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Lendo com a Dani: O pessegueiro, Sarah Addison Allen

Willa Jackson vem de uma antiga família que ficou arruinada gerações antes. A mansão Blue Ridge Madam, construída pelo bisavô de Willa durante a época área de Walls of Water, e outrora a mais grandiosa casa da cidade, foi durante anos um monumento solitário à infelicidade e ao escândalo. Mas Willa soube há pouco que uma antiga colega de escola – a elegante Paxton Osgood – da abastada família Osgood, restaurou a Blue Ridge Madam e a devolveu à sua antiga glória, tencionando transformá-la numa elegante pousada. Talvez, por fim, o passado possa ser deixado para trás enquanto algo novo e maravilhoso se ergue das suas cinzas. Mas o que se ergue, afinal, é um esqueleto, encontrado sob o solitário pessegueiro da propriedade, que com certeza irá fazer surgir coisas terríveis. Pois os ossos, pertencentes ao carismático vendedor ambulante Tucker Devlin, que exerceu os seus encantos sombrios em Walls of Water setenta e cinco anos antes, não são tudo o que está escondido longe da vista e do coração. Surgem igualmente segredos há muito guardados, aparentemente anunciados por uma súbita onda de estranhos acontecimentos em toda a cidade.

O Pessegueiro (The Peach Keeper)
 
Autora: Sarah Addison Allen
 
Editora Planeta (2013)
 
256 páginas


Um livro leve, com personagens que sem perceber nos agrada e um mistério que surge no ar...

Gosto muito desses itens numa leitura e não me decepcionei, pelo contrário achei que merecia algumas páginas a mais, afinal quando o livro é bom nem sentimos a velocidade da leitura.

Willa Jackson está temerosa de abrir o convite... um convite do qual não se acha adequada.

Paxton Osgood está empenhada que a inauguração da Blue Ridge Madam seja um sucesso. Para isso convidou Willa.

As avós das mocinhas fundaram o Clube Feminino de Wall of Water, e o que essas garotas não sabem é do motivo para que Agatha e Georgie assim o fizesse.

Sarah Addison Allen criou uma atmosfera de mistério que envolve o leitor. Especialmente quando o esqueleto surge.

E então ficamos na dúvida ele é ou não é? E cada frase que a autora solta durante a narrativa nos aguça mais a curiosidade.

Willa mudou muito nestes doze anos, ela agora é responsável, tem seu próprio negócio, tem medo de se envolver... mas quando o coração quer, nem adianta discutir. Se bem que com Willa o coração tem que ser brasileiro e não desistir nunca.

Gostei do bom humor dela, da amiga Rachel que tem um método interessante para conhecer as pessoas: de acordo com seu pedido de café.

O Sebastian é um personagem do qual nos vemos logo apegado. O Colin me fez rir bastante.

Fiquei tentada em passar lá e ver o que ela diria de mim. Uma pena que não podemos pular dentro da história.

Quanto ao segredo relacionado ao esqueleto... Gente, leiam e me digam se a autora não foi genial?!

Um livro que recomendo e sei que se você gosta de romance quase impossível, mistério aqui e acolá, uma pitada de magia e um segredo que dura décadas, não vai se arrepender e vai ler numa sentada só.

O Pessegueiro vai fazer você se questionar sobre suas escolhas. Será que você é feliz com elas?


Resenha da Drica: A garota que perseguiu a lua, Sarah Addison Allen - Planeta

Título Original: The Girl Who Chased the Moon

Autor: Sarah Addison Allen

Ano: 2012

Páginas: 243

Editora: Planeta

Tradução: Aline Klesck

Sinopse
Como você pode achar seu caminho? Seguindo as nuvens ou a lua? Emily Benedict foi para Mullaby após a morte de sua mãe. Ao chegar à cidade e conhecer seu avô ela percebe que os mistérios do lugar nunca são resolvidos: eles são uma forma de vida. Existem quartos cujo papel de parede muda de acordo com o seu humor, luzes estranhas aparecem no quintal à noite e Julia Winterson, a vizinha, consegue cozinhar a esperança em forma de bolos. Emily percebe que sua mãe esteve envolvida no maior mistério da cidade, e conta com a ajuda de Julia para desvendá-lo. Em Mullaby nada é o que parece.


