Quem é esse homem batizado Antonio Renato Aragão? Quem é esse artista que há cinco décadas, no cinema e na TV, faz gerações e gerações de brasileiros sorrirem? E o que faz Renato Aragão, aos 82 anos, acreditar que “ainda há muito a fazer”?
Em um dos textos de apresentação de Renato Aragão: Do Ceará para o coração do Brasil , o próprio artista toma a palavra e se dirige ao leitor para dizer: “Este livro é uma forma de saciar a curiosidade que as pessoas... possam ter sobre o percurso que venho fazendo... Bom, esta é uma viagem para dentro de mim. Uma viagem feita de saudades, memória e muita gratidão.”
Rodrigo Fonseca, roteirista e crítico de cinema, é quem nos conduz ao longo desta grande e bela viagem pela vida e alma de Renato Aragão. Baseado nas memórias do artista e em meticulosa pesquisa, o autor nos conta a trajetória de Aragão desde o nascimento em Sobral, no Ceará, em 1935, até o momento em que o criador do Didi assiste ao lançamento da nova geração de Os Trapalhões , em 2017.
Ricamente ilustrado, o livro conta ainda com uma seção de depoimentos de diversas personalidades, tais como: Caetano Veloso, Fernanda Montenegro, Maria Bethânia, Dedé Santana, Cacá Diegues, Daniel Filho, José Padilha, entre tantos outros.
Renato Aragão do Ceará Para o Coração do Brasil
Ano: 2017
Páginas: 304
Idioma: português
Editora: Estação Brasil
Eu tenho um sério bloqueio para ler biografias. Mas como
assim, Mylena? Qual o problema da biografia, ô Gata ?
Simples: se for biografia autorizada, eu sempre acho que
obviamente a pessoa só irá deixar expor fatos que a favoreçam e, se não for
autorizada, imagino que tem muitas chances de que seja manipulada para expor fatos
sensacionalistas.
Portanto, muito dificilmente. leio tampouco resenho este
tipo de livro, mas eis que meu coração deu “uma pirueta, duas piruetas...” ao
ver este ícone da cultura nacional estampando brilhantemente a capa do livro Renato
Aragão, do Ceará para o coração do Brasil.
Este ser, sem sombra de dúvidas, marcou várias gerações, não só por sua irreverência, simpatia, alegria e bondade, mas também por suas honrarias, afinal este cearense, orgulhoso de ser nordestino recebeu,
em 1980, o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e, em 1982, o título de Personalidade Ilustre do Estado do Rio de
Janeiro, ambos concedidos pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Em 1991, tornou-se representante especial do UNICEF e embaixador do mesmo órgão, em prol da infância
brasileira. Foi condecorado chanceler da Ordem do Rio Branco, título concedido pelo MRE, em 1994. Nesse mesmo ano, foi agraciado com a admissão na
Ordem Nacional do Mérito Educativo, no grau de oficial, por indicação do
Ministério da Educação e do Desporto. (fonte Wikipédia)
UAU! Simplesinho o
cara, ne?
Só podia ser ídolo de
muitos, não é mesmo? E eu, que sempre fui fã de carteirinha do maior palhaço do
Brasil, não podia deixar de aproveitar a oportunidade para saber mais detalhes
sobre sua vida e como acompanhei bem a carreira dele numa época que nem existia
direito revista de fofoca quiçá internet saberia, de certa forma, filtrar as
informações apresentadas no livro.
Lá fui eu conhecer a vida
do cara por trás do querido Didi Mocó.
O livro começa com a
apresentação da obra com prefácio de Augusto Cury, do próprio Renato e do escritor-compilador
que conta como realizou seu sonho de conhecer e relatar sobre a vida de Antonio Renato Aragão.
Foi muito interessante
saber sobre a infância e fatos pitorescos da juventude, além de descobrir como ele se
tornou comediante, como conheceu seus parceiros da alegria e como formou a
marca clássica da comédia brasileira, “Os Trapalhões”, que invadia com deboche e
veia circense os fins de noite de domingo. A gente já esperava ansioso a
vinheta, momento em que a família se reunia para rir enquanto esperava o
Fantástico.
Essa nostalgia
evocada me emocionou durante vários
trechos, fosse relembrando personagens como Grande Otelo, Oscarito, entre outros
que acompanhei desde criança, fosse ao ver os cartazes dos filmes estrelados por essa
trupe além dos novos integrantes que surgiam a cada ano. Uma trupe de quatro trapalhões
inestimáveis que souberam dar seu recado em plena repressão e ditadura militar
e que, até hoje, mesmo com outra formação, colocam um sorriso no rosto de quem
os assiste.
‘Renato explica que no
quarteto original cada um tinha seu papel: “Eu era o nordestino que lutava para
vencer, o Dedé era o galã da periferia, o Mussum era o sambista da Mangueira e
o Zacarias, o mineirinho que não queira crescer, um menininho.” ‘
Para mim ,o livro é uma
grande colcha de retalhos sobre fatos, opiniões e relatos de diversas
personalidades sobre Renato Aragão e a sensação que tive ao ler foi de que eu
estava sentada junto com Rodrigo Fonseca ao lado do querido Didi e ele me
mostrava fotos antigas e atuais contando sobre sua história .
Agora de certa forma este
formato de colcha de retalhos tirou um pouco da linearidade cronológica do
livro o que em alguns momentos me deixava um pouco confusa, mas logo logo
entrei no ritmo e percebi como o escritor desejava transmitir sua mensagem.
Amo os Trapalhões, vi meu
irmão muitos anos mais novo amar e também
vi minhas filhas em pleno século XXI
acelerado e com relações fluidas amar , fico feliz em saber que muitos ainda
vão amar pois eles sabem a trancos e barrancos como trazer um humor ingênuo e
gostoso aos corações de tantas pessoas.
A edição está muito bem
construída com uma capa quase emborrachada, folhas amareladas, além de fotos ,curiosidades,depoimentos
e pensamentos de Renato Aragão.
Uma relíquia memorável para os fãs!
5/5 estrelas
5/5 estrelas
Acho que não tem como ser alienado ou alienada no nosso país sem nunca ter visto, lido ou ouvido esse homem! Seja na parte de ajudar, de sempre poder estar tentando ao menos, mudar a vida de muitas crianças, seja na parte de tentar fazer nosso povo sorrir.
ResponderExcluirQuero muito poder conferir essa biografia desse mito, creio que valha muito a pena saber um pouco mais sobre a vida desse grande homem!
Beijo
Justamente, Flor...Um idolo que batalhou em meio a preconceitos e sorrisos. Amo demais !
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