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Sob a capa vermelha, Mariana Vitória


Vencedor do concurso Sua história nos 10 anos da Galera traz uma jornada sombria inspirada em A Chapeuzinho Vermelho.
Norina sempre temeu os Indomados, mesmo nunca tendo visto um deles. Criada em um casebre por toda sua vida, a garota os imaginava como monstros, tomados por sua besta interior e abandonados pelos Doze Deuses. Até o dia que sua mãe adotiva, Ros, conta a menina que ela é um deles. Desde então, as cinzas das Domas, rituais onde os Indomados são queimados, são um lembrete constante do perigo que ela e sua mãe correm. A garota precisa continuar escondida. Viira, a Rainha imortal e filha dos Doze Deuses, tem outros planos para Norina e a envolve em uma trama para conquistar Gizamyr, reino dos homens-lobo. Com a mãe em uma masmorra, Norina não tem outra escolha a não ser embarcar para o país inimigo, com a capa vermelha da falecida princesa Mirah, esperando que o plano elaborado pela Rainha funcione. A garota então precisa atravessar um mundo que ela achou que nunca veria, onde aqueles como ela são odiados e mortos todos os dias. Entre ser tratada como escória pelos cavaleiros de Viira e interpretar uma princesa em um delicado jogo diplomático, Norina vai descobrir que abraçar a si mesma pode não ser a escolha mais fácil, mas algumas vezes é a única possível.
Sob a Capa Vermelha
Ano: 2018 
Páginas: 362
Idioma: português
Editora: Galera Record


Inspirado de forma sombria e criativa no clássico “Chapeuzinho Vermelho”, Sob a Capa Vermelha, da autora Mariana Vitória, é uma fantasia nacional que surpreende com sua mitologia única, personagens cativantes e uma trama intensa sobre identidade, lealdade e resistência.

Norina cresceu isolada do mundo, temendo os Indomados — criaturas vistas como monstros e condenadas à morte em Tergaron. O que ela não esperava era descobrir que ela mesma é uma Indomada, e que o lobo que vive dentro de si é sua maldição e, ao mesmo tempo, sua força. Quando sua mãe adotiva desaparece misteriosamente, Norina se vê forçada a fazer parte dos planos da Rainha das Rainhas, Viira, e embarca para Gizamyr, o reino dos homens-lobo, sob a identidade da princesa morta Mirah.

A narrativa intercala GGos dilemas internos de Norina com o caos do mundo externo. Um dos pontos altos da obra é a construção de um universo original, repleto de deuses, rituais e criaturas sobrenaturais, que enriquecem a ambientação e dão profundidade à trama. A mitologia criada pela autora se diferencia ao trazer novos elementos à fantasia, sem perder o tom sombrio que a história exige.

Diferente de muitas fantasias tradicionais, o livro foca no amor entre mãe e filha, tornando esse vínculo o verdadeiro motor da narrativa. A relação entre Norina e Ros é sensível, tocante e retratada com autenticidade, destacando a importância do afeto mesmo em tempos de guerra e opressão. Outro acerto da autora está na variedade e complexidade dos personagens: desde Norina, com sua força silenciosa, até Viira, uma antagonista multifacetada que intriga e surpreende.

Apesar de um desfecho um pouco apressado e algumas escolhas narrativas que podem causar frustração (como mortes que pareceram evitáveis), Sob a Capa Vermelha é uma estreia promissora de Mariana Vitória. A autora mostra domínio ao criar uma história rica em reviravoltas e emoção, provando que a fantasia nacional tem muito a oferecer.

Se você busca uma leitura que mistura magia, política, identidade e coragem — com um toque sombrio de contos de fadas —, Sob a Capa Vermelha é uma excelente pedida.


Frizzy, Claribel A. Ortega e Rose Bousamra



Vencedor dos prêmios Pura Belpré e Eisner, Frizzy é uma graphic novel emocionante sobre família, amor, cuidado e, sobretudo, o poder transformador da autoaceitação. Marlene ama três coisas: arte, sua tia maneira Ruby e se divertir com a melhor amiga, Camilla. Mas para sua mãe, Paola, as únicas coisas que ela precisa ter em mente são crescer e estudar.O que significa alisar o cabelo todo fim de semana para que ele fique mais “apresentável” e “bom” sem ter que se preocupar com os fios “rebeldes”. Mas Marlene odeia ir ao salão e não entende por que seus cachos não são considerados bonitos pelos outros. Além do mais, não pode nem brincar pra não desarrumar o cabelo! Com um pouco de chororô, uma pitada de vexame e a ajuda tão necessária de Camilla e da tia Ruby, ela dá início a uma jornada em que aprenderá a valorizar e ter orgulho do próprio cabelo.

Frizzy
Ano: 2024 
Páginas: 224
Idioma: português
Editora: Galera Record


Marlene é apenas uma garota comum que teve o azar(???) de ter nascido com cabelos cacheados em um mundo que valoriza cabelos lisos. E com uma mãe que concorda com isso. Ela não aguenta mais passar os domingos no salão para 'acalmar' seus cachos, mas, se isso agrada a sua mãe que ainda sofre com a ausência do pai, porque não fazer esse sacrifício???


Nessa jornada pra entender porque o seu cabelo é tão indesejado, Marlene tem uma super-heroina de cabelos cacheados, vai descobrir uma prima que sofre o mesmo que ela, vai ser menosprezada por parte da família, mas vai encontrar refúgio na tia também cacheada. Que vai lhe ensinar a maneira correta de tratar dos seus cachos, além de ensinar uma lição que não tem preço: a autoestima.


Frizzy é uma Hq linda na delicadeza dos traços e na mistura fofa de cores para falar a meninas dos 8 aos 13 anos sobre racismo e ensinar sobre empoderamento feminino, sororidade, ancestralidade e identidade. 







Binti, Nnedi Okorafor



Prepare-se para conhecer Binti, vencedor dos prêmios Nebula e Hugo e finalista do British Science Fiction Association Award. A extraordinária trajetória de uma menina de sua casa até a longínqua Universidade de Oomza, fora dos limites da Terra.
Seu nome é Binti, e ela é a primeira de seu povo a ser aceita pela Universidade de Oomza, a instituição superior mais prestigiada da galáxia. Sua aptidão em matemática e habilidade com astrolábios fazem dela a candidata perfeita para empreender esse desafio interestelar. É, realmente, uma oportunidade imperdivel. Mas se decidir partir para explorar as estrelas, passará a viver entre estranhos, pessoas que desconhecem completamente as tradições e os costumes himba – e, principalmente, desistirá de seu lugar entre a familía.

No entanto, conhecimento tem um custo, e Binti está disposta a pagar o preço. Mas sua jornada não será fácil. Ela precisará deixar a proteção da vida familiar em sua casa, atravessar as estrelas, afastar-se das fronteiras da Terra, mas isso não é tudo: o mundo que deseja entrar está há muito tempo infestado por Medusas – uma raça alienígena que se tornou seu maior pesadelo. A Universidade de Oomza desonrou as criaturas de uma forma inacreditável, e a viagem estelar de Binti a deixará ao alcance da rainha Medusa.

Se Binti quiser sobreviver ao legado de uma guerra não causada por ela, precisará unir os dons e a sabedoria de seu povo à sabedoria dos decanos da Universidade – mas, primeiro, ela precisa chegar viva ao planeta.

A edição brasileira de Binti conta os três volumes da trilogia reunidos em um único volume. Da mesma autora de Bruxa Akata, a série é a primeiro de Nnedi Okorafor ambientado no espaço.

