Meu jeito certo de fazer tudo errado

Em 2014, na Bienal do Livro de São Paulo, Klara Castanho foi pedir um autógrafo para Luiza Trigo, que estava lançando seu novo livro. Desse encontro nasceu uma amizade.
Um ano depois, inquieta e cheia de ideias, Klara pediu ajuda de Luiza com o conteúdo de um programa jovem de entrevistas que planejava fazer na internet, baseado no que via no dia a dia. Depois de trabalhar um pouco no que Klara havia escrito, Luiza sugeriu: “Que tal pegarmos esses textos e transformarmos em um livro?”. Klara adorou. Assim surgiu a história de Giovana, uma garota que acaba de se mudar com a família para São Paulo e que, de quebra, precisa encarar os dilemas da adolescência. Obedecer sempre aos pais controladores ou se aventurar em busca de independência? Ignorar suas convicções para andar com o grupinho popular do colégio, ou isolar-se com a amiga tímida e solitária? Viver um grande amor e perder o amigo, ou contentar-se com a friendzone?
O resultado disso tudo são situações e personagens coloridos e autênticos, já que suas dúvidas, erros e acertos foram inspirados nas vivências das próprias autoras. E isso mostra um pouco do motivo pelo qual elas compartilham a paixão pela leitura: com ficção podemos exprimir grandes verdades.
Meu Jeito Certo de Fazer Tudo Errado
Ano: 2017 
Páginas: 384
Idioma: português
Editora: Arqueiro

Giovana, ou melhor, Nanna é uma garota de Campinas – SP, uma menina com estilo próprio e que está no auge dos seus 15 anos, em sua cidade ela é taxada como a esquisita, a nerd, a garota fora dos padrões e os seus melhores amigos são os seus primos. Mas com isso ela sabe lidar, são 15 anos vivendo na mesma cidade, frequentando os mesmos ambientes, fazendo as mesmas coisas, logo ela aprendeu a lidar com isso muito bem, porém as coisas estão mudando, afinal a empresa dos seus pais cresceu e agora eles estão indo morar em São Paulo – SP.

Embora não esteja confortável com a mudança, a jovem acaba admitindo que ali ela pode ser aceita, percebe que o seu estilo não será mais tão mal visto pelos outros e que finalmente ela vai poder fazer amigos de verdade, porém as coisas não são exatamente tão perfeitas assim e Nanna vai precisar aprender a lidar com coisas que antes não havia lidado, além de se envolver em um romance que talvez não seja bem o que ela espera.

“Eu me sinto confortável perto do que é conhecido, porque tenho a sensação de que estou segura. ”

Esse livro apresenta o dilema de várias pessoas no mundo atual e não apenas dos adolescentes, a necessidade de ser aceito por algo ou alguém é gritante na nova geração que se formou e isso vem causando cada vez mais pessoas doentes, influenciáveis e medrosas, pessoas que o simples fato de não pertencer a um “padrão” imposto pode causar tormentos incuráveis.

O que não me agradou nesse livro não foi a questão abordada, considero ela de suma importância, porém a personagem sabe o tempo inteiro o que está fazendo e mesmo assim ela prossegue, considerando em alguns momentos que aquele erro é bom, mas logo em seguida se contradizendo, esse comportamento foi o que me fez diminuir a pontuação do livro.

Quando o personagem se constrói na história é bem interessante e faz o leitor querer mais, porém nesse livro a personagem se perde, ela começa com todo um parâmetro bem trabalhado no início da história e vai se perdendo, a forma como Nanna aborda determinados temas, sabendo que são errados e mesmo assim fazendo é o que mais me incomoda.

“Existem vários tons entre o preto e o branco. Você precisa parar de achar que só existem essas duas cores. ”

Sabemos que existem muitas influências erradas hoje em dia, que no meio de tanta informação querer experimentar algo novo é normal e que errar também é normal, mas aqui encontramos uma personagem que tem toda uma instrução na vida e mesmo assim comete erros que lhe prejudicam e, no final, acaba culpando outras pessoas por seus erros, sendo que o tempo todo ela sabe que ela é a grande culpada.

Diante das minhas opiniões não estou dizendo que “não leia o livro”, quero te dizer que, por favor, leia esse livro principalmente se você tem 15 anos, aprenda com a Nanna o que é certo e errado, forme as suas próprias opiniões sobre a história, tire suas próprias conclusões, pois isso é primordial. Além de tudo o livro tem muito a ensinar e uma parte dele é bem fofa, então vale o esforço, mas se no final você tiver a mesma opinião que eu, vem cá conversar, caso contrário, vem também, é sempre bom ter novas opiniões por aqui.

Por hoje é só, mas volto logo com mais, um super beijo, fiquem com Deus e até breve!


Um comentário

  1. Eu adoro nossa literatura nacional e amo muito livros mais juvenis..rs
    Sei lá, sempre me remetem a situações que já vivi e adoro sentir essa nostalgia!
    Como ainda não conhecia o livro, já quero para ontem poder conferir!!!!
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na Flor

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