Não há muitas garotas de dezessete anos cuja melhor amiga é um fantasma, entretanto Mary Hades não é uma adolescente comum.Marcada física e mentalmente por um incêndio, seus pais decidem que um descanso em um vilarejo idílico em North Yorkshire irá ajudá-la a se recuperar. Aninhada no meio de cinco pântanos, Mary espera ter uma semana entediante enfiada em um trailer com os pais. Mal sabe ela que a maldade está à espreita no acampamento...Seth Lockwood – um trabalhador local, no parque de diversões, com um segredo obscuro – pode ser a chave para revelar a história sombria que tem arruinado Nettleby. Mas Mary é atraída a ele de uma forma que a faz questionar seu julgamento.Com a ajuda da melhor amiga morta e um peculiar casal gay gótico, Mary deve dar um fim nas mortes extraordinárias ocorrendo em Nettleby. Mas será que ela consegue impedir seu coração de se partir?O primeiro na série de romances sombrios da categoria Jovem Adulto, Mary Hades continua a história de Monstros à Luz do Dia. Um conto que mistura pavor e romance, ao mesmo tempo chocando e entretendo os leitores.Com algumas cenas de terror e palavrões, este livro é mais indicado a leitores a partir dos quinze anos.
Mary Hades
Sarah Dalton
Ano: 2015 Páginas: 184
Idioma: português
Editora: Babelcube Inc.
Mary Hades foi um livro que me atraiu pela capa, me fez pensar em Ana Vestida de Sangue e acabou sendo uma leitura maravilhosa.
A jovem Mary Hades tem 17 anos e está indo acampar com seus pais. Uma pena que de normal ela nada tenha. E este acampamento não vá ser dos mais tranquilos.
A história se passa em Nettleby, North Yorkshire e são 184 páginas que arrepiaram meus pelinhos! Sim, eu sou medrosa. Mas a Mary vai ter de lidar com um fantasminha nada camarada! Nossa mocinha está tentando se recuperar de sua quase morte, querendo mais do que tudo ser uma adolescente normal, passear, ter amigos e, acima de tudo, não ver as Coisas. Inclusive por eles serem portadores de más notícias.
Essa viagem em família é uma tentativa por parte da mãe dela de afugentar da mente da filha tudo o que passou no hospital. E, aos poucos, a autora nos deixa a par de tudo.
Somente uma amizade verdadeira pode quebrar uma antiga maldição. Quando você acha que sabe o que vai acontecer, o mundo te surpreende. Isso é especialmente verdadeiro em uma cidadezinha no Massachusetts que, segundo os rumores, é o lar de um monstro. Por causa de um segredo de família, a jovem Twig tenta ao máximo ser invisível, mas quando duas meninas, Julia e Agate, se mudam para o chalé ao lado da sua casa, tudo muda. Uma bruxa morou lá, e Twig sempre foi proibida de entrar naquele lugar. Mas Julia pode ser sua primeira amiga de verdade e aliada no plano para quebrar a antiga maldição. Nessa fascinante história, amizade e amor são verdadeiramente mágicos.
O Pássaro Noturno
Alice Hoffman
Ano: 2016 Páginas: 176
Idioma: português
Editora: Bertrand Brasil
O Pássaro Noturno é um livro de fantasia infanto juvenil com ótimas lições de moral. Encantador em sua simplicidade e profundo na mensagem que passa.
Teresa Jane Fowler, ou apenas Twig, é a nossa narradora, uma garotinha de doze anos, muito esperta que adora ler em cima das macieiras que tem em seu quintal, mas que guarda um grande segredo. Os capítulos são curtos de maneira que você pode pausar entre um e outro sem estresse e sem medo de queimar alguma coisa na cozinha! E o nome dos locais são bem pitorescos: Estrada da Velha Montanha, Chalé da Pomba da Lamentação.
E este segredo a impede de fazer amigos, por mais que ela adore a ideia de fazer amizades. Ela e sua mãe vivem reclusas com medo de serem descobertas.
Mas seria o destino o responsável por sua curiosidade? Afinal, no dia que a Casa da Bruxa de Sidwell está recebendo moradores, ela acaba caindo de sua macieira favorita e chamado a atenção da nova vizinha Julia e de sua irmã Agate Early Hall.
Para começo de resenha: deixe seu preconceito contra livros de banca de lado! Dê uma chance a estes quatro irmãos que são tão iguais e tão diferentes que farão você gostar de todos, mesmo que haja um preferido.