Binti
Ano: 2021 
Páginas: 378
Idioma: português
Editora: Galera Record

Binti é uma ficção científica da autora nigeriano-americana Nnedi Okorafor. Vencedora do Prêmio Hugo e do Nebula, a obra é um marco do afrofuturismo, uma estética e movimento cultural que mistura ciência, tecnologia e cultura africana.


Binti é uma jovem Himba, grupo étnico do sudoeste da África, e a primeira de sua comunidade a ser aceita na Universidade Oomza, uma instituição intergaláctica de elite. Ela deixa sua família e cultura para trás, carregando consigo sua bagagem cultural – simbolizada pela argila otjize que cobre seu corpo – e, com ela, tenta encontrar um equilíbrio entre o respeito às suas raízes e a busca por novos conhecimentos.


Binti é uma personagem complexa e fascinante. Ela carrega uma dualidade em sua personalidade: ao mesmo tempo em que é profundamente conectada às suas raízes culturais, também é uma cientista talentosa, com uma mente criativa e inovadora.


Além de Binti, Okorafor desenvolve o Meduse, uma raça alienígena com quem a protagonista estabelece um relacionamento difícil, mas crucial. Esses seres são inicialmente inimigos, mas a narrativa leva o leitor a compreender a complexidade dos conflitos e a possibilidade de reconciliação e entendimento.


A história se passa em um futuro onde a Terra faz parte de uma rede intergaláctica, e a autora mescla cenários terrestres com descrições de planetas alienígenas e tecnologias avançadas. Binti se destaca ao dar visibilidade a personagens negras e à cultura africana em um contexto de alta tecnologia e exploração espacial, algo raramente visto no gênero. Além disso, o livro aborda questões como migração, preconceito e a importância da diversidade cultural.


Para quem deseja uma ficção científica que ultrapasse as fronteiras ocidentais tradicionais e ofereça uma perspectiva rica e diversa, Binti é leitura indispensável.


Todas as suas imperfeições, Colleen Hoover



Todas as suas imperfeições narra a história de Quinn e Graham. Eles se conhecem no pior dia de suas vidas; ela chega mais cedo de uma viagem para surpreender o noivo, ele testemunha a traição da namorada. E é assim que ambos acabam no corredor de um prédio, trocando confidências, biscoitos da sorte e palavras de conforto.

Fim da dança… se o destino não tivesse outros planos para os dois. Meses mais tarde, os acordes tocam para o casal mais uma vez e eles se reencontram. Graham está convencido de que são almas gêmeas. Quinn jamais se sentiu dessa forma antes. A intensidade do sentimento os assusta, mas eles mergulham de cabeça mesmo assim.

O casamento é tudo o que sonhavam, a parceria perfeita. Mesmo nos momentos difíceis, sabem que podem contar com o outro. Nenhum deles desiste do amor que sentem. Até que a primeira nota dissonante abala a sinfonia do casal. Até que Quinn parece estar disposta a trocar tudo o que é pela única coisa que não consegue ser: mãe.

A luta do casal por um filho arrisca os alicerces da relação. Quinn não pode engravidar. Graham não é um candidato para adoção por conta de um erro do passado. O impasse os deixa parados no salão, no silêncio. A orquestra está em suspenso. Os dois parecem surdos para a música do amor.

Em Todas as suas imperfeições, Colleen coloca sua marca em mais uma obra comovente e inesquecível.

Todas as suas imperfeições
Ano: 2019
Páginas: 304
Idioma: português
Editora: Galera Record


Quinn conheceu Graham em um dos momentos mais marcantes de sua vida, mal sabia ela que ele se tornaria seu grande amor. Anos depois esse amor sofre com um possível fim e tudo isso por conta da Quinn não conseguir engravidar.
Ali começa a verdadeira história, como superar esse peso e fazer o casamento funcionar? Ou é melhor deixar o homem que ama ir embora? Quinn precisa descobrir a si mesma e o que deseja antes que seja tarde demais.

“Às vezes as pessoas se encontram e as aparências não contam, porque conseguem enxergar além delas.”

Essa história foi um pouco difícil de acompanhar, pois fala de algo que eu vivi por muito tempo, a impossibilidade de ser mãe e sei o quão doloroso isso pode ser, claro que a história da Quinn vai além da minha e traz algo mais pesado, mas ainda assim foi difícil acompanhar.
Graham foi um personagem que me conquistou desde o início e por pouco pensei que ia odiar ele em certo momento, mas ele me mostrou que é impossível odiá-lo, me identifiquei com ele também em vários momentos.

“Não importa o quanto você ame alguém... a força desse amor nada significa se supera sua capacidade de perdoar.”

É um livro forte, marcante, na minha opinião, um livro que merece seu tempo e que tem cartas difíceis de ler, chorei de soluçar com as cartas do Graham e juro que esse casal me ensinou um pouco mais sobre o que é o verdadeiro amor.
Não preciso dizer o quanto amei esse livro, pois acredito que já ficou implícito na resenha, CoHo segue sendo uma das minhas autoras favoritas, crescendo bastante no meu coração e estante a cada dia que passa.

Se você ainda não leu essa obra, recomendo muito dar uma chance.

Sangue Dourado, Namina Forna


Na aguardada sequência de Sangue dourado, best-seller do New York Times, Deka está a cada dia mais poderosa, porém, antes de usar qualquer superpoder precisará aprender em quem confiar. Ideal para os fãs de Pantera Negra, N. K. Jemisin e Octavia Butler.

Já se passaram seis meses desde que Deka libertou as Douradas e descobriu não apenas quem realmente é, mas também qual o seu propósito no mundo. Agora, o reino inteiro está em guerra. Os oterianos veem todos os aliados de Deka como traidores. E ela própria é chamada de monstro.

Mas a verdadeira batalha está apenas começando. Encarregada de libertar o restante do exército das deusas, Deka se depara com um símbolo estranho assim que inicia a tarefa, e ele está em todos os lugares, até nas armaduras de seus inimigos. Há algo incomum no símbolo, fazendo Deka sentir náuseas só de olhar. E, para piorar, o símbolo parece bloquear seus poderes. Ela não pode comandar ou se comunicar com os novos uivantes da morte. Na verdade, ela nem sequer consegue entender o que eles falam.

Há algo sinistro conectado ao símbolo, algo cruel que ameaça toda a humanidade. Ela e seu exército precisarão descobrir do que se trata e pará-lo o mais rápido possível. Caso contrário, mesmo cada vez mais forte, Deka talvez não dê conta de levar Otera ao tempo de paz e igualdade com que tanto sonha.
Sangue Cruel
Imortais #2
Ano: 2022 
Páginas: 434
Idioma: português
Editora: Galera Record

Sangue Cruel é o segundo livro da série Imortais e vai encontrar Dela 6 meses após a guerra que começou em Sangue Dourado.

Deka está mais forte do que nunca e, junto com as Alakis, formam um exército poderoso que trabalha em prol das antigas deusas de Otera e luta para libertar mulheres como elas da opressão masculina e da religiosidade do seu povo. 

Mas o exército inimigo está sendo protegido por um símbolo estranho que parece bloquear seus poderes e transmite a Deka a sensação de que toda a humanidade está em perigo. Em busca de informações, Deka terá a chance de conhecer o outro lado da história da Deusas, mas terá que ser perspicaz para escolher em quem acreditar e de que lado vai ficar.

Quero ressaltar aqui a importância dos personagens secundários, pois sem Britta, Adwapa, Asha, Belcalis, Keita e os urunis essa história não seria tão incrível.  

Com uma narrativa mais densa e reflexiva, também o romance acompanha essa linha. A autora continua falando sobre empoderamento e protagonismo feminino, sem deixar de lado o protagonismo trans e gay com muita propriedade, derrubando rótulos e quebrando preconceitos.

Uma sequência incrivelmente bem construída que só faz aumentar a ansiedade pelo próximo livro.

