A sequência do best-seller internacional O Projeto Rosie.
O Projeto Rosie foi concluído, e Don e sua amada estão morando em Nova York. Ele é professor na Universidade de Columbia, e Rosie cursa o primeiro ano do programa de doutorado em medicina. Tudo vai muito bem até o dia em que ela anuncia: “Estamos grávidos.”
Diante do desafio ainda maior do que encontrar uma esposa, Don não vê alternativa a não ser iniciar o Projeto Bebê. Ao tentar definir os protocolos para se tornar pai, usando seu estilo de pesquisa peculiar e suas habilidades sociais – ainda baixíssimas –, Don, é claro, acaba se metendo em várias confusões e mal-entendidos. Agora ele corre o risco de ser processado, deportado, de perder a credibilidade profissional e, o pior, de perder Rosie para sempre.
Prepare-se para rir, chorar e se emocionar novamente com o professor de genética mais carismático de todos os tempos.
O Efeito Rosie
Projeto Rosie # 2
Ano: 2016
Páginas: 416
Editora: Record
Algumas resenhas são mais difíceis de
escrever que outras. A resenha de O Efeito Rosie me deixou meio doida.
O Efeito Rosie começa mais ou menos alguns
meses depois do final de O Projeto Rosie. O Don e a Rosie estão casados,
morando em Nova York e, aos poucos, se adaptando a vida de casados quando a Rosie
anuncia algo que mudará completamente a dinâmica entre eles.
(...) depois de dez meses e dez dias de casamento, eu ainda estava me adaptando ao fato de ser um dos componentes de um casal. Ás vezes eu ficava mais tempo do que o estritamente necessário no banheiro.
Antes de falar qualquer coisa, se você leu
a minha resenha de O Projeto Rosie (resenha aqui), você vai ver o quanto eu
amei o primeiro livro.
Mas ai, você me pergunta, porque foi tão difícil
escrever essa resenha?
A questão é que enquanto O Projeto Rosie tinha
um tema muito mais leve e com mais humor, O Efeito Rosie abre caminho para a discussão
de assuntos que, ainda que interessantes, são mais pesados e, de certa forma, fogem do tom do primeiro livro.
Desde o começo percebemos que o Don é uma
pessoa peculiar. Durante a leitura do primeiro livro eu tinha a impressão que
ele possuía um certo grau de autismo (em nenhum momento é dito o que o Don tem).
No começo do segundo livro o Don se encontra
casualmente, no que ele denomina de ’incidente do atum azul’, com uma
assistente social completamente ridícula e antiprofissional. Depois de uma
conversa de 5 minutos com o Don, ela determina que ele é uma pessoa incompatível
para estar casado, uma pessoa que deveria estar sendo acompanhada restritamente
por profissionais da área da psicologia e que, por incompetência pessoal e para
evitar a transferência de suas peculiaridades, deveria evitar a todo custo ter filhos.
Eu vou ser honesta aqui com vocês. Me deu
vontade de jogar o livro na parede e meter o dedo na cara dessa mulher e dizer
umas verdades, tudo ao mesmo tempo. Para vocês terem uma ideia, eu fiquei com
tanta raiva, mas tanta raiva, que eu não consegui continuar a ler por uma semana.
O Don é uma pessoa diferente do
convencional? Sim! Mas isso não faz dele uma aberração, faz dele especial! Ele é
um ótimo marido, um ótimo amigo e uma ótima pessoa e a forma como ele vê o
mundo, se comunica ou age não deveria ser considerada não natural só porque ele
não é igual a todo mundo.
Mas o problema é que o Don tem suas próprias
inseguranças nascidas através de uma vida inteira de bulling e, por conta disso, a
mulher imbecil (desculpa, mas ela é) em certo grau, consegue fazer com que o Don
acredite em tudo o que ela disse para ele.
Sou extremamente experiente em lidar com constrangimentos gerados por insensibilidade ao sentimento alheio. Sou especialista nisso.
E ai vem o meu problema com esse livro. Quando
a Rosie anuncia inesperadamente que estava grávida eu imaginei um punhado de
situações interessantes e engraçadas em que ela e o Don poderiam se meter em decorrência
disso, mas o que aconteceu, na verdade, foi um emaranhado de problemas tão desnecessários
e brigas ridículas que, de certa forma, tiraram o brilho romântico que o primeiro
livro tinha.
Mas a pergunta é, eu gostei do livro?
Surpreendentemente, sim! Mas o primeiro
foi beeeem melhor.
Para começar, a Rosie estava um porre. Meu
deus! Parecia que toda a Rosie maluca e engraçada do primeiro livro tinha sido substituída
por uma Rosie insatisfeita com suas próprias escolhas. E, honestamente? Ela não
merece o maravilhoso marido que o Don é.
O Don estava incrível, como sempre, sua
forma única de ver o mundo é maravilhosa, única e de uma certa forma até pura.
O livro vale a pena por causa dele.
Ironicamente, o Gene, que eu tinha odiado
com TODAS as minhas forças no primeiro livro, se redimiu de tal forma que eu comecei
a esperar pelas suas cenas. Eu, finalmente, consegui ver porque o Don considerava
ele o seu melhor amigo. Eu particularmente gostei das cenas onde ele tenta
ajudar o Don em seus problemas com a Rosie.
Eu amei muito o George, um astro do rock
aposentado e vizinho do Don e da Rosie. Amei ver as relações dele com o Don,
Gene e o Dave e como a solidão dele era tão intricada que um dos melhores dias
da vida dele foi com os rapazes.
Outra coisa incrível foi o desenvolvimento
do Dave e da Sonia. Não esperava por isso, já que no primeiro livro ele foi um
personagem tão secundário que o Don chamava ele de ‘homem do cachorro quente’.
Mas o Don foi um personagem realmente doce e sua esposa, Sonia, era tão maluca
que fiquei triste por ela não aparecer mais vezes.
O Efeito Rosie começou tão tão bem mas teve
um desenvolvimento decepcionante e um final muito bom que compensou o meio.
Pra mim, poderia ter sido incrível, mas o
autor desperdiçou a oportunidade para tratar de assuntos mais sérios e, infelizmente, não soube desenvolver direito isso. Na minha opinião, todos os relacionamentos
do livro, exceto o do Don com a Rosie, foram bem desenvolvidos e interessantes
e passam uma 'moral’ bem legal.
Ps: Não consegui pensar em nenhum ps para
essa resenha mas, para não fugir da tradição, estou escrevendo esse ps que não
vai para lugar nenhum e só vai ocupar espaço mesmo.
Oi, tudo bem?
ResponderExcluirSua resenha está ótima, muito bem explicada e elaborada. Mas quanto ao livro, sinceramente não me chama a atenção. Que pena esse segundo livro não ter sido tão bom quanto o primeiro. Imagino que seja uma leitura interessante, mas dessa vez vou deixar passar a dica. Minha lista de leituras cresce a cada dia, então, seleciono os livros que realmente me interessam. Muito obrigada! Beijos.