada dia mais apaixonado por Zach.

Até que eles partem para uma turnê na Europa e, depois de uma festa, Zach e Ruben se aproximam de uma forma que nenhum dos dois esperava, deixando óbvio que ambos não se viam apenas como amigos. Agora, os garotos vão ter que dar um jeito de viver essa relação sem que ninguém desconfie. Entre altos e baixos, Zach e Ruben vão descobrir mais sobre si mesmos e sobre o preço que estão dispostos a pagar para viver os próprios sonhos.

Fica entre nós
Páginas: 416
Idioma: português
Editora: Seguinte

Ruben tem entendimento sobre a sua sexualidade desde os 16 anos e sempre quis assumir isso ao mundo, porém por ser integrante de uma boyband de sucesso ele precisa seguir as regras dos chefes e manter em segredo sua opção sexual, afinal a narrativa de garotos heteros deve ser mantida a todo custo para que os outros não sejam prejudicados, pelo menos essa é a ideia que a empresa passa ao jovem.

Zach nunca imaginou que gostasse de garotos, muito pelo contrário, ele sempre namorou garotas, inclusive sempre se apaixonou por elas, mas desde que turnê começou, ele tem tido certos sentimentos por seu melhor amigo e colega de banda Ruben, a questão é saber se esses sentimentos estão sendo causados apenas pelo estresse da turnê ou se eles sempre estiveram lá e ele nunca percebeu.

A descoberta de um novo amor sempre traz seus medos e inseguranças, mas para Ruben e Zach existe algo mais, o silêncio que precisa ser mantido devido as regras da empresa começa a fazer com que não só eles, mas seus outros colegas de banda, Jon e Angel, comecem a perceber o quão presos estão o que pode levar a consequências arriscadas e escolhas capazes de destruir toda a banda.

Sophie e Cale entregam, em uma narrativa fluida e delicada, as nuances da vida sob os holofotes e o quanto a homofobia está impregnada na vida das pessoas, como são capazes de calar uns aos outros apenas para manter o sucesso que a falta de informação pode trazer, abrindo o questionamento de: até onde devemos ir em prol dos outros sem prejudicar a nós mesmos e o quanto os outros podem nos cobrar sem que sejamos silenciados?

O livro é uma carta forte e muito bem escrita que vai deixar o leitor com inúmeras perguntas, mas também cheio de respostas sobre o quão tóxicas podem ser as indústrias de entretenimento e o quanto nossos ídolos podem estar sofrendo em silêncio apenas por um contrato. Eu que sou fã de uma mega boyband, coloquei meus meninos naquele lugar e imaginei o que poderia vir a acontecer se eles finalmente soltassem a voz, será que os fãs se surpreenderiam? Não importa o que seja, apoiar quem a gente gosta, seja artista ao próximo sempre deve ser a primeira escolha.

Agora me conta você, já conhece essa obra? Também é fã de alguma boyband? Vamos papear!



Romance Real, Clara Alves


Dayana deixou o Rio de Janeiro para trás e está de mudança para Londres. Há pouco tempo, seu maior sonho era visitar o país da One Direction, sua banda preferida, mas agora ela tem certeza de que está vivendo um pesadelo. Depois de dez anos sem encontrar o pai, ela se vê obrigada a morar com o homem que a abandonou, a mulher dele e sua filha ― a família perfeita que Dayana nunca teve. Tudo isso enquanto tenta lidar com o luto pela morte recente da mãe.O que ela não imaginava era que, logo em seus primeiros dias ali, iria esbarrar em uma ruiva charmosa pulando as grades do Palácio de Buckingham. À medida que se aproximam e se ajudam a enfrentar os conflitos pelos quais estão passando, as duas se apaixonam. Mas Dayana tem certeza de que a garota está escondendo algo sobre sua relação com a família real…
Será que Londres conseguirá curar o coração de Dayana e dar a ela um final feliz?

Romance real
Ano: 2022 
Páginas: 264
Idioma: português
Editora: Seguinte

Dayana recebeu esse nome em homenagem a Lady Di. Sua mãe, apaixonada pela realeza e por tudo que envolvia Londres, colocou na filha todo esse amor, mas agora ela se foi e Dayana está indo viver justamente onde sempre sonhou estar com sua maior fonte de inspiração, em Londres. A vida não foi fácil para a garota que viu o pai mudar de vida aos seis anos e, nesse processo, lhe abandonar, agora que se encontra sem a mãe, ela precisa lidar com a proximidade do pai outra vez e tentar viver no meio de um novo lar, com a culpa que carrega por aquilo que ficou.