De sangue e cinzas, Jennifer L. Armentrout


Uma donzela
Escolhida desde o nascimento até a inauguração de uma nova era, a vida de Poppy nunca foi dela. A vida de donzela é solitária. Nunca sendo tocada. Nunca sendo vista. Nunca falando. Nunca experimentando prazer. Esperando o dia de sua ascensão, ela preferia estar com os guardas, combatendo o mal que tomou sua família, do que se preparando para ser considerada digna pelos deuses. Mas a escolha nunca foi dela.

Um dever
O futuro do reino inteiro repousa sobre os ombros de Poppy, algo que ela nem tem certeza de que quer para si mesma. Porque uma donzela tem um coração. E uma alma. E saudade. E quando Hawke, um honrado guarda de olhos dourados destinado a garantir sua Ascensão, entra em sua vida, destino e dever ficam emaranhados de desejo e necessidade. Ele incita a raiva dela, faz com que ela questione tudo em que acredita e a tenta com o proibido.

Um reino
Abandonado pelos deuses e temido pelos mortais, um reino caído está surgindo mais uma vez, determinado a recuperar o que eles acreditam ser deles através da violência e da vingança. E à medida que a sombra daqueles amaldiçoados se aproxima, a linha entre o que é proibido e o que é certo fica obscurecida. Poppy não está apenas prestes a perder o coração e ser considerada indigna pelos deuses, mas também a sua vida quando todos os fios encharcados de sangue que mantêm seu mundo unido começam a se desfazer.

De Sangue e Cinzas
De sangue e cinzas #1
Ano: 2021 
Páginas: 672
Idioma: português
Editora: Galera Record

Tenho certeza que vou já deve ter lido muita coisa sobre De Sangue e Cinzas. Mas eu precisava deixar registrado todo o meu amor por essa história e por seus personagens.

Apesar das cicatrizes e da vergonha que tem delas, Poppy sobreviveu ao ataque de criaturas assustadoras que mataram seus. Por isso se tornou a Donzela, única esperança para mudar o destino do seu povo. 

Mas ela deseja mais do que ser reverenciada. Poppy quer escrever sua história através de suas próprias experiências. 

Hawke entrará em sua vida como seu guarda pessoal, mas como resistir a esse moreno alto, forte, sarcástico e sexy? Mas Hawke é ainda mais do que isso, ele é galante, cortês e paga um pau da p#orra por essa mocinha. 

Amei a história que faz as vidas de Poppy e Hawke se cruzarem e o choque de ideais que ela sofre ao se separar com o outro lado da história que sempre lhe contaram. Não sei vocês, mas eu senti uma vibe meio vampiresca, não é isso?

Mas, querido leitor, devo confessar que nada supera o romance hot que esse livro nos entrega. Esse sim é um hot de responsa! Achei que não passaria da página 50, mas vi que é impossível abandonar essa história. Pior ainda, já tô lendo o segundo livro.

E você, já se rendeu á série???

Os Doze Dias De Dash & Lily, David Levithan

 
Não há época mais feliz que o Natal! Bem, dessa vez Lily não está tão animada assim, mas seu namorado, Dash, está prestes a tornar a data inesquecível (para o bem ou para o mal?). Os doze dias de Dash & Lily é a continuação do romance natalino O caderninho de desafios de Dash & Lily, sucesso também na Netflix.
O namoro de Dash e Lily não anda muito bem das pernas. Depois do apaixonante encontro dos dois em O caderninho de desafios de Dash & Lily, o romance parece ter esfriado, mas não sem motivo, afinal de contas, o ano não foi fácil.O amado avô de Lily sofreu um infarto, e ela agora precisa conciliar os estudos, o trabalho como passeadora de cães, todo auxílio que o vovô requer e, ufa, o relacionamento com Dash. Em meio a uma rotina tão cansativa, a personalidade vibrante de Lily parece estar se apagando. Por isso, seu irmão, Langston, decide deixar de lado a implicância com Dash para que os dois possam planejar juntos uma maneira de animá-la.Dash parece ter a ideia perfeita! O que ele não sabe é que parte da tristeza de Lily é culpa dele, que nem ao menos respondeu ao ""eu te amo"" dela. Mas é óbvio que ele a ama (mesmo que não diga com todas as palavras). Faltanto apenas doze dias para o Natal, ele resolve pôr em prática o plano de recuperar o espírito natalino da namorada. Ainda que eventos desagradáveis continuem surgindo e nenhuma de suas surpresas pareça dar muito certo, Dash não vai desistir de tornar a época favorita de Lily em um momento especial."

Os Doze Dias De Dash & Lily
Dash & Lily #2
David Levithan
Rachel Cohn
Ano: 2022 
Páginas: 240
Idioma: português
Editora: Galera Record

Dash e Lily é um daqueles casais que habitam o mundo das maravilhas românticas que tem o Natal como pano de fundo. Seria mesmo o Natal um feriado romântico? Pode até ser, mas agora que estão prestes a completar um ano de namoro, eles vão perceber que, em qualquer época, precisamos nos esforçar para isso seja sempre verdade.

Depois que Lily e Dash se apaixonaram e provaram que os opostos se atraem e até que funcionam bem juntos, a vida real vai pesar no relacionamento dos dois. Afinal esse tem sido um ano bem difícil para Lily que está cuidando do seu avô por conta de sua saúde debilitada. Sua obsessão por estar presente em todas as consultas, sessões de fisio e afins, fez com que ela se mantivesse afastada de Dash e desligada da proximidade da data que mais ama. Não bastasse isso, ela ainda tem que lidar com a mudança de Langston, seu irmão, que vai morar com o namorado, com a mudança do avô para a casa da irmã e com uma possível mudança dos pais.

Mesmo não sendo fã de Dash, Langston o convoca para mudar esse cenário. Dash compra Oscar, uma árvore de natal e, a doze dias da grande data, ele, Langston, a família de Lily e de Dash e seus melhores amigos se reúnem para a cerimônia de iluminação da árvore, na intenção de resgatar a antiga Lily. 

Diferente do primeiro livro, onde tudo parecia perfeito, a história agora vem com uma forte dose de realidade para Lily que não sabe muito bem como lidar com a avalanche de mudanças que estão acontecendo em sua vida, sem contar que ela ainda é uma adolescente. Vi muitas pessoas criticando a história por causa disso, mas confesso que é justamente por causa disso que amei tanto o novo rumo que os autores deram para a personagem. 

Lily vai precisar enfrentar a angústia e a dor das coisas que não saem como o planejado, amadurecer para que o seu relacionamento não tenha um fim por causa do seu sofrimento e aprender que amar também é deixar ir. 

Cohn e Levithan trazem um romance no estilo conto de fadas dentro do universo real, e conseguem mostrar que o encanto das datas festivas alimentam o amor, mas é preciso muito mais para o manter vivo. 


Pássaro e Serpente, Shelby Mahurin




Juntos como um só, para amar, honrar ou queimar. Pássaro e serpente é o primeiro livro de uma trilogia deslumbrante que une bruxaria, fantasia, perigos e um amor proibido. A pré-venda acompanha um lindo pingente de serpente e um marcador de páginas. Há dois anos, Louise le Blanc precisou fugir de seu clã e se escondeu na cidade de Cesarina, deixando para trás toda a magia e vivendo de tudo que pudesse roubar.
No entanto, a cidade é cheia de perigos e mistérios para alguém como ela. Na região, caçadores da Igreja caminham pela cidade, venerados como verdadeiros homens santos. E o arcebispo, o rigoroso patriarca da Igreja, parece ser violento. Lá, bruxas como Lou são temidas, caçadas... e, então, queimadas. Reid Diggory vive sua vida com base em um versículo: não permitirás que uma bruxa viva. Fanático caçador de bruxas para a igreja, Reid dedicou toda sua vida erradicando o ocultismo e fazendo com que o arcebispo da cidade, seu pai, ficasse orgulhoso de suas ações.