Rafe, Jared, Devin e Shane MacKade, Os irmãos MacKade, os demônios de Antietam.
Calma lá, não são literalmente demônios. Os apelidei assim pois quando crianças eram o terror da pequena cidade! Bagunceiros, brigões e pregadores de peças.
Embora adiante que tem um clima sobrenatural nos livros por conta dos fantasmas que residem tanto a antiga Mansão Barlow, quanto os que deixaram marcas na Fazenda MacKade. Nora Roberts nos faz mergulhar na trama acompanhando o presente, mas intercalando na narrativa o passado que tanto afugenta alguns quanto atrai outros.
Ela nos fala sobre a Batalha de Antietam, que ocorreu em Sharpsburg e nos arredores de Antietam, Maryland, Estados Unidos. Nos fazendo imaginar o terror que adolescentes sofreram ao ter de aderir a batalha, o medo e a vontade de simplesmente voltar para casa.
Serafina nunca teve motivos para desobedecer ao seu pai e se aventurar além da Mansão Biltmore. Há espaço de sobra para ser explorado naquela casa imensa, embora ela precise tomar cuidado para jamais ser vista. Nenhum dos ricaços lá de cima sabe da existência de Serafina; ela e o pai, o responsável pela manutenção das máquinas, moram secretamente no porão desde que a garota se entende por gente. Mas quando as crianças da propriedade começam a desaparecer, somente Serafina sabe quem é o culpado: um homem aterrorizante, vestido com uma capa preta, que espreita pelos corredores de Biltmore à noite. Após ela própria ter conseguido – depois de uma incrível disputa de habilidades – escapar do vilão, Serafina arriscará tudo ao unir forças com Braeden Vanderbilt, o jovem sobrinho dos donos de Biltmore. Braeden e Serafina deverão descobrir a verdadeira identidade do Homem da Capa Preta antes que todas as crianças... A busca de Serafina a levará ao interior da mesma floresta que tanto aprendeu a temer. Lá, descobrirá um esquecido legado de magia, que tem relação com a sua própria origem. Para salvar as crianças, Serafina deverá procurar as respostas que solucionarão o quebra-cabeça do seu passado.
Serafina e a Capa Preta
Serafina #1
Robert Beatty
Ano: 2018
Páginas: 240
Idioma: Português
Editora: Valentina
Nota 4,5
Eu estava com esse livro a tanto tempo, mas sempre que pensava em abri-lo, aparecia outro e assim fui deixando ele de lado. Aliás, eu o tenho em inglês e português, para ser bem exata.
Enfim, eu o li no dia que estava a caminho de Asheville, e qual não foi minha surpresa ao me deparar com esta imagem:
Então, a partir desta coincidência eu tive que iniciar a leitura sem demora!
Serafina é uma garotinha de doze anos que vive no porão da Mansão Biltmore com seu pai. O pai dela é mecânico e cuida de toda a parte relacionada a isto na casa, inclusive os novíssimos elevadores, um grande avanço que poucos tinham direito em 1899, além de precisar descobrir como lidar com "a coisa nova chamada eletricidade" e fazer um gerador iluminar toda a mansão, pois os Vanderbilts estavam recebendo muitos convidados.
Serafina é uma garotinha mega esperta, trabalha como C.O.R (Caçadora Oficial de Ratos) e trabalha enquanto todos dormem. Sua aparência é estranha aos olhos dos outros: olhos dourados, cabelo desgrenhado, magra demais, com apenas quatro dedos em cada pé, com uma visão melhor do que a de ninguém. Sabe como andar sem ser vista ou ouvida e consegue reconhecer a pessoa por seus passos. E conhece a casa como ninguém.
Numa noite, ela vê algo estranho. Uma figura de sapatos envernizados, toda de preto, que parecia carregar algo. Curiosa, ela o segue e descobre que se trata de uma garota. Porém, isto é só o começo, afinal ela é a única testemunha de que um fantasma ou algo do tipo fez uma garota sumir entre as dobras de uma capa preta de cetim. E na sua mente, Serafina imaginou que ela era amiga daquela garota e precisava ajudá-la, por mais que estivesse assustada.
"Não queria dar nem mais um passo, mas era preciso ajudar os amigos. Não sabia muito sobre a vida, mas disso ela sabia, com certeza absoluta, e não ia se acovardar e fugir como um pobre esquilo apavorado quando alguém tanto precisava dela."
E com certeza essa garotinha corajosa me ganhou aqui: uma lealdade e vontade de ajudar uma desconhecida, mesmo colocando a própria vida em risco.