Em um novo país, vivendo em uma nova cultura, Day vai encontrar o primeiro amor que, por sinal, tem o nome parecido com o seu. Juntas, Dayana e Diana vão se descobrir uma na outra e desvendar os segredos que as levaram até ali, sendo que o segredo de Diana é bem mais profundo do que se possa imaginar e envolve nada mais, nada menos do que a maior obsessão da mãe de Day: a Família Real.

Enlaçada pelo destino, Dayana vai precisar se entender e se encontrar em meio a tantos problemas, percebendo em Diana um porto seguro diferente daquele que ela perdeu, além de poder aprender com o convívio que seu pai não é exatamente o monstro que ela pintou em meio ao abandono. 

Clara Alves conseguiu retratar em sua escrita a dor da perda, os desafios do recomeço e as inibições que o sentimento de culpa pode causar na vida de uma pessoa, trazendo para os leitores uma história rica de aprendizados e cultura, além de um romance muito divertido de acompanhar.

Romance Real é uma mistura de ensinamentos, momentos fofinhos, representatividade e cultura que faz o leitor querer pegar o primeiro avião para Londres. Pena que a gente não pode, né? Por enquanto! Mas Clara nos faz sonhar com sua escrita, além de tocar num ponto bastante sensível que é viver o luto e recomeçar a partir de uma perda. Eu que ainda estou vivendo as fases do meu luto, me vi representada por Dayana em vários momentos e ainda estou chorando enquanto escrevo essa resenha, ou seja, Clara Alves conseguiu me tocar inteiramente com sua escrita, para ela meu muito obrigada. Agora me conta você, já leu algo da Clara? Curtiu? Vamos conversar!

Em águas profundas, F. T. Lukens


Reis, piratas e seres mágicos em um mundo de aventuras.
Tal é um jovem príncipe que viveu nas terras do reino de sua família. Ao longo dos anos, ele passou por um rigoroso treinamento para aprender a controlar a própria magia. Agora, aos 16, ele tem a oportunidade de realizar uma viagem ao lado do irmão mais velho, para explorar o reino e navegar por águas misteriosas, antes de assumir funções políticas oficiais. E a aventura começa quando ele é encarregado de vigiar um misterioso prisioneiro encontrado num barco abandonado. Tal se distrai com a forte conexão que logo estabelece com Athlen, que aproveita para fugir e desaparece em mar aberto. Ainda sem conseguir processar aqueles breves momentos, ele é sequestrado por piratas e mantido como refém para que revele seus poderes: algo que pode fazer explodir uma guerra e destruir toda a sua família.

Uma narrativa repleta de magia, piratas, conflitos e intrigas reais! Em águas profundas despertará sua paixão por fantasia e personagens carismáticos com um romance como a espuma do mar.

Em Águas Profundas
F.T. Lukens
Ano: 2022 
Páginas: 240
Idioma: português
Editora: Faro Editorial


Tal terá sua primeira viagem diplomática após anos enclausurado no Castelo Real para evitar que os rumores sobre ele ter magia fossem espalhados aos quatro ventos. Mesmo que essa fofoca tenha se espalhado de qualquer forma, a melhor forma de evitar os curiosos era se fingir de inocente.

O que ele não esperava era que um misterioso rapaz chamado Althen iria fisgar a sua atenção após o salvarem de um barco em chamas. Mas como água escorrendo pelos dedos, o primeiro desencontro entre eles é marcado por muita emoção, até que Althen e Tal se encontram novamente.

O problema acontece quando mercenários colocam a mão em Tal, exigindo que ele demonstre o seu poder, para que eles obtenham o que lhes foi ofertado, resultando em uma possível guerra entre os reinos.

Sabe uma pessoa encantada? Pois é! Foi como eu fiquei ao ler essa história. Nessa aventura náutica nós não somos apresentados a um universo descrito, magias elaboradas e nem nada do tipo, e sim, como o romance entre dois jovens acontece em meio ao caos, mas com um salvando o outro.