Mas quando chega o momento e a oportunidade de capturar uma bruxa, um ladrão o engana e seu alvo consegue escapar. Com a intenção de levá-la a julgamento, Reid acredita que ela não escapará novamente. Mas quando Lou dá um golpe perverso e o engana outra vez, em um escândalo público, os dois são forçados a uma situação inimaginável: o casamento. O casamento com um caçador poderia proporcionar uma proteção verdadeira às bruxas – se Lou conseguisse convencê-lo de que não é uma. No entanto, à medida que o tempo passa, seu segredo se torna cada vez mais difícil de ser mantido escondido. Apesar do perigo que Reid representa à sua sobrevivência, complexos sentimentos de Lou por Reid começam, lentamente, a nascer. Incapaz de mudar o que realmente é, Lou precisará fazer uma escolha.

Pássaro e Serpente
Pássaro e Serpente #1
Ano: 2021 
Páginas: 504
Idioma: português
Editora: Galera Record


Sim, li esse livro no ano passado mas não sabia bem por onde começar a falar sobre ele. Vem comigo que você vai me entender.

Pássaro e Serpente é uma fantasia onde o universo das bruxas deveria ser o tema principal. Louise le Blanc, Lou, é uma bruxa poderossísima que precisou fugir do seu clã, principalmente de sua mãe. Mas em Cesarina ela também não está a salvo, lá vivem os Chasseur's, os mais renomados caçadores de bruxas e toda uma sociedade cega pela religiosidade propagada pelo arcebispo que impõe à mulher um lugar de submissão e inferioridade. 

“O amor torna insensato todos nós, amada”

Reid Diggory, líder dos Chasseur's, dedica toda a sua vida à missão de caçar e matar bruxas. Mas o destino, caros leitores, é um debochado, e fará o caminho dessas almas tão opostas se cruzar de maneira tão definitiva que só o casamento poderá acalmar um escândalo sem precedentes! 

Mas o mundo não está tranquilo. Morgane, mãe de Lou, está a sua procura para, com o seu sacrifício, reestabelecer o poder das bruxas em Belterra

“Nunca existira uma escolha. Não para mim. Desde o primeiro momento em que a vi naquele cortejo. Meu destino tinha sido selado. Se estava destinada a queimar no inferno, então eu queimaria com ela.”


Só esse enredo já daria uma história incrível, mas Shelby Mahurin vai muito além. Em seu livro de estreia ela já faz história trazendo à tona tudo o que está oculto nesse ancestral medo das bruxas e aborda temas polêmicos como o machismo e o medo que os homens sempre tiveram do poder feminino, a religião como forma de opressão do povo pobre e, principalmente, das mulheres, a corrupção dentro da igreja, o medo do desconhecido e do diferente que acaba virando preconceito e a dificuldade de aceitar o outro como ele é. Mas também mostra o lado bom das pessoas e mostra a importância da amizade verdadeira em qualquer circunstância e o poder do amor que supera as diferenças.


"Só Deus pode nos julgar. Só Deus pode ler o que existe lá dentro das nossas almas. E acho que entende o poder das circunstâncias... do medo. Acho que existem poucas verdades absolutas neste mundo. Só porque a Igreja acredita que FULANO sofrerá eternamente por conta de sua doença mental... Isso não significa que de fato sofrerá".


Então, se você gosta de fantasia, esse livro é para você. Mas se você nunca leu fantasia (como assim???), esse é o livro ideal pra você se apaixonar por esse gênero e nunca mais parar de ler. 

 “Não termina em morte. Termina em esperança.

Esperança.”

Sangue Dourado, Namina Forna


Deka tem dezesseis anos e vive com medo e na expectativa da cerimônia de sangue que determinará se ela se tornará um membro de sua aldeia. Diferente de todos os outros por causa de sua intuição não natural, Deka ora por sangue vermelho para que ela possa finalmente sentir que pertence.

Mas no dia da cerimônia, seu sangue corre dourado, a cor da impureza e Deka sabe que enfrentará uma consequência pior do que a morte.

Então, uma mulher misteriosa vem até ela com uma escolha: ficar na aldeia e se submeter ao seu destino, ou partir para lutar pelo imperador em um exército de garotas como ela. Eles são chamados de quase imortais, com raros dons. E eles são os únicos que podem impedir a maior ameaça do império.

Sabendo dos perigos que se aproximam, mas ansiando por aceitação, Deka decide deixar a única vida que ela já conheceu. Mas ao viajar para a capital para treinar para a maior batalha de sua vida, ela descobrirá que a grande cidade murada guarda muitas surpresas. Nada e ninguém é exatamente o que parece ser - nem mesmo a própria Deka.

O início de uma série de fantasia ousada e envolvente para os fãs de Filhos de Sangue e Osso e Pantera Negra.

Sangue Dourado
Imortais #1
Ano: 2021 
Páginas: 378
Idioma: português
Editora: Galera Record

Deka, 16 anos, como  toda adolescente do seu povoado está prestes a passar pelo ritual de sangue que vai determinar se ela é pura diante dos deuses ou não. Desprezada pelo seu povo por causa do passado de sua mãe, ela teme as duras consequências de sangrar dourado. E é justamente isso que acontece. 

Desprezada mais uma vez, inclusive pelo seu pai, depois de submetida a uma série de torturas e decobri que nenhuma delas é capaz de lhe tirar a vida, até Deka começa a acreditar que é um demônio. A única oferta que lhe parece razoável é seguir uma mulher misteriosa a quem ela chama de Mãos Brancas e se juntar ao exército alaki formado por mulheres como ela e lutar contra os Uivantes Mortais, a maior ameça do seu povo.

Durante o seu treinamento para se tornar uma verdadeira guerreira alaki e aprender a lidar com a força e poderes extraordinários que tem, Deka vai perceber o quanto ela é importante para o reino de Otera, mesmo que precise dar a sua vida pra isso. Ela vai conviver com outras mulheres como ela, que sofreram com a maldade dos homens, e daí vai surgir uma bela história de sororidade. Isso sem falar do empoderamento feminino negro que a autora traz. Suas guerreiras são mulheres negras, fortes, de cabelos crespos ou de cabeça raspada, com a coragem que só quem enfrenta a morte todos os dias é capaz de ter. 

Ao lado de Brita, sua melhor amiga, e de Keita, soldado designado para protegê-la e que promete um lindo romance, Deka vai se tornar a líder que o exército das alaki precisa, principalmente quando ela descobre que as coisas não são realmente como  lhe contaram e ele terá que escolher de que lado deve ficar. 

Sangue Dourado é uma fantasia deliciosa de se ler, com uma protagonista de fibra que precisa amadurecer muito rápido diante de uma realidade hostil mas que ela enfrente de peito aberto. Uma leitura que faria os meus ancestrais vibrarem e que me dá vontade de fazer toda garota negra ler para se inspirar na força e na coragem de Deka.