O problema é que ela não conseguiu vencer o vilão, precisava de ajuda, mas quem iria acreditar numa garota com aparência maltrapilha, usando uma camisa masculina como vestido, cabelos bagunçados e com uma história que se ela mesma não tivesse presenciado, iria pensar ser mentira?
E o pior de tudo: seu pai a fez jurar que nunca deixaria ser vista. Embora ela não saiba o motivo. E como ele não acreditou em seu relato, mas ela queria muito ajudar a garota, seria arriscado tentar falar com os donos da casa?
"- Só porque alguma coisa é diferente, não quer dizer que você simplesmente tenha o direito de jogar fora."
A Grande Solidão vendeu 200 mil exemplares em apenas dois meses nos Estados Unidos.
Alasca, 1974.
Imprevisível. Implacável. Indomável.
Para uma família em crise, o último teste de sobrevivência.
Atormentado desde que voltou da Guerra do Vietnã, Ernt Allbright decide se mudar com a família para um local isolado no Alasca.
Sua esposa, Cora, é capaz de fazer qualquer coisa pelo homem que ama, inclusive segui-lo até o desconhecido. A filha de 13 anos, Leni, também quer acreditar que a nova terra
trará um futuro melhor.
Num primeiro momento, o Alasca parece ser a resposta para tudo. Ali, os longos dias ensolarados e a generosidade dos habitantes locais compensam o despreparo dos Allbrights e os recursos cada vez mais escassos.
Porém, o Alasca não transforma as pessoas, ele apenas revela sua essência. E Ernt precisa enfrentar a escuridão de sua alma, ainda mais sombria que o inverno rigoroso. Em sua pequena cabana coberta de neve, com noites que duram 18 horas, Leni e a mãe percebem a terrível verdade: as ameaças do lado de fora são muito menos assustadoras que o perigo dentro de casa.
A Grande Solidão é um retrato da fragilidade e da resistência humana. Uma bela e tocante história sobre amor e perda, sobre o instinto de sobrevivência e o aspecto selvagem que habita tanto o homem quanto a natureza.
A Grande Solidão
Kristin Hannah
Ano: 2018
Páginas: 400
Idioma: Português
Editora: Arqueiro
A Grande Solidão, vulgo Alaska! Sim, esse é o codinome do Estado, também conhecido como a última fronteira. Um lugar que não é para qualquer um, com poucas horas de luz no inverno e um frio intenso, capaz de despertar muitos sentimentos em quem se aventura a viver nele.
O foco do livro é Leni Allbright, uma jovem de treze anos que está cansada da vida nômade que leva, sempre trocando de escola e sendo a nova garota, sem sequer ter tempo de criar raízes e zero amigos.
Mas desde que seu pai, Ernt Allbright, voltou da guerra, assombrado com o que viu e viveu como prisioneiro de guerra, ele está sempre procurando um lugar melhor, no qual não vá ter pesadelos.
E Cora Allbright, sua esposa, está sempre lhe dando apoio.
O que dizer deste trio?
Leni é uma garota que adora ler, sente falta do pai amoroso e ressente-se por estar em constante movimento para agradar às vontades dele e assim não ter tempo de conquistar amizades. Gostei da garota e seu gosto pela leitura e fotografia, ela é alegre, ama a sua mãe. São unha e carne e cada uma, ao decorrer da trama, leva isso muito a sério.
Ernt está perturbado e tem um temperamento bipolar, chegando ao agressivo. E embora poupe Leni, Cora é seu alvo quando algo de ruim acontece, ou quando a mesma o provoca flertando com outros.
Cora é uma mãe amorosa, fugiu de casa para casar com Ernt, pois seus pais eram contra. E é o típico caso de mulher que apanha e fica calada, pois sabe que o marido a ama. E bem naquela época não adiantava muito denunciar estes canalhas. Bem, como continua acontecendo, infelizmente.
Dezembro começa e pensamos logo em quê? Natal e Ano Novo!
Tempo de celebrar o nascimento de Jesus. Agradecer pelas graças recebidas. Reunir a família.
E nem todo mundo gosta de estar no meio da algazarra familiar. Prefere estar quietinho no seu canto, seja com um livro ou assistindo algo legal e divertido. E tem aquelas famílias que adoram ver filmes juntos.
Independente de qual perfil é o seu, a Netflix está com vários filmes focados no tema. E vim contar para vocês quais deles já assisti e recomendo!
Para os que adoram um bom romance com toque de Conto de Fadas, minhas duas recomendações serão perfeitas!