Tal tem total consciência de sua magia e de como ela pode ser usada tanto para o bem, quanto para o mal, então evitar que pessoas erradas tenham acesso a esse poder é o ponto principal de sua vida, mas claro que nem sempre isso dá certo, e é aí que vemos um show de ação, manipulação de fogo e socos e mais socos, pois haja luta nessas páginas!

É notável o amadurecimento de Tal durante a história, e como a influência de Althen nisso tudo é favorável a esse fato. Falando em Althen, que charme! Como as lendas dizem, é impossível não se apaixonar por uma sereia, ou tritão, no seu caso.

Espero que essa história possua uma sequência, pois senti que alguns pontos ficaram em aberto, e aquele desfecho meio que deixou claro que ainda há coisa a acontecer nessa história, então fico aqui esperando novidades!




Última Parada, Casey McQuiston



Aos vinte e três anos, August Landry tem uma visão bastante cética sobre a vida. Quando se muda para Nova York e passa a dividir apartamento com as pessoas mais excêntricas ― e encantadoras ― que já conheceu, tudo o que quer é construir um futuro sólido e sem surpresas, diferente da vida que teve ao lado da mãe.
Até que Jane aparece. No vagão do metrô, em um dia que tinha tudo para ser um fracasso, August dá de cara com uma garota de jaqueta de couro e jeans rasgado sorrindo para ela. As duas passam a se encontrar o tempo todo e logo se envolvem, mas há um pequeno detalhe: Jane pertence, na verdade, aos anos 1970 e está perdida no tempo ― mais especificamente naquela linha de metrô, de onde nunca consegue sair.

August fará de tudo para ajudá-la, mas para isso terá que confrontar o próprio passado ― e, de uma vez por todas, começar a acreditar que o impossível às vezes pode se tornar realidade.

Última Parada
Casey McQuiston
Ano: 2022 
Páginas: 400
Idioma: português
Editora: Seguinte

August se mudou para uma nova cidade com tudo que tinha, mudou de faculdade, de curso, mudou completamente sua vida para tentar dar um rumo pra si mesma e fugir das investigações de sua mãe que não estavam indo a lugar algum. Desajeitada dentro e fora de si mesma, a bela jovem nunca sentiu que pertencesse a um lugar e essa mudança chega na tentativa de encontrar esse pertencimento.

Na linha Q da estação de metrô, depois de muito procurar por algo que lhe prendesse, finalmente August se depara com Jane, uma jovem solitária que lhe ajuda em um momento de necessidade. A partir desse encontro os destinos das duas estão laçados por algo que não tem explicação e o lado investigativo de August, aquele do qual ela tanto fugiu, volta à tona, trazendo junto aos seus extintos a necessidade de encontrar respostas sobre si mesma, sobre Jane e sobre tudo que aconteceu em 1977 quando o apagão modificou mais do que apenas memórias.

“Ninguém sabe quem é, e adivinha? Isso não quer dizer porra nenhuma”.

Narrado em terceira pessoa, mas com foco principal em August, o livro se passa em 2020, porém com um vórtice no tempo que permite memórias de outros anos, além da investigação sobre 1977. A linha do tempo é apaixonante, cheia de descobertas e reviravoltas que fazem o leitor se prender a narrativa do começo ao fim.

Embora seja um livro gostoso de ler, alguns acontecimentos me deixaram com medo de não concluir a história de uma forma positiva, afinal o romance é lindo, as amizades são incríveis, mas o vórtice no tempo confunde o leitor e acredito que poderia ter sido melhor explicado logo no começo, o que nos daria uma visão melhor de toda a situação.

“Às vezes é importante ficar triste, August. Às vezes a gente tem que sentir certas coisas justamente porque elas merecem ser sentidas”.

É um livro apaixonante e a escrita da autora é impecável, se não fosse o problema com a inclusão dessa mudança de tempo, acredito que teria aproveitado a leitura ainda mais. Claro que essa foi a minha experiência pessoal e, provavelmente, outras pessoas tiveram experiências melhores que a minha, mas não muda o fato de que o livro é lindo e merece sim ser lido para que todos possam tirar suas próprias conclusões.

Enfim, por hoje é só, me conta aqui se já leu essa obra e o que achou, vamos papear, eu vou amar!