O estranho caso do cachorro morto, Mark Haddon



Um dos melhores livros do século 21 segundo o jornal The Guardian agora com um projeto gráfico especial e ilustrações inéditas. Acompanhe Christopher a desvendar o estranho caso do cachorro morto e a descobrir verdades inesperadas sobre si mesmo e o mundo. Um dia Christopher Boone encontra o cachorro da vizinha morto, transpassado por um forcado de jardim. Fã das histórias de Sherlock Holmes, o adolescente de 15 anos decide iniciar sua própria investigação e escrever um livro relatando o passo a passo para a resolução do mistério. Apesar de sonhar em ser astronauta, Christopher nunca foi além de seu próprio mundo e a busca pelo assassino do cãozinho Wellington o fará descobrir um universo inteiramente novo.Analisar fatos e seguir pistas é fácil para Christopher. Afinal, ele é esperto, conhece todos os países do mundo e suas capitais, consegue dizer todos os números primos até 7.057 e tem extrema facilidade com matemática e física. Mas a coisa complica na hora de precisar entender as emoções humanas, as piadas ou, ainda, as metáforas. E ainda por cima ele tem muita dificuldade para interpretar a mais simples expressão facial de qualquer pessoa ― o que pode dificultar um pouco a sua missão.Criado entre professores e pais que definitivamente não sabem lidar com suas necessidades especiais, Christopher é autista e observa com inocência a confusão emocional da vida dos adultos ao redor.
Narrado em primeira pessoa, O estranho caso do cachorro morto convida o leitor a conhecer o singular mundo de Christopher a partir de seu próprio olhar com muita sensibilidade.

“Gloriosamente excêntrico e maravilhosamente inteligente.” – The Boston Globe
“Com tanto suspense e angústia quanto um livro do Conan Doyle.” – The New York Times Book Review
“Um feito soberbo. Ele é um escritor inteligente e engraçado com uma rara empatia.” – Ian McEwan, autor de Serena e Amsterdam, vencedor do Booker Prize em 1998

O estranho caso do cachorro morto
Ano: 2022 
Páginas: 240
Idioma: português
Editora: Galera Record


Christopher, 15 anos, garoto curioso e muito inteligente que vive com seu pai em uma vizinhança pacata, estuda e está se preparando para um teste de Matemática Avançada é o nosso protagonista. Apesar de sua inteligência acima da média, ele tem grande dificuldade de interagir com pessoas e de entender emoções e convenções sociais por conta da Síndrome de Asperger. Considerado como dono de um comportamento estranho, ele é julgado pelas pessoas sempre de maneira pejorativa ou subestimado.

"Acho as pessoas complicadas. Por duas razões principais. A primeira razão principal é que as pessoas conversam um bocado sem usar qualquer palavra."
Mas a aventura de Christopher começa quando ele encontra o cãozinho Wellington morto e decide que vai descobrir quem o matou pois essa pessoa não pode ficar impune. E sua busca pela verdade vai trazer mais conhecimento e segredos revelados sobre sua própria vida, inclusive o real paradeiro de sua mãe que ele acreditava estar morta.

"A gente sempre sabe o que um cachorro está pensando. O cachorro pode estar de quatro jeitos: Feliz, triste, zangado e concentrado. Além disso, os cachorros são leais e não dizem mentiras porque não podem conversar."
A narrativa do livro é toda feita através do olhar de Christopher e vai alternando entre a investigação e o seu cotidiano, o que nos possibilita acompanhar o pensamento de Chris e conhecer a fundo quem é esse adolescente. E o que pode parecer confuso ao leitor é justamente a forma como ele compreende o mundo, o que pode ser visto, por exemplo, na númeração dos capítulos somente com números primos, uma de suas paixões, ou na explicação de operações matemáticas no meio da história.

"Não gosto de estranhos porque não gosto de pessoas que eu nunca tenha encontrado antes. Elas são difíceis de entender."
O estranho caso do cachorro morto é um livro divertido, leve, com uma fluidez incrível que traz, ao memso tempo, uma complexidade incrível ao ter a coragem de abordar temas delicados e necessários com a naturalidade e humanidade imprescindíveis para aproximar visões de mundo tão diferentes. 

Uma rosa no concreto, Angie Thomas


Em Uma rosa no concreto, Angie Thomas revisita os personagens do sucesso O ódio que você semeia. Conheça a história de Maverick Carter aos 17 anos e de como ele se tornou o pai de Seven e Starr.
Maverick Carter sabe que um homem de verdade cuida da própria família. Como filho de uma ex-lenda da gangue King Lords, Mav faz isso da única maneira que conhece: vendendo drogas. O dinheiro serve para ajudar a mãe, que trabalha em dois empregos para sustentar a casa enquanto o pai está na prisão.
Com apenas 17 anos, sabe que sua vida não é perfeita, mas com uma namorada de tirar o fôlego e um primo superprotetor, Mav tem tudo sob controle.
Ou melhor, tinha... até descobrir que é pai de um bebê de três meses.
Conciliar a vida nas ruas, os estudos e ainda ser um bom pai não é tarefa fácil. Ainda mais com Iesha, a mãe do bebê, deixando todo o trabalho em suas mãos. Por isso, quando tem a chance de dar um rumo diferente a sua vida, Maverick aproveita. Em um mundo que espera sua derrota, Mav quer provar que é diferente. Afinal, até rosas conseguem florescer nas situações mais adversas.
Mas com o sangue dos King Lords correndo em suas veias, deixar tudo para trás pode ser um verdadeiro desafio. A lealdade, a vingança e a responsabilidade de Mav são postas à prova, especialmente depois do brutal assassinato de um ente querido. Ele terá que descobrir por si mesmo o que realmente significa ser um homem.
Uma rosa no concreto oferece uma visão sincera e delicada sobre a masculinidade negra, tanto de jovens quanto de adultos. Ambientado nos anos 1990, o livro é embalado por rap, R&B e até as boy bands mais famosas da época.
Uma rosa no concreto
Angie Thomas
Ano: 2021 
Páginas: 318
Idioma: português
Editora: Galera

Se você já ou assistiu O ódio que você semeia, vai estar familiarizado com a maioria dos personagens de Uma rosa no concreto. Se você ainda não leu... Então... Vou te contar o que rola aqui mas, tenho certeza, que depois disso você vai correr pra ler! 

Maverick Carter é o nosso protagonista, um jovem negro, 17 anos, morador de um conjunto habitacional, filho do lendário Big Don, líder dos King Lords. Sua mãe trabalha em dois empregos (como o Julius rsrsrs) para manter a casa enquanto o marido está preso. Tudo o que ela quer é que Mav estude e não se envolva com o crime e o tráfico de drogas. Mas será que ele consegue?

Namorando Lisa, uma menina certinha e de outro nível social, Mav descobre que tem um filho de três meses e Iesha, a mãe da criança, deixa o pequeno Seven aos seus cuidados tornando a vida do Little don um verdadeiro caos. Agora ele tem um filho para criar e não quer que ele tenha um pai como o dele, Mav vai tentar levar os estudos a sério e se afastar de toda a herança de seu pai na gangue. Mas a vida de Mav ainda vai ficar mais difícil quando ele descobrir que Lisa também está grávida. 

Como já era esperado, Angie Thomas supera todas as minhas expectativas em mais uma história incrível que aborda a realidade de pessoas pretas, pobres e periféricas. Uma rosa no concreto é um verdadeiro retrato da sociedade injusta, determinista e segregacionista em que vivemos e que tenta ditar qual é o lugar de cada ser humano dentro dela baseado na cor de sua pele. Ao mesmo tempo em que é um ato de resistência, provando que todos podem ocupar o lugar que quiser.

O bosque das coisas perdidas, Shea Ernshaw



Nora Walker vem de uma longa linhagem de bruxas naturais e tão antigas quanto o Bosque de Vime. Há quem diga, inclusive, que elas originaram do próprio bosque, com raízes nos cabelos e terra sob as unhas. Mas Nora Walker tem um segredo: ela nasceu sem a dádiva que une as Walker à floresta.Oliver Huntsman também tem seus segredos. Desaparecido por duas semanas desde a noite da nevasca, ele é encontrado por Nora na floresta, mas suas memórias permanecem perdidas.
Como o vento que sussurra, os caminhos dos dois se entrecruzam enquanto a magia da floresta permeia um misterioso romance tão real quanto sobrenatural.