O Príncipe do Natal: Quando uma repórter chamada Amber (Rose McIver) se disfarça de tutora para fazer uma reportagem inspirada na vida de um príncipe playboy, ela acaba se envolvendo em uma intriga real e vive uma grande paixão. Porém, depois de encontrar o amor de sua vida, será que Amber vai ser capaz de manter sua mentira em nome de uma matéria?
Em A Irmã da Lua, quinto volume da série As Sete Irmãs, duas jovens separadas por um século têm suas vidas entrelaçadas numa emocionante história sobre fé, tradição, paixão e sobrevivência. Entre as filhas adotivas de Pa Salt, Tiggy D’Aplièse é conhecida como a instintiva e sensível. Envolvida em sua carreira na proteção de animais selvagens, ela não sabe se está preparada para seguir as pistas de suas origens, deixadas pelo pai. Ao aceitar um novo emprego nas belíssimas Terras Altas escocesas, Tiggy fica apaixonada pela remota propriedade, administrada pelo enigmático Charlie Kinnaird. O belo cirurgião cardíaco acabou de herdá-la e enfrenta problemas para reerguê-la e transformá-la em um santuário para as espécies nativas. Em seu novo lar, Tiggy encontra o velho cigano Chilly, que altera totalmente seu destino. Ele conta que ela não só possui um sexto sentido, proveniente dos ancestrais, como há tempos foi previsto que ele a levaria até suas origens na Espanha, nas montanhas sagradas de Sacromonte, à sombra da magnífica Alhambra. Escrito com a notável habilidade de Lucinda para entrelaçar enredos emocionantes e nos transportar para épocas e lugares distantes, A irmã da lua é uma brilhante continuação para a aclamada série das Sete Irmãs, e uma leitura saborosa e reveladora.
Mais uma das irmãs D’Aplièse. A irmã espiritual, a excêntrica.
"Confie em seus instintos, Tiggy, eles nunca vão deixá-la na mão."
Pa Salt
Sim, Tiggy é muito sensitiva, e sua habilidade com os animais é bem reconhecida, embora suas premonições sejam levadas sem seriedade.
Estando na Escócia, prestes a ficar sem um lugar para trabalhar, pois sua amiga Margareth está de mudança e seus animais também. Tiggy recebe uma proposta de emprego de Charlie Kinnaird, um médico escocês que acabou de herdar a propriedade da família e pretende expandir a fauna.
"A vida tem a ver com intuição e um pouco de lógica. Se você aprender a equilibrar os dois, qualquer decisão que tomar será naturalmente a correta."
Pa Salt
Com apoio de Margareth, ela aceita ir com os gatos selvagens para a Propriedade Kinnaird. E lá ela vai conhecer o Cal, que é meio que faz tudo do Charlie. Cal adora carne e gosta de provocar Tiggy por ser vegana, mas os dois acabam se entendendo bem e os diálogos deles são engraçados.
Mas o melhor de tudo é o cigano, Chilly, com seus 95 anos, assim que bate os olhos nela, ele sabe que sua missão será cumprida. Mandar Tiggy para casa.
"- O inverno vem antes da primavera, lembre-se disso Hotchiwitchi." Chilly
Hope Anderson está numa encruzilhada. Aos 36 anos, ela namora o mesmo homem há seis, sem perspectiva de casamento. Quando seu pai é diagnosticado com ELA, Hope resolve passar uma semana na casa de praia da família, na Carolina do Norte, para pensar nas difíceis decisões que precisa tomar em relação ao próprio futuro.
Tru Walls nasceu numa família rica no Zimbábue. Nunca esteve nos Estados Unidos, até receber uma carta de um homem que diz ser seu pai biológico, convidando-o a encontrá-lo numa casa de praia na Carolina do Norte. Intrigado ele aceita e faz a viagem.
Quando os dois estranhos se cruzam na praia, nasce entre eles uma ligação eletrizante e imediata. Nos dias que se seguem, os sentimentos que desenvolvem um pelo outro os obrigam a fazer escolhas que colocam à prova suas lealdades e reais chances de felicidade.
O novo romance de Nicholas Sparks, na tradição de Diário de uma Paixão e Noites de Tormenta, aborda as muitas facetas do amor, os arrependimentos e a esperança que nunca morre, trazendo à tona a pergunta: por quanto tempo um sonho consegue sobreviver?
Eu me encantei com a capa deste livro quando vi a edição americana. Nem fazia ideia de que era um lançamento da Arqueiro. Mas acabou sendo bom, pois posso resenhar para vocês sem me sentir culpada por despertar vontade num livro que só está disponível em outro país!