Sem amor, Alice Oseman



VENCEDOR DO PRÊMIO YA BOOK DE 2021
O quarto romance da talentosa Alice Oseman, autora de Solitaire e da série de histórias em quadrinhos Heartstopper - que em breve será uma grande série da Netflix.

Estava tudo afundando. Eu nunca tive uma queda por ninguém. Nem meninos, nem meninas, nem uma única pessoa que eu já conheci. O que isso significa?

Georgia nunca se apaixonou, nunca beijou ninguém, nunca teve uma paixão - mas como uma romântica obcecada por fanfic, ela tem certeza que vai encontrar sua pessoa um dia.

Quando ela começa a universidade com seus melhores amigos, Pip e Jason, em uma cidade totalmente nova longe de casa, Georgia está pronta para encontrar romance, e com sua colega de quarto extrovertida ao seu lado e um lugar na Sociedade Shakespeare, seu 'sonho adolescente' é discernimento.

Mas quando seu plano de romance causa estragos entre seus amigos, Georgia acaba em sua própria comédia de erros, e ela começa a questionar por que o amor parece tão fácil para outras pessoas, mas não para ela. Com os novos termos lançados sobre ela - assexual, aromântica -, Geórgia está mais incerta do que nunca sobre seus sentimentos.

Ela está destinada a permanecer sem amor? Ou ela está procurando a coisa errada o tempo todo?

Sem Amor
Quanto mais ela vai ter que esperar pelo seu felizes para sempre?
Ano: 2021 
Páginas: 480
Idioma: português
Editora: Rocco

Para Georgia War, começar uma vida de universitária sem nunca ter beijado alguém era inviável, enquanto seus amigos e colegas de escola já estavam com a vida sexual ativa, ela só tinha tido crush em um garoto e mesmo assim, as chances de que algo fosse mesmo acontecer eram praticamente nulas, até chegar à formatura e ela de fato ter uma chance de beijar o seu “garoto dos sonhos”. 

O que poderia ter sido seu primeiro beijo se torna um verdadeiro inferno e Georgia se questiona sobre o porquê não conseguiu ir além, de onde surgiu todo o seu asco pelo garoto que ela imaginou ser o seu crush supremo? Será que ela não gostava de meninos? Ou ela, uma grande apaixonada por romances, ainda não tinha encontrado o amor verdadeiro? 

É na faculdade que Georgia vai finalmente começar a se conhecer, sua sexualidade finalmente vai entrar em questão e ela vai precisar aprender a lidar com algo, até então, desconhecido para ela. Algumas pessoas vão ser cruciais para que ele encontre a chave do negócio, mas antes disso, ela vai precisar lidar com seus próprios problemas internos e o seu grande medo de nunca se apaixonar. 

“Eu não sei se já senti que ser eu mesma era... bom”.

Narrado em primeira pessoa, a história retrata a vida de uma jovem que está se descobrindo, que vai precisar lidar com sua sexualidade de uma forma muito mais direta e impactante do que imaginou, além disso, conforme ela vai passando pelas fases de suas descobertas, consegue levar o leitor ao entendimento sobre outras nomenclaturas que se encaixam na sigla LGBTQIA+. 

Esse livro vai além de uma história de amor-próprio, ele vai ensinar, entreter e nos mostrar o valor de uma verdadeira amizade a cada virada de página, pois se não fossem os amigos que a Georgia tem e os que ela encontra no caminho, jamais teria sido fácil passar por tudo que ela passou. 

“Ninguém precisava experimentar uma coisa para saber que não gostava mesmo daquilo. Eu sabia que não ia gostar de pular de um avião. Eu definitivamente não precisava experimentar para provar”.

O apoio emocional a todos aqueles que estão se descobrindo, é algo que vai ser tratado bastante no enredo dessa história e principalmente aprender a lidar com as diferenças, afinal ser diferente não é esquisito ou errado, ser diferente é ser original. Nem preciso dizer que me apaixonei, não é mesmo? Confesso que não foi uma leitura fácil, mas valeu cada segundo do meu tempo. 
Agora me conta você, já leu essa obra? O que achou? Vamos papear. 