O bosque das coisas perdidas
Ano: 2022 
Páginas: 368
Idioma: português
Editora: Galera Record


Nora é uma Walker, uma linhagem de mulheres bruxas que vivem às margens do Lago Jackjaw desde sempre. Temidas por seu poder, a solidão sempre esteve presente na vida dessas mulheres. Mas Nora não tem poder algum. Sua mãe rejeita a tradição da família e sua avó, a única que lhe ensinava sobre o legado da família, faleceu. 

Para piorar as coisas, a comunidade está isolada do resto do mundo sem sinal de telefone ou internet, sem energia elétrica e com as estradas interditadas por uma nevasca. Na companhia de Fin, seu cão e guardião, Nora vai até o Bosque de Vime, centro da floresta temido por todos onde só as Walker conseguem entrar e sair vivas de lá, e encontra um garoto quase congelando. Nora o leva para casa e esse ato de bondade pode ter despertado forças antigas e poderosas que ela desconhecia.

Com uma narrativa lenta e, em alguns momentos, lenta demais, a autora nos transporta de maneira magnífica para um cenário de cabanas, acampamento, floresta, magia e muita neve. A maneira como Shea Ernshaw descreve essa ambientação beira o visual, e dá quase para sentir o cheiro das árvores. 

Numa mistura de fantasia, um pouquinho de terror e uma pitada de romance fofinho, a autora fala sobre a dificuldade de aceitar as diferenças, fala sobre como mulheres poderosas são temidas e rejeitadas por conta do seu poder, mas também fala de sororidade, do sentimento de pertencimento, de amizade, de admiração e do amor e respeito à floresta e às criaturas da natureza.

Um de Nós Está Mentindo, Karen M. McManus


Cinco alunos entram em detenção na escola e apenas quatro saem com vida. Todos são suspeitos e cada um tem algo a esconder. Numa tarde de segunda-feira, cinco estudantes do colégio Bayview entram na sala de detenção: Bronwyn, a gênia, comprometida a estudar em Yale, nunca quebra as regras. Addy, a bela, a perfeita definição da princesa do baile de primavera. Nate, o criminoso, já em liberdade condicional por tráfico de drogas. Cooper, o atleta, astro do time de beisebol. E Simon, o pária, criador do mais famoso app de fofocas da escola. Só que Simon não consegue ir embora. Antes do fim da detenção, ele está morto. E, de acordo com os investigadores, a sua morte não foi acidental. Na segunda, ele morreu. Mas na terça, planejava postar fofocas bem quentes sobre os companheiros de detenção. O que faz os quatro serem suspeitos do seu assassinato. Ou são eles as vítimas perfeitas de um assassino que continua à solta? Todo mundo tem segredos, certo? O que realmente importa é até onde você iria para proteger os seus.

Um de Nós Está Mentindo
Seu desafio: ligar os pontos.
Um de Nós Está Mentindo #1
Ano: 2018 
Páginas: 384
Idioma: português
Editora: Galera Record


" Mas estou começando a me dar conta de que há coisas que são impossíveis de serem desfeitas, não importa o tamanho das boas intenções. "

Só mesmo uma detenção que parece ter sido forjada poderia reunir na mesma sala Bronwyn, a melhor aluna e de futuro garantido numa ótima universidade; Addy, a garota bonita e popular que também namora com o garoto popular; Cooper, jogador de beisebol com carreira garantia pelo talento; Nate, filho de pai alcoólatra, mãe desaparecida e que está em condicional; e Simon, criador de um aplicativo de fofocas que já destruiu a vida de algumas pessoas do colégio.

Parece que você já viu esses personagens em tantas outras histórias, não é? Mas não se engane, essa turma tem muito mais a revelar do que essa primeira impressão. 

Simon sofrerá um reação alérgica que será fatal e todos os seus colegas de detenção serão suspeitos de terem provocado a sua morte. Mas esse não é o único mistério que sustenta a história. Seja porque Simon não era lá muito querido e tinha várias pessoas com motivos suficientes para desejar a sua morte ou porque os principais suspeitos tenham muitos segredos.

Uma característica que alimenta o lado detetive do leitor é a narrativa ser feita pelo ponto de vista dos quatro colegas de detenção. Narrativas extremamente esclarecedoras mas que não vão tornar nada fácil a solução desse mistério.

Confesso que estava preparada para uma leitura morna, mas a Karen M. McManus me surpreendeu principalmente por mostrar que ninguém é totalmente bom nem absolutamente mal, além de verdadeiramente surpreender com um final muito bem amarrado, sem pontas soltas e com todas as perguntas respondidas. 

Quilombo Orum Aiê, André Diniz

 

Capivara é o apelido de um menino escravo que cresceu ouvindo falar de um quilombo idílico, onde não há guerra, fome nem doenças, e todos vivem em paz com a natureza. Após uma perigosa revolta de escravos em Salvador, ele resolve que esta é a hora de tentar achar o mítico Quilombo Orum Aiê e finalmente reencontrar seu pai.

O Quilombo Orum Aiê
Ano: 2010 
Páginas: 110
Idioma: português
Editora: Galera Record
Quilombo Orum Aiê nos conta a história da Revolta dos Malés, um movimento liderado pelos escravos malés que oram trazidos da África para Salvador e que lutavam contra a situação desumana a que eram submetidos. 
Estamos em Salvador, no ano de 1835. Nesse momento histórico, o que mais temos são escravos que trabalham na rua ou em estabelecimentos comerciais mas que entregam todo o ganho para o seu senhor. Se misturam também escravos de várias origens, etnias e religiões oriundos de vários partes da África. 

Vinícius, apelidado de Capivara porque se recusa a comer carne porque não acha justo matar um animal para comer, é um jovem escravo que cuida do padrinho e é aprendiz de um outro escravo que trabalha como barbeiro. Seu sonho é fugir e ir viver no Quilombo Orum Aiê, que tanto sua mãe falava e que ele acredita saber exatamente como chegar lá por causa de suas histórias. 

Com a revolta dos escravos, Capivara e Fagundo aproveitam para fugir. Mas também são acompanhados por Sinhana, jovem por quem Capivara nutre um forte sentimento; por Antero, um branco foragido da justiça, e por Abul, um escravo malé que não fala a língua deles. E aqui eu quero ressaltar a riqueza de personalidade com a qual cada personagem foi construído. Através de diálogos interessantíssimos e cheio de citações de filósofos, vamos acompanhando a jornada desse grupo incomum, conhecendo suas peculiaridades  e torcendo para que eles encontrem o tão sonhado quilombo e a liberdade.   

Além de uma história incrível, não posso deixar de exaltar o traço do André Diniz que dá um toque todo especial à história por ser absolutamente influenciado pela arte africana. Uma maneira de aprender mais sobre esse período ao esmo tempo rico e cruel da nossa história, enquanto absorvemos um pouco de filosofia e analisamos as questões internas de cada personagem. Recomendadíssimo. 

Novembro, 9, Colleen Hoover

 


Autora número 1 da lista do New York Times retorna com uma história de amor inesquecível entre um aspirante a escritor e sua musa improvável.Fallon conhece Ben, um aspirante a escritor, bem no dia da sua mudança de Los Angeles para Nova York. A química instantânea entre os dois faz com que passem o dia inteiro juntos – a vida atribulada de Fallon se torna uma grande inspiração para o romance que Ben pretende escrever. A mudança de Fallon é inevitável, mas eles prometem se encontrar todo ano, sempre no mesmo dia. Até que Fallon começa a suspeitar que o conto de fadas do qual faz parte pode ser uma fabricação de Ben em nome do enredo perfeito. Será que o relacionamento de Ben com Fallon, e o livro que nasce dele, pode ser considerado uma história de amor mesmo se terminar em corações partidos?