Tenho medo dos livros do Sr. Sparks, mas aviso de antemão que, neste caso, o medo foi infundado.
Tá... nem tanto. Eu queria que fosse diferente, maaaas melhor assim do que de uma maneira que me desagradasse! (Confuso, né?!)
Em Almas Gêmeas, vamos nos deparar com a inserção do autor na história e, ao menos para mim, foi a primeira vez que o Nicholas o fez! (Perdão se eu estiver errada e tiver entendido o posfácio errado.)
Essa prerrogativa nos dá um quê a mais de realismo e acabamos viajando rapidinho com ele na história de uma caixa de correio de ninguém e de todo mundo, à beira mar de uma praia na Carolina do Norte, a Almas Gêmeas.
Ninguém sabe quem a colocou ali, mas qualquer um pode ler as cartas que estão lá dentro e podem acrescentar as próprias se o desejar. Legal, né?
Imagem da Praia de Broome, Austrália. Direitos ao site: Broome Future
Em A Irmã da pérola, quarto volume da série As Sete Irmãs, duas jovens de séculos diferentes têm seus destinos cruzados numa emocionante história sobre amor, arte e superação.
Ceci D’Aplièse sempre se sentiu um peixe fora d’água. Após a morte do pai adotivo e o distanciamento de sua adorada irmã Estrela, ela de repente se percebe mais sozinha do que nunca. Depois de abandonar a faculdade, decide deixar sua vida sem sentido em Londres e desvendar o mistério por trás de suas origens. As únicas pistas que tem são uma fotografia em preto e branco e o nome de uma das primeiras exploradoras da Austrália, que viveu no país mais de um século antes.
A caminho de Sydney, Ceci faz uma parada no único local em que já se sentiu verdadeiramente em paz consigo mesma: as deslumbrantes praias de Krabi, na Tailândia. Lá, em meio aos mochileiros e aos festejos de fim de ano, conhece o misterioso Ace, um homem tão solitário quanto ela e o primeiro de muitos novos amigos que irão ajudá-la em sua jornada.
Ao chegar às escaldantes planícies australianas, algo dentro de Ceci responde à energia do local. À medida que chega mais perto de descobrir a verdade sobre seus antepassados, ela começa a perceber que afinal talvez seja possível encontrar nesse continente desconhecido aquilo que sempre procurou sem sucesso: a sensação de pertencer a algum lugar.
Filha de um pastor em Edimburgo, no início do século XX, Kitty McBride é presenteada com a chance de deixar seu ambiente opressivo e ir para a Austrália como dama de companhia da Sra. McCrombie. Em Adelaide, seu destino se entrelaça com o da família da velha aristocrata, incluindo seus dois jovens sobrinhos: o impetuoso Drummond e o ambicioso Andrew, gêmeos idênticos, porém em tudo diferentes, além de herdeiros de um próspero comércio de pérolas.
Seu bilhete para uma nova terra oferece todas as oportunidades de aventura com que ela sempre sonhou e um amor que ela jamais poderia imaginar...
Cem anos depois, Ceci D’Aplièse decide seguir o exemplo das irmãs e ir atrás de sua família biológica. Seguindo as coordenadas deixadas pelo pai adotivo antes de morrer, ela parte rumo à Austrália, e se vê refazendo os intrincados passos de Kitty à medida que procura descobrir a própria história – uma narrativa improvável que envolve uma pérola amaldiçoada e um mergulho mágico na arte aborígine.
A Irmã da Pérola (The Pearl Sister)
Lucinda Riley
As Sete Irmãs #4
Editora Arqueiro (2017)
528 páginas
Celeno D’Aplièse é uma estudante de arte, em Londres. Mas, no momento, ela não acredita que está no lugar certo, já que os professores não compreendem suas criações. Dona de uma baixa estima e uma tendência ao negativismo e a autopiedade, Ceci me deixou sem muita vontade de seguir a leitura, porém é um livro da Lucinda e não se larga com facilidade.
Agora, sem necessidade de ser a voz de Estrela, e tendo de viver só no apartamento que comprou para ambas, Ceci decide viajar para a Tailândia, lugar no qual passou bons tempos com a irmã. E, de lá, ir até a Austrália, lugar no qual, segundo a inscrição de Pa Salt na esfera armilar, é seu lugar de origem.