Moletom, Júlio Azevedo



Em 'Moletom', Julio Azevedo — o jovem autor da página de mesmo nome do Facebook — mostra, por meio de uma narrativa envolvente e ilustrações poéticas, que não adianta tentar fugir dos problemas: eles nos perseguem até que os encaremos de frente. Seu protagonista, Pedro, está fugindo de algo. Ele acaba de chegar em uma nova cidade, onde ficará hospedado na casa da tia por algum tempo, e essa mudança representa para ele um recomeço, um escape de algo que está causando uma grande angústia. Assim que chega a esse novo ambiente, no entanto, ele conhece Lucas, um garoto que despertará exatamente os sentimentos que ele estava tentando evitar.

Moletom
Julio Azevedo
Ano: 2017 
Páginas: 168
Idioma: português
Editora: Globo Alt

Fugindo dos problemas e discussões com a família, Pedro sai de casa para passar um tempo na casa de sua tia 

Mas no caminho de Pedro tinha uma cafeteira e nela trabalhava um barman encantador que faria o coração de Pedro se sentir vivo mais uma vez. Com um papo gostoso, esse encontro inusitado transforma Pedro e Lucas em amigos que se admiram e essa amizade logo vira um romance daqueles de aquecer o coração, mas com prazo de validade. Afinal, Pedro ainda tem que voltar pra casa.

Com uma leveza surpreendente, mesmo nos momentos mais tensos, Júlio Azevedo nós entrega um texto fácil e gostoso de ler, cheio de ilustrações e poemas que encantam ainda mais. Além da narrativa impecável, os personagens muito bem construídos, daqueles que poderiam ser seu vizinho do lado. Quero destacar a tia Marina, solteirona excêntrica (palavras de Pedro!), fada sensata, que também já teve seus parrengues com a família, que o apoia mas também puxa a orelha. E a prima Amanda, garota descolada e aquela amiga sinceros que todo mundo precisa ter.

A história também traz temas pesados como a violência contra a comunidade LGBTQIA+, a intolerância e a não aceitação por parte da família. Mas também fala de redenção e de como o amor pode curar e transformar dor em alegria. 

Moletom é daqueles livros curtinhos que você lê em um dia, mas que vai deixar o seu coração marcado por muito tempo. 

Aristóteles e Dante Mergulham nas Águas do Mundo, Benjamin Alire Sáenz


Na aguardada continuação de Aristóteles e Dante descobrem os segredos do Universo, Ari e Dante vão lutar com todas as forças para transformar o mundo em um lugar onde possam ser livres juntos e sem medo.
A vida de Aristóteles mudou completamente desde que conheceu Dante Quintana. Com Dante, Ari aprendeu a achar graça nas pequenas coisas da vida e descobriu o coração enorme que tem, capaz de amar muitas pessoas ― inclusive outro garoto.
Agora, os dois estão prestes a começar o último ano do ensino médio e, mesmo sabendo que em breve terão que fazer escolhas importantes para o futuro, estão se abrindo para novos amigos, novos lugares e para as próprias famílias ― até que Ari sofre uma perda terrível e, mais do que nunca, precisará do apoio de Dante.

Nesta continuação de Aristóteles e Dante descobrem os segredos do Universo, reencontramos nossos heróis no momento em que o primeiro romance termina, para seguir com eles pelas águas de um mundo novo, que pode ser perigoso e difícil, mas também vasto e cheio de possibilidades.

Aristóteles e Dante Mergulham nas Águas do Mundo
Aristóteles e Dante #2
Ano: 2021 
Páginas: 448
Idioma: português
Editora: Seguinte

Era pelo amor que lutávamos todas as nossas batalhas.


Era pelo amor que vivíamos e morríamos.

Era com o amor que sonhávamos ao dormir.

O amor era o ar que queríamos respirar quando acordávamos para cumprimentar o dia.

O amor foi a tocha que você carregou para sair da escuridão.

O amor tirou você do exílio e lhe deu uma cidadania.

Sabe quando você lê um livro tão bom, mas tão bom que fica com medo da continuação estragar tudo? Eu tinha esse receio em relação a esse livro...

Confesso que o autor me encantou de tal maneira com a história de Ari e Dante que tive receio do que estaria por vir. Mas quero agradecer ao Benjamin Alire Sáenz por escrever uma história ainda mais linda que a primeira! 

Estamos no final da década de 80 e Ari e Dante estão apaixonados e vivendo o primeiro amor de ambos. Mas, junto com as delícias e descobertas desse relacionamento, eles também precisam lidar com seres humanos preconceituosos e ignorantes que não conseguem reconhecer o verdadeiro amor quando se deparam com ele. 