Novembro, 9
Ano: 2016 
Páginas: 352
Idioma: português
Editora: Galera Record

Fallon conhece Ben no mesmo dia de sua mudança para outro estado, a forma inusitada como ele entra em sua vida mostra que nada é de fato como pensamos que deveria ser, principalmente para ela, uma garota insegura por conta de um incêndio que queimou 30% do seu corpo a dois anos atrás. Fallon carrega inseguranças absurdas por conta de suas cicatrizes e seu pai, qual ela considera culpado de tudo, não demonstra lembrar dos próprios erros, apenas lhe incentiva a desistir de ser atriz tendo em vista que ela não é mais como a indústria gostaria que fosse.

Ouvir a conversa de Fallon com o pai deixa Ben tão revoltado que ele decide intervir e com isso se torna o namorado de mentirinha de Fallon, mas o que deveria ser só aquele momento rápido, acaba se tornando algo muito maior e Ben não se vê mais distante de Fallon, mesmo sabendo que ela está de mudança e que talvez nunca mais eles se vejam, por isso surge um acordo entre os dois, eles vão se encontrar todo 09 de novembro durante cinco anos e durante esse dia eles ficaram juntos completamente para ver o que vai dar, a questão que Fallon não sabe é que Ben tem um segredo e esse segredo pode acabar com tudo.

“Sei que ele já se desculpou o bastante, mas até que ponto posso perdoá-lo por se esquecer de mim?”

Narrado por Fallon e Ben, o romance de Colleen Hoover é dramático e carregado de significados, com uma história incrível de amor-próprio, aceitação e persistência que vai além dos clichês normais que encontramos por aí. É um livro que transforma uma tragédia de forma única, trazendo para a leitura uma carga emocional de tirar o fôlego, além de fazer o leitor se apaixonar a cada novo capítulo pelos personagens.

Demorei muito para finalmente me entregar a escrita da CoHo, mas agora que comecei não sei como vou viver meus próximos dias sem ler todos os livros dela, não que seja uma leitura fácil, tendo em vista a carga emocional que a história carrega, mas a escrita da autora é tão fluida e a história é tão bem desenvolvida que não dá vontade de soltar o livro nem por um decreto, a vontade que tive foi de sentar e ler tudo de vez, sem pausas.

“Tem muita gente competitiva no mundo e descobri que não sou uma delas.”

Preciso apenas alertar que existem alguns gatilhos nessa história, como por exemplo o suicídio, então quando for fazer essa leitura esteja pronto para o que vai encontrar, para mim o gatilho foi imenso e chorei bastante, mas de resto a história é linda e merece muito ser conhecida por você que ainda não leu ela.

Agora me conta, se você já leu também houve sofrimento ou foi de boa? Será que eu sou tão sensível assim? O que me recomenda ler agora? Vamos conversar, em breve eu volto com mais.  

O Rei Perverso, Holly Black

 

Para sobreviver no reino das fadas, Jude Duarte precisou aprender muitas lições. A mais importante delas veio de seu padrasto: o poder é bem mais fácil de adquirir do que de manter. Ela achou que, depois de enganar Cardan para que ele jurasse obedecê-la por um ano e um dia, sua vida se tornaria mais fácil. Mas ter qualquer influência sobre o grande rei de Elfhame parece uma tarefa impossível, principalmente quando ele faz de tudo em seu poder para humilhá-la e prejudicá-la, mesmo que seu fascínio pela garota humana permaneça intacto.

Agora, com as ondas ameaçando engolir a terra e um alerta de traição iminente, Jude precisa lutar para salvar a própria vida e a daqueles que ama, além de lutar contra seus sentimentos conflituosos por Cardan no meio-tempo. Em um mundo imortal, um ano e um dia não são nada.

O Rei Perverso
Edição com conjunto de marcadores
O Povo do Ar #2
Ano: 2020 
Páginas: 308
Idioma: português
Editora: Galera Record

“Eles são lindos e terríveis, e podem desprezar minha mortalidade, podem debochar dela, mas eu estou aqui em cima e eles não.”

Sei que dizer que a Holly Black não decepciona é chover no molhado, mas vim aqui causar uma inundação então!!!

Como esse é o segundo livro da trilogia, farei o possível para não soltar spoilers. 

Existe um intervalo de 5 meses entre os acontecimentos do finais do primeiro livro e os do segundo livro. E vamos encontrar Jude mais determinada ainda em manter o plano de proteger seu irmão até o momento oportuno. Mas o prazo que tem para ser a mente pensante por trás do reinado de Cardan, disfarçado pelo seu cargo de Senescal do rei, está se esgotando

Enquanto Jude cuida de tudo, Cardan continua sendo Cardan, o inconsequente que só se importa com festas e bebidas, e provocá-la. De todas as formas... E as ameaças ao reinado de Cardan e Jude virão de muitos lados, inclusive de Madoc, que vai tentar se aproveitar da fragilidade que Jude já teve um dia, e de Locke, que vai tentar manipular Cardan para desestabilizar Jude. Sem contar a sementinha de intriga que será lançada ao chegar aos seus ouvidos que alguém em quem ela confia, já a traiu. Quem fica em paz com uma revelação dessa? 

Um dos pontos mais interessantes do livro é a maturidade que os personagens vão adquirindo à medida em que suas vivências vão acrescentando mais experiências a cada um. Não temos mais aquela turminha da escola que tinha ranço um pelo outro, mas adultos em uma mortal disputa pelo poder. 

Pense num livrão!!! Agora não existe mais a necessidade de explicar situações e acontecimentos porque o leitor já está familiarizado com tudo, então a história flui num ritmo frenético de vixes e eitas de arrepiar! Ninguém é totalmente bom, nem absolutamente ruim, e essa dualidade de caraterísticas será muito bem trabalhada pela autora mostrando que seja ele féerico, humano, plebeu ou nobre, todos podem ser corrompidos, ou não... 

Na hora da virada, Angie Thomas


O aguardado segundo romance de Angie Thomas, autora do premiado best-seller O Ódio Que Você Semeia.
Bri é uma jovem de dezesseis anos que sonha se tornar uma das maiores rappers de todos os tempos. Ou, pelo menos, ganhar sua primeira batalha. Filha de uma lenda do hip-hop underground que teve o sucesso interrompido pela morte prematura, Bri carrega o peso dessa herança.

Mas é difícil ter a segurança de estrear quando se é hostilizada na escola e, desde que sua mãe perdeu o emprego, os armários e a geladeira estão vazios. Então, Bri transforma toda sua ira em uma primeira canção que viraliza... pelos piores motivos! No centro de uma controvérsia, a menina é reportada pela mídia como uma grande ameaça à sociedade.

Mas com uma ordem de despejo ameaçando sua família, ela não tem outra escolha a não ser assumir os rótulos que a opinião pública lhe impôs. Na Hora da Virada dá aos leitores de Angie Thomas outra protagonista pela qual torcer. É uma história sobre lutar por seus sonhos e também sobre a dificuldade de ser quem você é, não quem as pessoas querem que você seja.
Na Hora da Virada
(On the Come Up)
Ano: 2019 
Páginas: 378
Idioma: português
Editora: Galera Record

"Mas nunca vão me silenciar. Tenho coisas demais pra falar"

Angie Thomas traz Bri, 16 anos, filha de uma família desestruturada por causa do mundo do crime e das drogas: seu pai foi morto por causa da guerra de gangues e ela foi criada por muito tempo por seus avós paternos enquanto sua mãe se livrava do vício do crack. Hoje ela mora no Garden com seu irmão que cursou a faculdade mas só encontrou emprego em uma pizzaria e com sua mãe que trabalha e estuda a noite para dar uma vida melhor aos filhos. Tenho certeza que você conhece alguma história real bem parecida com a de Briana Jackson.