Um tanto espantada por lembrarem dela, ela acaba estendendo a temporada, mesmo que, com as festas de fim de ano, ela acabe sem um quarto para ficar. Mas Ceci adora dormir sob as estrelas, na beira mar; ela é um espírito livre que não sabe bem aonde é seu lugar. E até sua arte parece que não está mais funcionando.
Railay Beach, Tailândia Foto: TripAdvisor
Numa noite ela vê um rapaz misterioso, cabelos longos, lindos olhos azuis e não faz ideia de que acabarão por se tornar amigos. O Lobisomem (apelido que ela deu) não gosta de falar de si, mas é uma ótima companhia, em especial para alguém que está querendo fugir da solidão.
"Estávamos à deriva naquele mundo e tínhamos ido parar juntos na mesma praia, sem a certeza do que estava por vir(...)."
Eu sou suspeita para falar, pois amo os livros do autor! Harlan Coben tem esse jeito de prender minha atenção, segurar meu coração com uma só mão e ir apertando a medida que leio, até que ele fique pequenininho de tanto anseio, quase morrendo por desvendar o final e, quando ele enfim solta o aperto no meu pobre coração, eu solto um suspiro alto e lento repleto de surpresa! Um tanto assombrada, algumas vezes preciso reler para ter certeza que não enlouqueci.
E daí, acho pouco tamanha "tortura" e me deparo com as séries que são baseadas em seus livros / criadas por ele!
GENTE! Esse homem ainda vai me matar! Mas eu sou masoquista nesse caso (que fique bem claro!) e não resisto. Bati os olhos e disse: Preciso ver!
Então eu decidi fazer um breve resumo sem spoiler das séries maravilhosas!
1. No Second Chance - Sem Retorno
"Sem Retorno é baseada no livro No Second Chanc,e de Harlan Coben. A série conta a história da médica Alice que, ao acordar do coma descobre que seu marido foi assassinado e sua filha sequestrada."
Seis episódios que vão lhe deixar maluco! Seu detetive vai aflorar e seus neurônios vão ser forçados a trabalhar bastante. No Netflix não tem sequer uma sinopse, mas se é do Harlan Coben, nem pensei duas vezes.
Daí fiquei um pouquinho triste por ser em francês... maaaas, mais uma vez, meu lado tiete falou mais alto e precisei ver.
Já no primeiro episódio ficamos ouriçados para saber quem atirou na Alice e quem levou a bebê Tara! E é muito angustiante ver que enquanto se recupera tem que lidar com a notícia da morte do marido e do sumiço da filha. E, em contra partida, lidar com os detetives em cima dela, desconfiando de tudo o que ela diz.
Os seis episódios são bem movimentados. Vamos ter alguns flashbacks que ajudam ou não a entender melhor o que acontece.
Essa série é muito intensa. Os personagens são bem ao estilo do que encontramos nos livros, nunca confiamos plenamente neles. (Ao menos eu sempre fico com um pé atrás.)
E a trama não fica presa apenas ao drama da Alice, temos sub tramas interessantes com temas atuais e que aguçam nossa curiosidade e nos leva a refletir bastante.
No fim, tem uma surpresa maravilhosa, que não conto, mas sinto que quem assistir vai gostar bastante.
Eu fui em busca da sinopse e fiquei incrédula ao ver que no livro quem vive é o marido. Preciso ler este rapidamente e ver quais outras diferenças existe entre ele e a série.
Abaixo a sinopse do livro:
"Quando Marc Seidman acorda, depois de longo período em coma, encontra-se face a face com uma terrível realidade - ele foi baleado duas vezes, sua mulher está morta e sua filha Tara desapareceu. Ele não sabe quem perpetrou os crimes, nem por quê. Há vários detalhes inquietantes - ele e a mulher foram baleados com armas diferentes, uma delas a do próprio Marc. Na agenda da mulher há um CD com informações codificadas, enviadas por um grupo de detetives particulares. Uma ex-agente do FBI se propõe a ajudá-lo, mas parece ocultar alguns segredos. Quando tudo parece caminhar para uma solução, Marc recebe um pedido de resgate. Começa aí seu dilema - em quem confiar? Mas o recado do sequestrador é taxativo - se Marc falhar, não haverá segunda chance. Evoluindo num crescendo de suspense, o livro supera todas as expectativas dos fãs do gênero, com enigmas e surpresas de tirar o fôlego."
