Em A Coroa da Vingança, terceira e última aventura da série Deuses do Egito, Colleen Houck nos presenteia com um desfecho tão surpreendente e inspirador quanto o elaborado universo mitológico que criou.
Meses após sua pacata vida como herdeira milionária sofrer uma reviravolta e ela embarcar numa vertiginosa jornada pelo Egito, Liliana Young está praticamente de volta à estaca zero.
Suas lembranças das aventuras egípcias e, especialmente, de Amon, o príncipe do sol, foram apagadas, e só resta a Lily atribuir os vestígios de estranhos acontecimentos a um sonho exótico. A não ser por um detalhe: duas estranhas vozes em sua mente, que pertencem a uma leoa e uma fada, a convencem de que ela não é mais a mesma e que seu corpo está se preparando para se transformar em outro ser.
Enquanto tenta dar sentido a tudo isso, Lily descobre que as forças do mal almejam destruir muito mais que sua sanidade mental – o que está em jogo é o futuro da humanidade.
Seth, o obscuro deus do caos, está prestes a se libertar da prisão onde se encontra confinado há milhares de anos, decidido a destruir o mundo e todos os deuses. Para enfrentá-lo de uma vez por todas, Lily se une a Amon e seus dois irmãos nesta terceira e última aventura da série Deuses do Egito.
A Coroa da Vingança
Deuses do Egito #3
Ano: 2018
Páginas: 416
Idioma: português
Editora: Arqueiro
A
Corda da Vingança é o último livro da série Deuses do Egito e, eu não sei
vocês, mas sempre que eu termino uma série de livros, principalmente uma que
venho acompanhando por algum tempo, acabo sentindo uma mistura de felicidade,
perda e a estranha sensação de missão cumprida.
Mas,
sem mais delongas, vamos ao que interessa.
O
livro começa com uma desorientada Lilly acordando na casa da fazenda de sua avó,
sendo surpreendida por vozes estranhas dizendo loucuras dentro de sua cabeça
(essa parte, por sinal, foi bastante engraçada, pontos para você Colleen!).
O
que acontece é que ela, na verdade, perdeu as memorias de ter conhecido Amon, de
se apaixonar, de viajar com ele, de Seth, das maldições, de TUDO, e, como se
não bastasse isso, a última coisa que ela consegue lembrar é a sua visita ao
museu, de momentos antes de sua vida mudar completamente.
Mas,
independentemente de sua perda de memória, Lilly precisa se preparar para o que
está vindo para ela, se preparar para cumprir o seu destino, para a grande luta
e, para isso, deverá treinar e aprender a lidar com suas habilidades para
proteger o destino da humanidade.
Só
isso mesmo, um negócio bem água com açúcar. Viver com uma fada e uma leoa
dentro da cabeça, lutar com deuses e maldiçoes, salvar a humanidade do fim do
mundo, voltar para casa a tempo do jantar.
Simples.
Ou
não.
Vamos
ser francos, nunca é!!!Hahaha (estou rindo da minha própria piada, me condenem).
Eu
vou ser franca aqui, eu gostei da parte da perda de memória. É meio novela
mexicana e me lembrou de uma outra série (Existence da Abbi Glines, onde a
protagonista se apaixona pela morte, que meio que sabota o destino dela para
ficar com ela e, como ela é uma mortal, ela é obrigada a perder a memória para
poder escolher entre o seu destino previamente estabelecido ou pela divindade
da morte, por quem ela tinha se apaixonado, de forma que sua decisão seja justa
e não influenciada pelos demais deuses/entidades e etc) (é uma boa trilogia por
sinal, super recomendo haha), mas eu achei que funcionou bem aqui.
A
Lilly do primeiro livro era uma menina que tinha medo de quebrar as regras, de
fugir do padrão estabelecido e exigido pelos seus pais elitistas. Então, ainda
que ela tenha perdido suas memórias, o crescimento que ela teve nos dois livros
anteriores não foi deixado para trás e ela pode se conhecer novamente, se provar
como suficiente, sem a necessidade de um homem bonito a obrigando a fazer isso.
Mas, se por um lado, isso foi interessante, por outro também foi prejudicial.
A
Coroa da Vingança foi um livro bem corrido (apesar de ser, se não me engano, o
mais longo dos três) e, por conta disso, foi, às vezes um pouco confuso.
A
mitologia, como sempre (e como uma marca registrada dos livros da autora) foi
bem apresentada e explorada. Dá para ver que ela fez o seu dever de casa nesse
quesito.
Mas
o problema, para mim, aqui é que com tantas subtramas acontecendo, tantos
personagens em jogo, quem ficou um pouco de lado foi o relacionamento de Lilly
e de Amon. Eu senti falta de um desenvolvimento melhor para o romance deles,
senti falta do Amon do primeiro livro que falava coisas absurdas e engraçadas,
senti falta da interação dos dois e da construção melhor de um relacionamento. Na
verdade, eles não se reencontram por um bom pedaço inicial do primeiro livro e,
embora isso tenha aberto um espaço para o desenvolvimento de outros personagens
e histórias, me deixou um pouco cansada em esperar Amon ser introduzido
novamente.
Outra
coisa um pouco problemática no livro é que com a fada e a leoa na cabeça da
Lilly, às vezes, ficava confuso dizer quem estava falando o quê, sem falar no
fato de que, ao lidar com três personagens ao mesmo tempo, a autora acabou
deixando a protagonista um pouco sem voz e, às vezes, meio perdida pelo caminho,
ainda que essa perda tenha sido equilibrada com a boa dinâmica entre as três
e as tiradas meio insanas que ficavam acontecendo.
Mas
eu gostei da presença mais marcante dos demais filhos do Egito, gostei que
eles tenham ganhado mais espaço e aparecessem, basicamente, para criar discórdia
e dúvidas. Mas eu adorei isso porque eu adoro essas coisas (eu sou irremediável
a esse ponto hahaha). E vamos comentar aqui, Asten QUASE ganhou a minha torcida
(porque sim, eu sou esse tipo de pessoa).
O final
é amarradinho (todas as histórias foram concluídas) mas, como eu disse
anteriormente, deixou a desejar no romance, tendo, na minha opinião, um final
muito repentino. Podia ter enfeitado mais, prolongado mais a sensação de paz
conquistada e deixado um pouco mais cor de rosa ou coisa do tipo, mas sei lá,
eu sou uma pisciana (romântica) sem cura.
Agora,
uma outra coisa que eu reparei, foi a clara influência de outros livros da
autora nesse final de série. Vejam
bem, eu não li a série A Maldição do Tigre, mas foi em alguns eventos do livro
e tenho amigas que leram e me contaram mais ou menos como a história se
desenrola e eu não pude deixar de notar (me corrijam se estiver errada) a
semelhança entre o desfecho de ambas as histórias.
A
Coroa da Vingança finaliza a série Deuses do Egito de forma satisfatória (finais
são sempre complicados) e vai dar aos fãs da série o desfecho que estão esperando!
- Você pode ler a resenha do primeiro livro (Feita pela Dani Aqui)
- Você pode ler a resenha do primeiro livro (Feita pela Dani Aqui)
Mesmo faltando o último livro da saga do Tigre para terminar, eu também já li sobre os desfechos muito parecidos nas duas sagas. Sei lá, penso eu, que talvez seja hora de mudar isso. Tudo bem que o enredo é bom, mas...
ResponderExcluirMesmo com essas igualdades, quero muito poder começar essa saga e em breve. Sou maluca pelas capas e até agora li que o primeiro livro é o melhor!
Beijo