"Querer fazer uma coisa é diferente de achar que é possível. O rap é meu sonho desde sempre, mas sonhos não são reais. Ou a gente acorda ou a realidade faz com que pareçam idiotas. Pode acreditar, todas as vezes que minha geladeira está quase vazia, todos os meus sonhos parecem idiotas."

O sonho dessa garota negra é seguir os passos do pai e se tornar uma rapper famosa, enquanto isso estuda numa escola que pode lhe dar um ensino melhor e lhe ajudar a entrar numa faculdade, sonho de sua mãe, mas que tem a maioria de alunos brancos. 

"... quando as pessoas morrem, elas às vezes levam os vivos juntos."
 E é na escola que Bri vai sentir na pele o preconceito racial. Para comprar um tênis novo, ela vende doces na escola, o que é proibido. Mas tudo desando quando ao ser abordada pelos seguranças na entrada da escola, e tentar impedir que eles revistem a sua mochila, Bri é jogada no chão para ser imobilizada por acreditarem que ela esconde drogas, além de ser taxada de marginal e traficante. 

O lado do bom de tudo isso, se é que pode existir: o fato serviu de inspiração para a letra de um rap que vai viralizar na internet. E os holofotes da mídia se voltam para ela, mas será que as pessoas entenderam a coisa certa? Será que Bri conseguiu passar a mensagem que ela tanto queria? será que, enfim, Bri vai conseguir ganhar dinheiro para ajudar a família a sair da situação que se encontra?

Mas ser mulher, negra, da periferia e de um bairro conhecido pela guerra de ganges além de fazer rap, faz com que as pessoas desenhem um estereótipo que está muito longe da verdadeira Bri. Será que vale a pena ter fama quando a sua imagem está longe de quem você é? 

Além de falar de preconceito e racismo, o grande mérito desse livro é falar sobre como as pessoas pré-julgam as outras, como uma única característica pode ser usada para definir quem você é e como algo falado por determinada pessoa pode ser interpretado totalmente fora do contexto apenas por conta de um conceito prévio.

Mas Bri é mais do que isso e, apesar de viver com o crime á sua porta, ela tem uma super rede de apoio que faz toda a diferença: uma mãe dedicada que vive em função de dar uma vida melhor para os filhos, um irmão sempre pronto a apoiar, aconselhar ou puxar a orelha, uma tia capaz de dar a vida por ela e os melhores amigos que uma garota poderia ter. 

O livro aborda temas que precisam ser discutidos como: a marginalização de alguns bairros ou comunidades que são vistas como reduto do crime e da violência, o sistema precário e ineficiente de educação nessas comunidades, e a retaliação da polícia que vê os moradores desses locais como marginais em potencial. 

Brianna Jackson é aquela garota que tinha tudo pra jogar a toalha e desistir, perceber que a luta é muito difícil e sucumbir a todos os estereótipos que são jogados na sua cara. Mas ela quer mais! Quer uma vida melhor para a sua família onde eles estejam sempre com a geladeira cheia e com as contas pagas, quer poder andar nas ruas sem medo da polícia nem das gangues, quer ver o sucesso de seus amigos, quer ser entendida da forma como ela é e quer ser reconhecida como a garota que não desiste dos seus sonhos. 



As Quatro Rainhas Mortas, Astrid Scholte


Na efervescência de paixões proibidas, segredos e alguns mistérios, o reinado das quatro rainhas de Quadara está ameaçado – resta saber como, e por quem. No continente de Quadara, há séculos quatro rainhas reinam absolutas, cada uma representando o próprio quadrante. Juntas, mas separadas. A decidida Iris fala por Archia, a ilha de terras férteis; a estoica Corra representa a tecnológica Eonia; Marguerite, a mais velha das rainhas, é a soberana de Toria e de seus curiosos habitantes; e Stessa, a mais jovem, é o rosto de Ludia, o quadrante da diversão e da arte. As quatro mulheres dividem o poder, sempre respeitando as Leis das Rainhas, sempre pensando no povo e no melhor para a nação. Mas elas têm segredos, e estes podem ser letais. Tão letais quanto Kelarie Corrington. Aos 17 anos, a toriana é a mais hábil larápia e a melhor mentirosa de Jetée. um distrito de excessos, contrabando e charlatões. O último lugar que Varin, um mensageiro eonista, deveria visitar. Mas ele foi roubado... por Keralie, e a jovem é a única esperança de reaver a mercadoria e manter seu emprego. Um mensageiro nunca pode perder sua encomenda. Para piorar, há coisas muito mais sinistras nos chips de comunicação afanados por Keralie. Algo que pode enredar a larápia e o mensageiro em uma conspiração para assassinar as quatro rainhas de Quadara. Sem opção, os dois resolvem se unir para descobrir o assassino e salvar a própria vida no processo. Quando sua relutante parceria começa a se transformar em algo mais, os dois precisam aprender a confiar um no outro e a superar as diferenças entre quadrantes para viver esse amor. Mas será que uma curiosa toriana e um insensível eonista têm alguma chance?
As Quatro Rainhas Mortas
Um segredo. Dois romances proibidos. Três dias para pegar um assassino e...
Ano: 2019 
Páginas: 392
Idioma: português
Editora: Galera Record


No reino de Quadara, quatro rainhas governam juntas e cada uma representa o seu próprio quadrante: 

- Corra, de Eonia, cujo forte é a tecnologia e a lógica, seus habitantes não se deixam levar por emoções;

“Uma mente turbulenta gera tempos turbulentos. Uma mente pacífica é prenúncio de paz.”
- Iris, de Archia, a ilha de terras férteis responsável por todo o alimento de Quadara, considerada a rainha mais severa e explosiva;

“Confie apenas no que pode ser empunhado com a mão e coração.”
- Marguerite, de Toria, seu forte é a sede de conhecimento de seus habitantes, é a rainha mais antiga, como uma mãe para as outras;

“Conheça todas as coisas, e você compreenderá o todo.”
- Stessa, de Ludia, povo especialista em diversão, cultura e artes, é a rainha mais jovem.

“A vida é para foliões de olhos e coração abertos.”
Todas elas vivem sob leis extremamente rígidas e, é claro, debaixo de muitos segredos. Afinal ser rainha já não é fácil, imagine ter que abrir mão de sua vida pessoal e viver  sem casamento, sem amor e sem família em função do seu povo. 

De outro lado temos Kelarie, toriana, garota pobre, cheia de sonhos, especialista em contar mentiras e ludibriar pessas, que terá papel fundamental nessa história e nos ensinará muitas lições com a ajuda de 
Mas um grande segredo, maior do que o poder das 4 rainhas, se enconde em Quadara. Algo tão absurdo que nenhuma das rainha pode imaginar. Além de desvendar esse mistério, ainda terão que encontrar um assassino à solta que planeja matar todas as rainhas... 

A história é contado sob o ponto de vista das rainhas e de Kelarie em capítulos alternados, para que o leitor vá construindo, peça a peça a solução desse grande mistério. E não pense que essa será uma tarefa fácil, se prepare para ser enganado várias vezes e desconfiar até das pedras do palácio.

A história é incrível e absolutamente original, lamento apenas que esse seja um livro único porque, ao final da história, fiquei com a sensação de que os personagens ainda mereciam viver um pouco mais. Mas nada que tire a qualidade da história.

É uma leitura um pouco lenta no começo por conta das explicações necessárias para que o leitor conheça Quadara, mas que flui com rapidez à medida que a ação começa a acontecer. Recomendadíssimo para os amantes de fantasia.