2. The Five
"Em 1995, quatro jovens amigos de escola, Mark Wells (Tom Cullen), Danny Kenwood (OT Fagbenle), Slade (Lee Ingleby) e Pru Carew (Sarah Solemani) ficaram traumatizados depois que o irmão de cinco anos de Mark, Jesse, desapareceu depois de jogar o parque com eles. Nenhum vestígio de Jesse foi encontrado. O assassino em série Jakob Marosi, que havia sido acusado de cinco outros assassinatos, alegou que ele havia matado Jesse. Os pais de Jesse, Julie e Alan (Geraldine James e Michael Maloney), desistiram de ter esperança de encontrar o menino vivo. Vinte anos depois, Kenwood é um sargento-detetive que trabalha para a Westbridge Police. Quando ele assiste à cena de um assassinato, ele encontra a prostituta Annie Green, que foi brutalmente atacada com um martelo. Uma análise forense de evidências de DNA da cena do crime fornece uma correspondência para o DNA de Jesse. Uma intricada teia de provações e tribulações começa a se desdobrar quando os quatro amigos da infância se reúnem na esperança de encontrar Jesse vivo."
Essa foi a primeira série que fiquei sabendo relacionada ao Harlan Coben e fiquei desesperada para ver, porém não achei em lugar nenhum, até que ele anunciou no Instagram que estava disponível no Netflix.
O que eu fiz? Comecei a ver, né? Dois dias e tinha assistido aos dez episódios, como se minha vida dependesse da resolução do mistério.
Nesta acompanhamos um grupo de quatro amigos que têm algo em comum: o sumiço do irmão de Mark.
Cada um tomou um rumo e, à sua maneira, foi afetado pelo desaparecimento de Jesse, que na época tinha apenas cinco anos. Nenhum deles sabe exatamente o que houve e à medida em que os episódios avançam vamos descobrir que eles guardaram segredos relacionados aquele dia.
Muito triste ver a mãe do Jesse sempre na janela, relembrando a última vez que viu Jesse, torcendo para que ele esteja vivo.
E mais uma vez o Coben nos deixa inseguros sobre em quem confiar.
Será que o Jesse está vivo?
O que posso lhe dizer é que esta série britânica vai mexer mais uma vez com seus nervos e puxar o seu tapete quando pensar que descobriu toda a verdade.
Trailer de The Five:
3. Safe
"Safe foca no inglês Tom Delaney (Hall), cirurgião pediátrico e pai viúvo de duas filhas adolescentes. Ele está lutando para se conectar com suas filhas, uma vez que ainda sofrem a perda de sua esposa de câncer um ano antes. Depois que sua filha de 16 anos, Jenny, desaparece, Tom acaba descobrindo uma teia de segredos enquanto procura freneticamente por ela."
Gente, essa é a minha favorita das três. Sério, se quiser uma indicação de em que ordem assistir, siga a deste post. NÃO, elas não são interligadas, mas é cada uma melhor do que a outra.
Safe também é uma produção britânica e conta com o Michael C. Hall, de Dexter, como o personagem principal. Na série, ele vai lidar com o desaparecimento de sua filha adolescente.
A busca dele pela garota é de apertar o coração. Ele faz o que pode, pede favores à sua amiga/caso Sophie, banca o detetive, se mete em confusão e não apenas ele. Seu amigo Pete ajuda nas buscas também e essa dupla é muito boa de acompanhar.
Para complicar mais, um jovem aparece morto e é nada menos que o namorado de Jenny. Daí começamos a elaborar milhares de teorias. E bem, eu passei bem longe de acertar.
E não se deixe enganar, a verdade realmente só vai surgir no episódio oito. E gente, foi como imagino que deva ser, levar um soco no estômago, perder todo o ar, pensar que vai morrer e ficar de queixo caído.
Sério! Não perde tempo e assiste, você não vai se arrepender.