A Garota que Perseguiu a Lua é uma história de realismo fantástico que emociona ao tratar claramente da alma humana e suas várias faces.

Entre histórias de amor, reencontro, perdão e acontecimentos fantásticos, somos apresentados a Mullaby e seus mistérios, uma pequena cidade em Carolina do Norte. Luzes noturnas nos quintais, um gigante, papéis de parede que mudam de cor, bolos com sabor de esperança e pessoas com habilidades incomuns fazem parte dessa história. O livro gira em torna principalmente das vidas de Emily e Julia, que tem em comum o fato de estarem procurando o seu lugar no mundo.

Emily Benedict, 17 anos, se muda para Mullaby ao perder sua mãe, Dulcie Shelby, e vai morar com seu único parente vivo: o avô, um gigante com mais de dois metros de altura.  É ai que os mistérios de Mullaby começam a entrar na vida de Emily. Ela logo percebe que ninguém quer desvendar os mistérios de Mullaby, eles são o modo de vida dos moradores da cidade. 

Mas desvendar o passado de sua mãe é o seu objetivo, e ela vai contar com a ajuda de Julia Winterson, 34 anos, antiga colega de colégio de sua mãe, que retornou a Mullaby após 18 anos. Julia volta para tentar salvar o restaurante do pai, antes apenas especializado em churrasco, mas onde ela passa a vender bolos com sentimentos, na esperança de reconquistar um amor adolescente. Também com um passado a ser revisto e pendências a serem acertadas que ocasionaram um coração partido. Devo confessar que Julia é minha personagem preferida e que realmente acredito que os bolos tenham esse poder de mesclar sentimentos. 

Quando eu era pequeninho, eu podia estar brincando do outro lado da cidade e sabia exatamente quando minha mãe tirava um bolo do forno. Eu via o cheiro, a forma como ele flutuava pelo ar. Eu só precisava segui-lo até em casa.

Emily também conhecerá Will Coffey, um garoto misterioso e fofo que se apaixonará por ela e por quem ela também se apaixonará repetindo assim um ciclo do passado, filho da família mais tradicional e rica da cidade, que revelará o motivo pelo qual Mullaby odeia a sua mãe e a rejeita. 

Emily deixava o ar diferente, vibrante, como se houvesse música por perto, mas ele não chegava a ouvir. Ele estava surpreso pela forma como se sentia bem mais completo com ela por perto, e não sabia como lidar com isso. Ser necessário era parecido com ser alto – não chegava a ser um problema até ter gente ao redor.

Narrado em terceira pessoa através dos olhares de Emily e Julia, principalmente, mas também de Vance, avô de Emily, de Sawyer, antiga paixão de Julia, e de Will. A capa é linda e, depois do título, foi o que me fez ansiar pela leitura. 


O livro é fantástico, delicioso de ser lido. A autora consegue misturar romance e mistério em uma dose perfeita e nos desperta uma infinidade de sentimentos ao longo da história que fala muito sobre o ser diferente, e como as diferenças podem conviver de forma harmoniosa e apaixonante. 

“… Estou sempre com saudade de casa … Só não sei onde é minha casa. Há uma promessa de felicidade por aí. Eu sei disso. Até sinto às vezes. Mas é como perseguir a lua: bem na hora em que você a tem, ela some no horizonte. Eu fico triste e tento seguir em frente, mas depois … volta na noite seguinte, me dando esperança de pegá-la novamente…”

Como é difícil falar de uma história quando nos apaixonamos por ela... O que tenho a dizer? Leiam, apenas leiam...E Sarah, please, continue a contar a história de Mullaby.