Também é um período turbulento em que casos de AIDS se espalham vertiginosamente pelo mundo e a doença é considerada doença de homossexuais. Tendo que enfrentar tudo isso, além do luto e da distância iminente por conta da ida para a universidade, Ari e Dante contam com a ajuda de famílias maravilhosas e de amigos tão incríveis que nem eles tinham noção de que era capazes de despertar tanto carinho nas pessoas. 

Como um livro não vive só de romance, a história de Ari e Dante também traz a tona uma ótima discussão sobre a necessidade do perdão e sobre a importância do diálogo entre pais e filhos, também fala sobre aceitação e sentimento de pertencimento. A narrativa continua cheia de poesia e leveza, mesmo quando trata temas delicados como mortes e perdas. 

E continua sendo uma leitura que deixa o coração quentinho. Recomendo muito! 


Não foi por acaso, Vinícius Grossos


Apesar de viverem na mesma cidade, Helena, Miguel e Fernando não se conhecem. Eles têm realidades e vivências completamente diferentes. Por uma armadilha do Destino, no entanto, os três ficam presos dentro do elevador de um hospital.
Ali, naquela pequena caixa de metal, sem vista para nada e sem terem o que fazer a não ser esperar, acabam colocando para fora medos, traumas, sonhos e verdades, e, de uma forma única e transformadora, revelam seus segredos mais profundos.

Não foi por acaso
Páginas: 192
Idioma: português
Editora: Nacional

Por motivo de força maior, o Destino (sim, ele mesmo!) reúne Helena, Fernando e Miguel em um elevador enguiçado de um hospital. Essa atitude drástica é justificada porque o Destino precisava que eles ouvissem outras narrativas para aprender com as experiências dos outros. 

" Vocês sempre sabem. Se não sempre, quase sempre. Lá no fundo, naquele lugarzinho que vocês não gostam de visitar , está escondida uma voz bem fraquinha que sempre mostra o que é sincero e real e o que não passa de belas espirais de fumaça, que somem sem deixar rastro. Assim, repito: vocês sabem, só que, na maioria das vezes, é mais confortável acreditar na mentira que criam para se proteger. Fingir dói menos. Mas só por um tempo. "

Helena tem ansiedade, adora nadar mas se sente inadequada para as piscinas por ser gorda e acaba abrindo mão do que mais gosta. Está indo visitar a mãe que sofreu um acidente. 

Fernando é o rapaz negro, rico, que teve toda a sua vida planejada pela mãe que só  quer evitar que ele passe pelos maus bocados que ela já experimentou por conta do preconceito das pessoas. Mas esses planos não se encaixam com os dele. Está indo visitar a namorada que também sofreu um acidente.

Miguel é gay, baiano e extremamente alto astral, apesar dos perrengues da sua vida. Rejeitado pelo pai e deixado pela mãe para ser criado pela tia, ele é um batalhador. Mas acredita que feriu o coração daquela que mais te deu amor na vida. Está indo visitar a tia Lourdes. 

"... Nem Miguel nem Helena nem Fernando são especiais. Eles são como as outras bilhões de vidas que habitam este planeta e que, vira e mexe, se vêem perdidas em seus próprios problemas, resultado das ações que tomaram por livre e espontânea vontade. Desculpa desapontar. "

Toda a história é narrada pelo Destino que mostra, de maneira extremamente bem humorada, como a gente dificulta o fluxo continuo e simples da vida e o seu trabalho. Aliás, o Destino é o meu personagem preferido dessa narrativa, nunca vi tanto bom senso e tantos conselhos sinceros e úteis em um único personagem! 

Já disse aqui que resenhar livros do Vini poderia se resumir em 'Você tem que ler!' ou 'Essa história vai mexer com você!'. Mas esse livro é diferente de tudo o que o Vini já escreveu. Dessa vez, acredito que você não vai se desidratar como era certo nos livros anteriores, o que não significa que a emoção seja menor. A certeza em Não foi por acaso é de que vai rolar um lance forte de identificação seja com os personagens ou com suas histórias. O que continua na escrita do Vini é a capacidade que ele tem de nos emocionar, de nos tocar, isso não mudou nem um pouquinho.