Aos 37 anos, a recém-divorciada Vanessa está no fundo do
poço. Deprimida, morando no apartamento de sua tia, ela não tem filhos,
dinheiro ou amigos verdadeiros. Ao descobrir que Richard, seu rico e
carismático ex-marido, está prestes a se casar de novo, algo dentro de Vanessa
se quebra. A partir de agora, sua vida irá revolver em torno de uma única
obsessão: impedir esse matrimônio. Custe o que custar.Na superfície, Nellie se parece com qualquer outra jovem bela e sonhadora que
veio para Manhattan começar sua tão sonhada vida adulta. Mas a personalidade
tranquila que ostenta é apenas uma fachada. Em sua mente, perdura um segredo
que a fez fugir de sua cidade natal e que a impede de caminhar em paz quando
está sozinha. Ao conhecer Richard – bem-sucedido, protetor, o homem dos sonhos – ela
finalmente começa a sentir-se segura. Ele promete protegê-la de todos os males,
para o resto de sua vida. Mas, de repente, ela começa a receber ligações
misteriosas. Fotografias em seu quarto são movidas de lugar. O lenço que ela
planejava usar em seu casamento desaparece. Alguém está perseguindo-a, alguém
quer o seu mal. Mas quem? "Se prepare, esse é um livro que você não vai conseguir parar de
ler." — Glamour "Surpreendente. Inesquecível. Chocante." — Publishers Weekly "O melhor thriller doméstico desde Garota Exemplar." — In Touch
Weekly
Se você acha que toda vovozinha é igual, precisa conhecer a avó de Ben. Ela poderia se passar por uma senhorinha qualquer: é velha, usa um casaquinho lilás e faz palavras-cruzadas. Toda sexta-feira Ben dorme na casa dela, e isso para ele é o fim. No jantar sempre tem repolho, a tevê nunca funciona e a avó o faz ir para a cama às oito da noite. E no dia seguinte nem tem aula!
Como qualquer outro menino, Ben acha tudo isso chato demais. Ou pelo menos achava, até descobrir que a coisa toda não passa de um disfarce: vovó, na verdade, é uma vigarista internacional, a ladra de joias mais procurada do mundo. Agora, juntos, eles vão planejar o maior roubo de todos os tempos.
Você, é claro, vai rir bastante. E pode até chorar. Mas nunca, nunca mais vai pensar em vovós como antes.
Vovó Vigarista (Gangsta Granny)
Autor: David Walliams
Editora Intrínseca (2013)
240 páginas
Esse é o segundo livro que leio do autor, o primeiro foi O Menino de Vestido, e achei tão engraçado que disse a mim mesma que tiraria da fila este que vou resenhar agora.
Um fato interessante é que o Raj, dono da banca de revistas que aparece no livro citado acima, também faz parte dessa história e continua com suas promoções imperdíveis de "compre 25 e leve um de graça".
Até pensei que o livro faria parte de uma série, até me dar conta que os personagens são diferentes.
Neste livro acompanhamos o Ben, um garoto de onze anos, quase doze! Ele não gosta de ir à escola, adora a edição da Revista do Encanador. E como ele acha uma tortura passar as sextas com sua avó.
Um dia eu posso romper e me libertar.Nada mais vai ser igual. O destino do Ponto Ômega é desconhecido. Todas as pessoas com quem Juliette se importa podem estar mortas. Talvez a guerra tenha chegado ao fim antes mesmo de ter começado. Juliette foi a única que restou no caminho d O Restabelecimento. E sabe que, se ela sobreviver, O Restabelecimento não sobreviverá. Entretanto, para destruir O Restabelecimento e o homem que quase a matou, Juliette vai precisar da ajuda de alguém em quem nunca pensou que pudesse confiar: Warner. Enquanto eles lutam juntos para combater o inimigo, Juliette descobre que tudo que ela pensava saber sobre seu poder, sobre Warner e até mesmo Adam era uma mentira.
Incendeia-me
Autora: Tahereh Mafi
Série: Estilhaça-me #3
Editora Novo Conceito (2014)
384 páginas
Mais uma resenha originalmente publicada no Leitura Nossa:
Sabe aquele livro que você fica desesperada pela publicação? Tanto que acaba lendo em inglês mesmo?
"Nenhuma arma, nenhuma espada, nenhum exército, nem rei, um dia será mais poderoso que uma frase."
Incendeia-me foi uma leitura quase perfeita, quando peguei a versão da Novo Conceito li num ritmo oposto ao da versão em inglês. Queria alongar a leitura o máximo possível.
Juliette enfim acorda para a vida, para a realidade que lhe rodeia. Ela evolui e passa a lutar por seus ideais, tomou decisões que deixaram não apenas a mim boquiaberta, chocou os personagens, uma mudança para melhor que foi vista por vários ângulos.
"E, se me amasse, você não ficaria no meu caminho."
Os personagens secundários continuaram me encantando. Em meio a tanta tensão ainda mantiveram a sanidade, com brincadeiras e piadinhas.
"Sou bom em tudo - ele observa. - Humilde também. - E muito bonito."
Juliette tem um plano contra O Restabelecimento, e esperei mesmo que ela fizesse bobagem, mas eis que a união faz a força e a determinação fortalece.
"- Você é como uma besta, droga - ele diz. - Digo, você sabe.... Tipo, uma besta fofa. Uma pequena besta que rasga as coisas e quebra terra e suga a vida das pessoas."