Vende-se um elefante triste, João Gabriel

 


“Vende-se um elefante triste" é o segundo livro de poesias de João Gabriel.

A obra reúne poemas inéditos, escritos antes e durante a pandemia, numa edição com projeto gráfico elegante, ilustrada pela artista Bia Pessoa. Os versos falam da solidão, um lugar físico em que a falta se transforma em presença – “(...) e a falta sentida assim,/ caminhando ao meu lado,/ na beleza que o mundo empresta,/ é a presença que me resta” – e tangenciam outras questões profundas, caras ao nosso tempo e à nossa cultura. “O fim dos caminhos tristes é a maravilhosa descoberta de que do chão, não passa”, diz o poeta

Vende-se um elefante triste
Autor:João Gabriel
Editora: Produções do Ó 
84 páginas
Ano: 2021

Um poeta fala diretamente com a própria alma e quando escreve o que fala, ele acaba conseguindo falar com os corações e as mentes de milhares de pessoas, por isso João Gabriel, um poeta tão jovem veio além do falar com multidões, ele falou com corações, com situações e com momentos, com poemas que conseguem invadir de vários pontos e fazer o leitor se infiltrar em sentimentos que vão além do amor.

Os sentimentos são portas para novos horizontes e janelas para visualizar pessoas, pois cada sentimento segue um fio diferente. Em “Vende-se um elefante triste”, João consegue abrir portas e janelas de sentimentos, nos fazendo aprender com nós mesmos a cada leitura e virada de página, somado a isso, as ilustrações da artista plástica Bia Pessoa, dão voz ao que João quer dizer em cada novo poema.

“no décimo,

vivo eu mesmo e a voz da poesia,

é pra lá que volto toda noite,

é de lá que surjo todo dia.”

Quando comecei a ler o prefácio já pude sentir do que o livro é capaz, de como ele falaria comigo e me moldaria conforme a sua dança de palavras, foi uma experiencia apaixonante e significativa, me identifiquei com vários dos poemas e alguns até poderia destacar como meus preferidos, mas isso seria injustiça com os outros.

Em 83 páginas o autor conversa com o leitor por poemas delicados, alguns sobre si mesmos, outros sobre tempo e espaço, mas que conversam entre si e conversam com quem lê, pois cada poema é para fazer pensar e refletir sobre gestos e atitudes que tomamos ao longo do caminho.

“O amor só se torna real na saudade...”

Foi uma grata surpresa poder ler esse livro e por isso gostaria de agradecer pela oportunidade, pois através desse livro me reconectei com a leitura de poemas e posso dizer que me sinto ainda mais apaixonada pelo gênero.

Com isso, quero convidar a quem ainda não conhece a obra, para que passe a conhecer e se aventure através da doçura de João e se você já conhece, vem compartilhar comigo o que achou. Por enquanto um forte abraço digital e eu volto em breve com outras leituras.



2 comentários

  1. Muito obrigada, Fábia, pela leitura e resenha. Obrigada a Adriana pela oportunidade <3

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  2. Gracinha de resenha!
    A gente precisa encontrar beleza em tudo e nada mais gostoso para viver um momento tão duro, como um livro de poesias que tocam a alma!
    Já adorei e o título é lindinho!!!
    Beijo

    Angela Cunha/O Vazio na flor

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